28 de ago. de 2011

Entrevista: Flavio Padovan, presidente da Jaguar Land Rover da América Latina, fala do Evoque

Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/CZN
Entrevista: Flavio Padovan, presidente da Jaguar Land Rover da América Latina, fala do Evoque
No embalo do lançamento do novo Range Rover, o presidente da Jaguar Land Rover da América Latina fala das metas do modelo para o Brasil

por Luiz Humberto Monteiro Pereira
Auto Press

Beatlemaníaco confesso, Flavio Padovan nem tentou esconder sua euforia ao chegar à cidade inglesa de Liverpool para a apresentação do Range Rover Evoque à imprensa especializada mundial. "Temos de visitar o Cavern Club", decretou o paulistano de 58 anos que desde o ano passado é presidente da Jaguar Land Rover na América Latina, se referindo ao famoso pub onde John, Paul, George e Ringo fizeram algumas das suas primeiras apresentações.
Formado em Administração de Empresas na PUC paulista em 1973, Padovan começou na indústria automobilística há 35 anos, na Ford. Foi para a Volkswagen de 1990 até 1996, quando voltou à Ford, onde esteve até 2007. Retornou à Volkswagen até o ano passado, quando convidado a para assumir a presidência latino-americana da Jaguar Land Rover – atualmente, as duas marcas britânicas estão reunidas em uma única empresa, controlada pela indiana Tata Motors.

A emoção de estar novamente na cidade onde surgiram os Beatles só não é maior que sua empolgação ao falar do mais novo produto da Land Rover, que chega ao Brasil em novembro e que ele também estava prestes a dirigir pela primeira vez. Questionado sobre o preço Evoque por aqui, Padovan resiste a definir um valor, por questões estratégicas. "Não quero deixar a concorrência muito à vontade", explica. Diante da inexorável insistência da imprensa, resolveu dar uma dica: "O Evoque de menor preço vai custar menos de R$ 180 mil". Mas sobre a previsão de vendas para o Evoque no Brasil, Padovan se manteve impassível. "Isso eu não posso dizer. Vamos ver o que o mercado dirá...", tergiversou.


Qual a importância do lançamento do Evoque para a Land Rover dentro do mercado da América Latina?

O Evoque é muito importante para a empresa. É um produto diferenciado, um divisor de águas na história da Land Rover no mundo. É inovador do ponto de vista de design, mas também em termos de conceito. Traz inúmeras novidades no aspecto estilístico, mas também como conteúdo tecnológico e sofisticação que ele incorpora. Como um Range Rover, ele inclui todo o acabamento, sofisticação e o refinamento da linha "top" da Land Rover. É um carro urbano, mas que também é um off-road, que tem toda a tecnologia da marca, a capacidade de vencer obstáculos e de chegar onde os outros carros não chegam. Enfim, é um conjunto espetacular, que atrai por si. É carismático e tem linhas arrojadas, diferentes. Portanto é a grande aposta da Land Rover no mundo e também na América Latina.


Quem a Land Rover identifica como sendo o comprador do Evoque?

É um carro que irá atrair consumidores de todos os tipos de automóvel. Temos recebido muitos pedidos de gente que quer entrar na lista para comprar o Evoque, gente que atualmente tem diversos gêneros de veículo. O Evoque irá atrair muitos que nunca foram clientes da marca nem jamais pensaram em ter um SUV. Vai atrair clientes habituais de sedãs, de monovolumes... O Evoque tem uma atratividade muito grande. Traremos versões de duas e quatro portas, com muitas variações de combinações de cores internas e externas. No Brasil ainda se compra muito preto e prata, mas o branco está crescendo bastante. Vamos trazer algumas cores diferentes.


O que mais chamou a sua atenção no Evoque?

A frente do Evoque é diferente de tudo! Me apaixonei pela frente, pelo conjunto ótico... Aquela frente é uma coisa maravilhosa! Depois, me apaixonei pelo conjunto da obra.


Qual é a estratégia para o lançamento do Evoque no Brasil?


Poucas vezes na história da indústria automobilística houve um carro anunciado com tanta antecedência – a versão final do Evoque foi apresentada em setembro do ano passado, no Salão de Paris. E ele conseguiu se manter como assunto durante tanto tempo. O lançamento contou com algumas ferramentas de marketing muito interessantes. Primeiro foi o "Hello Evoque", quando a Land Rover escolheu 10 cidades no mundo – São Paulo é uma delas – para serem as "capitais do Evoque". Cada capital tem quatro "embaixadores". No Brasil são a modelo e apresentadora Mariana Weickert, os artistas plásticos grafiteiros Os Gêmeos e o galerista de arte Baixo Ribeiro. Eles estarão em todos os eventos nacionais, irão frequentar as redes sociais e fazer um trabalho de divulgação. Há ainda uma série de esculturas "wireframe", feitas em arame, que reproduzem o Evoque em tamanho natural e tridimensional. Estão expostas em alguns lugares – já existem 9 no Brasil e mais algumas espalhadas pela América Latina. Já fizemos pré-estreias do Evoque em São Paulo e no Rio de janeiro e iremos para outras capitais. Todas essas ferramentas de marketing são muito importantes para projetar o carro e ajudam a reforçar o magnetismo do Evoque.


Quais são os principais mercados da Land Rover na região?

Depois do Brasil, bem distantes, vêm México e Chile, depois Colômbia, Costa Rica... São cerca de 30 países onde operamos na América Latina. Esse ano devemos vender 9 mil carros no Brasil e o restante da América Latina deve comprar uns 2.700 carros.


Há alguma previsão de expansão da rede de concessionárias da marca no Brasil?

Das atuais 29 concessionárias, queremos terminar o ano com 36 concessionários nomeados. A aposta é buscar clientes fora do eixo Rio-São Paulo, em regiões como o Nordeste e o Centro-Oeste. Até o final de 2012, a intenção é ter 45 concessionárias brasileiras.
Fonte:motordream
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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