6 de jul. de 2011
Revival: a Chamonix está de volta!
Fora-de-série. A designação para veículos especiais que fizeram sucesso no Brasil há 30 e 40 anos deixou uma remanescente quase no final dos anos 80. A Chamonix foi fundada em 1987 por Milton Masteguin, que já tinha experiência com a Puma, e seu filho Newton, e anunciou recentemente o final de suas atividades.
Mas isso mudou: sob novo comando, as adoradas réplicas de Porsche voltarão a ser fabricadas.
A marca fez história construindo réplicas dos Porsches 550, Super 90 Cabriolet (1991) e 356 Speedster (1993). Uma variação do 550, a versão 550-S (1995), utilizava mecânica refrigerada à água e se destacou em várias publicações e revistas estrangeiras especializadas por seu temperamento esportivo.
Nos últimos anos tive oportunidade de conhecer os quatro modelos da marca. O 550 era um carro bem equilibrado, mas ainda faltava um toque a mais para ficar idêntico ao original. Basicamente um jogo de rodas com cinco furos e volante banjo, além dos puxadores das portas. Coisa simples. Na verdade, cheguei a imaginar que o estilo original com mecânica AP ficaria perfeito.
O 550-S, por sua vez, esbanjava diversão e ótima dirigibilidade. Pequeno, veloz e estável com a adoção do eixo traseiro De Dion. A aparência fugia um pouco do padrão, mas as acelerações sempre compensavam. Inclusive, uma série limitada na cor laranja chegou a ser lançada e chamava atenção nas ruas.
Super 90. Muito bem feito, assim como os da Envemo. Já poderia ser chamado verdadeiramente de carro, mesmo porque trazia vidros e travas nas portas. O exemplar que fiz avaliação não serviu de parâmetro, já que tinha um pouco de veneno no motor. Mas valeu a pena.
Por fim chegamos ao 356, o meu preferido. Pequeno, não tão baixo quanto o Spyder e nem tão caro quanto o Super 90. O motorzinho boxer a ar dava conta do recado e admitia uma preparação leve. Nada mal. No caso dele pensei que seria perfeito com um propulsor mais moderno, como o boxer da Subaru.
Há questão de dois anos a Chamonix paralisou a produção. A própria revenda da marca em São Paulo mudou de mãos e estava vendendo o último 550 S do estoque. A crise nos EUA e a valorização do real acabaram prejudicando as exportações da empresa e quase afundaram o negócio.
Mas eles estão de volta. Recebi um release na metade do mês passado com as novidades. E que novidades. A começar pelo nome, licenciado, e que agora se chama Chamonix New Generation. O novo diretor é Carlos Machado, da A+ Auto, uma empresa que faz restauração e fabrica réplicas há 15 anos.
Além dos modelos tradicionais com mecânica a ar (o maior problema é conseguir os motores, já que não são mais produzidos) a novidade fica por conta de duas versões apimentadas: a Spyder 550S Le Mans, que traz pintura especial alusiva à prova, e a Roadster 356, com estilo clássico e mecânica do Golf, incluindo a opção do câmbio automatizado. Os modelos foram apresentados no encontro recente de Águas de Lindóia.
Em breve vou dar uma volta e fazer uma matéria com o Roadster 356. Acredito que as réplicas podem seguir pelo caminho da tecnologia, desde que mantenham a aparência original. Em alguns casos, pode ser o melhor de dois mundos.
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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