6 de jun. de 2011

Teste: Lamborghini Aventador é touro domável

Fotos: Divulgação
Teste: Lamborghini Aventador é touro domável

Aventador LP 700-4 mostra na pista porque é o Lamborghini mais tecnológico e potente já criado
por José Caetano
da revista Auto Motor/Portugal
A Lamborghini integra o “núcleo duro” dos construtores automotivos especializados em produzir sonhos. A marca italiana faz parte do Grupo Volkswagen, controlada pela Audi, acostumou o mundo com a produção de superesportivos excepcionais ­ como o mítico Miura de 1966 ­, que redefiniram os conceitos de uma categoria muito especial. O mais novo membro desta gama se chama Aventador LP 700-4 e sucede ao Murciélago, que deixou a “arena” no ano passado. Há espaço também para a tradição, já que o modelo tem nome de um touro que ganhou fama numa corrida na Feira de Zaragoza, na Espanha, em 1993, após admirável exibição de bravura.
O Aventador, desenhado no centro de estilo da marca em Sant´Agata Bolognese, tem todos os elementos essenciais do DNA da Lamborghini. Entre eles, a abertura em guilhotina das portas, estreada no Countach de 1974, o motor de doze cilindros em “V” instalado em posição central e a tração integral. Mas conta com muitas soluções de vanguarda, que combinam com a imagem futurista da carroceria ­ de 4,78 m de comprimento ­ e com a apresentação high-tech do cockpit de dois lugares inspirado em caças supersônicos. Quase todas inspiradas, com sucesso, no protótipo Sesto Elemento, lançado no Salão de Paris em 2010.
O novo motor ­ o primeiro 12 cilindros totalmente novo da Lamborghini em 48 anos, desde a estreia, no lendário 350 GT ­ é 8% mais potente que o motor instalado na versão radical do Murciélago, a SuperVeloce de 670 cv, embora apresente consumos e emissões 20% inferiores. Além dos 700 cv de potência anunciados no sobrenome do Aventador, são abusivos 70,36 kgfm de torque.

O desempenho dinâmico do Aventador também se deve à adoção de um chassi que estreia um conceito de suspensão muito sofisticado e que é aplicado apenas nos exóticos modelos da Pagani e nos excêntricos Ferrari Enzo e Maserati MC12. O novo sistema, importado da Fórmula 1, associa duplos triângulos em alumínio a conjuntos mola/amortecedor posicionados na horizontal e montados diretamente no monobloco em fibra de carbono.

A estrutura com muitos componentes em alumínio, associados a um monobloco em fibra de carbono, mantém este “brinquedo” com apenas 1575 kg, o que se traduz numa relação peso/potência de 2,25 kg/cv ­ garantia de superperformances. Eis o principal argumento que pode explicar o sucesso comercial instantâneo, com dezoito meses de produção já esgotados.
Primeiras impressões

Além da imaginação


por José Caetano
da revista Auto Motor/Portugal
Roma/Itália ­ No circuito de Vallelunga, na periferia da capital italiana, o touro da Lamborghini se sentiu a vontade, mostrando “bravura” acima da média, e confirmando a competência de todas as soluções técnicas desenvolvidas pela fabricante. O fato de ser uma marca integrante do Grupo VW se expressa somente na central eletrônica capaz de realizar meio bilhão de operações por segundo, desenvolvida pela Audi.

O interior é quase um “cockpit”, com um display virtual que faz as vezes de painel de instrumentos. Lá, os dados são apresentadas em função do modo de condução ativado. O Drive Select Mode conta com três programas, Strada, Sport e Corsa, que mudam o funcionamento do motor, da transmissão e do ESP.


A ignição do motor é feita através de botão com tampa vermelha colocado no console central e a engrenagem ds marchas da transmissão manual robotizada através da borboleta colocada à direita do volante. O câmbio, por sinal, é patenteado pela Lamborghini e conta com quatro sincronizadores em carbono, que nada deixa a desejar em relação aos mecanismos de dupla embreagem, com trocas feitas em 50 milissegundos. Como ele funciona de forma contínua, as mudanças são quase imperceptíveis.

Na primeira volta, no modo Strada, o mais “manso”, devido ao elevado torque de 70,36 kgfm a 5.500 rpm, é possível manter as rotações em um regime baixo. Depois disso, com o seletor no modo Sport, o desempenho é impressionante. Nessa hora, o Aventador se sente instigado e reage de uma maneira mais brusca. Os sintomas da mudança de comportamento são mais sentidos na direção eletro-hidráulica, que fica mais direta, na transmissão, com trocas a rotações superiores e na tração, com mais força para as rodas traseiras.

Mas, se o “piloto” quiser cutucar ainda mais o touro furioso, é só acionar o modo Corsa. Com ele, o Aventador LP 700-4 torna-se diabólico. O controle de estabilidade assume configuração muitíssimo permissiva e, como a tração integral coloca mais força nas rodas traseiras, as saídas de traseira são sentidas sempre que se aborda uma curva com entusiasmo excessivo.

Obviamente, o Aventador LP 700-4 também tem um sistema de freios de exceção, com discos carbono-cerâmica muito potentes. Valores e resultados que impressionam quase tanto como a capacidade de explosão do novo V12. A Lamborghini anuncia 0-100 km/h em 2,9 segundos, 0-200 km/h em 8,9 segundos e quilômetro de arranque em 19 segundos. Simplesmente arrasador.





Fonte: motordream.
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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