22 de jun. de 2011

Carrusel Español – Gilles Villeneuve há 30 anos



No “kartódromo” de Jarama, há exatos 30 anos, Gilles Villeneuve conquistava a vitória mais épica de sua carreira. Pilotando a potente, mas caquética Ferrari 126CK, conseguiu segurar o ímpeto de quatro pilotos para vencer de forma brilhante o Grande Prêmio da Espanha de 1981. Seria a última conquista do piloto que marcou uma geração.
Desenhada por Mauro Forghieri e Harvey Postlethwaite, a Ferrari 126CK era problemática. De motor forte, e chassi fraco, não acompanhava a primazia da usina de força que era gerada. O carro era muito ruim, não conseguia passar a potência do motor para o chão, fazendo com que, quase sempre, o carro tivesse um desgaste excessivo de pneus.
Em 81, a empoeirada Jarama via a Fórmula 1 pela última vez. Lá, além de Eliseo Salazar se mudar para a Ensign, a maior novidade ficava para a gigante equipe de Norfolk.
A Lotus voltava ao seu habitué. Após um hiato de quase dois anos, a equipe de Colin Chapman vestia novamente o preto e dourado e colocava um cigarro da Imperial Tobacco em suas carenagens. Em outras palavras: John Player Special again.

Sem embromação, vamos ao que interessa:
Na largada o pole position Jacques Laffite, que com sua Ligier Matra não conseguiu segurar o ímpeto das Williams que largavam mais de trás, e caiu muito e foi para a 11ª posição. Villeneuve conseguiu dar um bote da sétima para a terceira posição, enquanto Alan Jones e Carlos Reutemann, os “garotos” de Frank Williams, pulavam para a ponta.
Por pouco tempo, é verdade, já que com seu motor turbo, Villeneuve conseguiu engolir o argentino ainda na primeira volta.
Jones tratava de acelerar o que podia para abrir uma diferença para o canadense, mas na volta 14, quando já tinha uma diferença de dez segundos, sucumbiu em uma rodada, deixando o caminho livre para Gilles.
Após a saída de Jones, as posições se encontravam assim: Gilles liderava com Reutemann tentando fazer o possível para acompanha-lo, já que possuía um problema com o câmbio. Em terceiro estava o experiente John Watson com sua McLaren, Laffite, o pole, com sua Ligier e de Angelis, com seu novo carro preto e dourado da Lotus. Cinco pilotos, cinco nacionalidades, cinco equipes.
Enquanto Reutemann perdia rendimento, Laffite vinha que nem um desvairado para tentar voltar a posição de nascença, todavia, sem sucesso. Mas nessa ganância de cada um querer ganhar posições, o Grande Prêmio da Espanha de 1981 foi coroado com um dos mais belos espetáculos da história da Fórmula 1.

Tenho essa prova completa, algumas revistas de época, como a Autosport e a Quatro Rodas, além de muitas e muitas fotos. É sempre maravilhoso poder ver essa penca de carros andando tão colados.
Nas curvas lentas Villeneuve não era páreo para o resto da turma, mas nas retas, seu motor turbinado falava mais alto. Era perfeito. Na travada Jarama, a única reta que ele conseguia abrir algo era na principal.
Laffite tentou por algumas vezes ultrapassar Villeneuve, mas se defendendo no braço e se valendo de possuir mais cavalos empurrando, venceu de forma antológica o GP da Espanha.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

Nenhum comentário: