22 de abr. de 2011
Rivalidade em vídeo: Escort XR3 x Gol GT
Depois da ótima audiência que tivemos com a série dos esportivos nacionais, resolvi buscar alguns desses futuros clássicos para ligeiros comparativos em vídeo. A idéia é mostrar os principais aspectos de exemplares impecáveis que tiveram ou terão espaço nos sonhos de muita gente, incluindo os meus.
A primeira matéria do gênero foi gravada no último domingo.
Logo cedo saí de casa e escolhi uma trilha sonora da década de 80 para entrar no clima. O sol brilhava forte e nenhuma nuvem aparecia no céu. Perfeito.
Chegando à locação habitual avistei os carros, ambos na cor vermelha, estacionados lado a lado. O Escort XR3 1985 foi comprado em Curitiba e restaurado nos mínimos detalhes. O Gol GT 1984, por sua vez, esbanja juventude e respira esportividade.
Lembrando o que já dissemos na primeira parte da série de posts, o Ford traz debaixo do capô o conhecido CHT, de 1,6 litro e 82 cv, equipado com carburador duplo Weber, coletor especial e comando de válvulas com maior graduação. O Volks, por sua vez, utiliza o bloco de 1,8 litro e 99 cv declarados pela fábrica. O veneno fica por conta do comando de válvulas do Gol GTI.
O mais curioso sobre esses carros com mais de vinte e menos de trinta anos é que eles estão chamando a atenção cada vez mais. Durante o tempo que ficamos por ali algumas pessoas que passavam fazendo caminhada elogiavam o estado de conservação e certamente tiveram sua dose de lembranças.
Hora de dirigir o XR3. Voltei no tempo. Comecei a pensar no jovem daquela época, me coloquei no lugar dele, levando em conta que a importação era fechada e os esportivos que rodavam no país ainda tinham o estilo marcante da década de 70. Não havia internet e a ligação com o mundo exterior era feita apenas por matérias de revistas.
Notei sua carroceria pequena, o desenho moderno, totalmente europeu, com faróis auxiliares, rodas estilosas de 14 polegadas, spoilers laterais, aerofólio e o teto solar. Me acomodei no banco, empunhei o volante pequeno, dei uma olhada no check control e girei a chave. Era realmente o máximo ter um desses em 1985 e escutar o som do Ultraje a Rigor no toca-fitas Philco.
O Ford tem um ronco gostoso de ouvir. O câmbio tem bom escalonamento, as trocas são feitas com maciez e a suspensão recebeu ajustes para deixá-lo mais duro. O volante com 34 cm de diâmetro proporciona uma boa pegada e o teto-solar manual pode ser aberto totalmente ou de forma basculante.
Agora é a vez do GT. O pequeno Volkswagen pode ser chamado de hot hatch, devido ao seu comportamento agressivo e verdadeiramente estimulante. A diversão começou quando girei a chave e ouvi o ronco único do escapamento Kadron. Com esse acessório interessantíssimo de fábrica o som do carro era reconhecido de longe.
Outro destaque é o assento Recaro, com diversas regulagens e que veste o motorista. Desse modo é possível chegar a uma posição ideal de dirigir. Vale lembrar que nas outras versões o painel encobre a visão e dá a impressão de ficar fundo no banco, algo que acompanhou o modelo em outras gerações.
Carro esporte tem que fazer barulho. E esse requisito o GT cumpre com folga. O câmbio nota dez tem engates rápidos, precisos e estimula uma tocada rápida. A cada acelerada quem vai dentro da máquina escuta a melodia do motor em funcionamento. E sempre fica aquela expectativa nas esticadas de marcha.
Fim da brincadeira. A oportunidade de dirigir veículos de épocas diferentes traz uma variedade de sentimentos nostálgicos misturados às sensações reais daquele momento ao volante. Qual a próxima dupla que os leitores gostariam de assistir?
Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br
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