A inglesa MG está renascendo com automóveis que aliam a herança da marca com tecnologia moderna
MG 6 Turbo: o carro custa R$ 99.789 e tem estilo discreto, om rodas aro 17 e lanternas de led. Inglês fabricado na China |
Assim é o MG 6, um cupê que ostenta no capô o emblema da tradicional marca inglesa Morris Garages. O modelo foi mostrado pela primeira vez no Salão do Automóvel, no ano passado, e agora está sendo lançado por R$ 99.789.
Mas como é que um cupê bem equipado e bem acabado consegue sair da Inglaterra, atravessar o oceano Atlântico e chegar aqui por menos de R$ 100 mil? Não consegue. Desde 2005, a MG pertence à chinesa Saic (Shangai Automotive Industry Corporation). E, ao menos por enquanto, a produção é feita na China, onde a mão de obra é mais barata, embora, partir deste mês de abril, o MG6 também tenha passado a ser montado também na Inglaterra.
O padrão do carro, porém, está muito mais para inglês do que para chinês – ou, no caso, para alemão. Explico: antes de ser adquirido pela Saic (maior produtor de automóveis da China), a MG, além de outras marcas inglesas (Mini, Land Rover e Rover), chegou a ser controlada pela BMW. Isso explica algumas semelhanças com os modelos de Munique, a exemplo do painel macio.
Uma das qualidades do carro é a boa estabilidade nas curvas pelo acerto mais firme da suspensão |
Derivado do sedã MG 550 (testado na edição de junho do ano passado), o MG 6 é um cupê de linhas sóbrias. Os pontos fortes são o nível de equipamentos e o acabamento. De série, vem com sensores de estacionamento com câmera, teto solar, DVD, seis airbags, som, controle de estabilidade, faróis de xenônio, bancos de couro com ajustes elétricos (também no lado do passageiro), porta-objetos refrigerado, etc.
A unidade que levamos para o campo de provas de Tatuí é a que foi utilizada para homologação. Na pista, o motor 1.8 turbo mostrou funcionamento silencioso, mas deixou claro que a prioridade não é esportividade. Equipado com câmbio automático de cinco marchas, fez 0 a 100 km/h em 11,5 segundos. O motor de 170 cavalos de potência é moderno. Tem bloco de alumínio e comando duplo variável, mas a transmissão tem relações longas, o que acaba deixando as respostas mais lentas.
Apesar de montado na China, o MG6 mantém o alto padrão inglês de qualidade pelo acabamento caprichado |
O motor 1.8 turbo rende 170 cv. O porta-malas tem capacidade para 479 litros. |
O motor 1.8 turbo rende 170 cv. O porta-malas tem capacidade para 479 litros.
O MG 6 compartilha quase tudo com o sedã 550, mas tem suas peculiaridades. O painel, por exemplo, vem com mostradores analógicos, enquanto o 550 tem velocímetro digital. Além disso, o MG 6 tem bancos com abas laterais, para melhor apoio do corpo nas curvas, e a posição ao volante é um pouco mais elevada. As maçanetas internas foram redesenhadas. Externamente, os frisos vêm na cor da carroceria (são cromados no sedã), a ponteira de escape é retangular e as lanternas são de led.
Como o sedã, a dirigibilidade é boa e a direção é precisa, mas o comando do computador de bordo, no volante, é muito sensível, o que dificulta o manuseio em movimento. O volante tem ainda os comandos do controlador de velocidade, do som e as borboletas do câmbio. O isolamento acústico é bom. O carro filtra tanto os ruídos que vêm do solo como os gerados pelo motor. Para se ter uma ideia, a tampa do capô é revestida por material isolante, e sustentada por dois amortecedores (artigos raros na atualidade).
O acabamento igualmente agrada. O couro é de boa qualidade, idem para as costuras. Afora o couro, o revestimento interno conta também com apliques de imitação de madeira e alumínio. Além de oferecer bom espaço no banco traseiro, graças ao entre-eixos de 2,7 metros, o cupê tem também um espaçoso porta-malas, para 429 litros.
O modelo traz uma bandeira inglesa na lateral, prova de seu pedigree |
Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com
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