18 de abr. de 2011

Fase sinistra de Interlagos continua: mais um acidente grave no domingo



O autódromo até então considerado o mais seguro do Brasil viu nesse final de semana mais um sério acidente: durante uma etapa da Stock Paulista, no domingo, o piloto Paulo Kunze bateu forte, teve traumatismo craniano e segue internado no hospital.
O acidente ocorreu na Curva do Sol, logo após o S do Senna, um trecho de subida feito com o pé embaixo e que antecede a reta oposta. Segundo o Grande Prêmio, Paulo Kunze se chocou com outro carro e capotou na saída da curva.
O piloto de 67 anos (sim, também ficamos surpreendidos) foi atendido no local e transferido para a UTI do hospital Alvorada, onde sofreu uma cirurgia para aliviar a lesão na cabeça. Apesar da gravidade, seu estado é considerado estável.

Kunze competia na divisão Light da Stock Paulista, uma categoria regional que utiliza bólidos da Stock de anos passados. No caso da Light, os carros são os Chevrolet Omega utilizados na década de 90, com os devidos reforços tubulares e carroceria de fibra de vidro.

O fato ocorre exatas duas semanas depois do acidente que vitimou Gustavo Sondermann na Curva do Café, e deve colocar ainda mais em evidência as condições de segurança do autódromo e dos carros que correm por ali. Ou estaríamos vendo “apenas” uma infeliz maré de azar que ronda essa pista? Interlagos passou longos períodos sem registrar nenhum acidente mais grave e praticamente sem críticas quanto à sua segurança. Mesmo a morte de Rafael Sperafico no final de 2007 não alterou esse status, que só seria revisto após os acidentes com o motociclista João Lisboa e com o próprio Sondermann, todos recentes e no mesmo local.

Perfil de Paulo

Dessa vez, a batida ocorreu na Curva do Sol, lugar até então sem histórico de maiores acontecimentos. Conclusões? A princípio três. Primeiro, o automobilismo sempre será um esporte de alto risco para os envolvidos, sejam eles profissionais ou amadores, jovens ou velhos – a menos que substituam as corridas de verdade por disputas em inofensivos simuladores, ou que a velocidade dessas competições seja limitada a 60 km/h. Segundo, por mais perigoso que possa parecer, é muito mais seguro que disputar rachas em estradas e vias públicas. Terceiro, independente de tudo isso, a resistência estrutural dos bólidos precisa ser de alguma forma revista, mesmo que no fim algum especialista diga que “dependendo do choque, não há mais o que fazer”.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br/

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