19 de mar. de 2011

Mercedes Classe B F-Cell: era do hidrogênio já era?

Aposta em pilhas de combustível diminui, mas marca mantém o pé
Glauco Lucena, de Valência (Espanha)
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Mercedes-Benz Classe B Fuel Cell: bom desempenho com emissão zero de poluentes com o uso de hodrogênio como combustível

Acelerar o Mercedes-Benz Classe B com pilhas de combustível logo após ter experimentado o Classe A elétrico é uma prática curiosa. Por uma lado, ele não é tão silencioso: ouve-se a cada parada de semáforo o trabalho intenso do equipamento sob o assoalho, como se houvesse um robozinho escondido.
A compensação é que a carga das baterias vai subindo conforme o uso: peguei o carro com 46% de carga e devolvi com 64%, após rodar por uma hora pelas ruas de Valência.

Assim como o Classe A, o B não perde espaço para receber os equipamentos, no caso a bateria de íon-lítio, os três grandes tanques de hidrogênio e a pilha de combustível – grande câmara na qual o hidrogênio gasoso reage com o oxigênio (eletrólise), gerando a energia que alimenta o motor elétrico e move as rodas dianteiras.

O motor entrega 136 cv de potência, proporcionando muita agilidade ao monovolume – comparável à de um moderno motor 2.0 a gasolina. Outras vantagens desse tipo de propulsão (e da elétrica) é que o desgaste das peças é menor, não há necessidade de lubrificação e ele dá partida imediatamente, mesmo em temperaturas negativas. Apenas 130 unidades serão entregues na Europa e 70 na Califórnia (EUA), por aluguel mensal de US$ 849, num período de 18 meses. O valor inclui seguro e os abastecimentos com hidrogênio.
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Painel difere das demais versões do Classe B apenas por detalhes, como a tela que monitora o sistema no console central

Apostas tímidas

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Abastecimento é feito com hidrogênio líquido
A Mercedes sempre foi uma das marcas que mais apostaram na opção do hidrogênio. Mas o lançamento de apenas 200 unidades do Classe B com essa tecnologia mostra que a aposta está em banho-maria. Criar infraestrutura para uma grande frota a curto prazo demandaria investimentos de R$ 6,7 bilhões.
Por isso, a marca só aposta na sua viabilidade para a metade deste século. Além dela, a Honda colocou para rodar o FCX Clarity, e outras marcas europeias e japonesas ainda não passaram da fase de protótipos.

Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com

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