25 de mar. de 2011

Apenas 6,7% dos carros vendidos nos EUA possuem câmbio manual. E no Brasil?



O câmbio manual sempre ameaçou entrar em extinção na América do Norte. Um novo relatório do EPA  (agência de proteção ambiental dos EUA) revela que 6,7% dos veículos novos vendidos esse ano foram equipados com uma alavanca manual. O mais estranho?
Este é o maior percentual dos últimos cinco anos.
É a primeira vez desde 1991 que a parcela de carros equipados com transmissão manual sobe mais de 1%. Apesar de estes números serem apenas parciais, isto pode ser o sinal de um aumento ou, pelo menos, da sobrevivência dos carros com câmbio manual no país mais motorizado do mundo.
O relatório afirma ainda que 3,9 % das picapes e caminhões e 9,1% dos carros vendidos este ano utilizam câmbio manual – baixo se comparado aos respectivos 45,8% e 19,9% de vinte anos atrás. A parcela de 6,7% do total de veículos comercializados até agora neste ano é a maior desde 2005. Enquanto a porcentagem de veículos da Ford e da Chrysler comercializados com câmbio manual tenha sido menor que a média de 6,7%, a General Motors vendeu 7,2% de veículos manuais – Camaros e Corvettes, gostaríamos de acreditar.

No Brasil, o percentual é inverso. Os 270 mil veículos automáticos emplacados no ano passado representaram 9% do total de mais de 3 milhões de automóveis que chegaram às ruas em 2009. Parece pouco, só que em 2001 esse número de emplacamentos era de apenas 40 mil.
Com a possível popularização dos sistemas automatizados entre os modelos compactos, o percentual só tende a aumentar. Entre os carros médios, o índice de automáticos já ultrapassou os 40% – proporção que deve ser ainda mais favorável no caso dos sedãs.
Não há dúvidas também que, com a vida do brasileiro cada vez mais atrelada ao trânsito pesado das grandes cidades, o prazer da condução perde valor em relação à comodidade do câmbio automático (ou automatizado). Mas aqueles que amam a liberdade de trocar as marchas quando bem entenderem (alguns até demonstram esse amor no próprio corpo) ainda não estão tão ameaçados. Seu papel é indicar às montadoras que se continuarem oferecendo a transmissão manual em seus carros, alguém sempre irá comprá-los.
Mais importante, mostra às companhias que construir carros espertos, divertidos e com alavancas de câmbio manual ainda conta pontos com os consumidores mais entusiastas.

Fonte: jalopnik
Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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