16 de jan. de 2011

Um jipe 1964 para subir paredes


Rodas são de 35 polegadas e motor é um Volks 2.0 com injeção eletrônica de gasolina (Fotos: Sérgio Castro/AE)
Marcelo Fenerich
“Fui eu que criei esse ‘trator’. Do modelo original sobraram apenas o chassi, o guincho dianteiro, a carcaça da caixa reduzida e o galão de combustível reserva”, diz o trilheiro Marcos Sampaio, mais conhecido como Vovô, sobre o belo Jeep Willys 1964 das fotos desta página. O carro foi comprado há pouco mais de dez anos por R$ 12 mil e desde então vem sendo transformando. “Adaptei diversas ideias de outros jipeiros e deixei esse carro indestrutível”, afirma.
O que ele não revela é quanto investiu para deixar o jipe do jeito que está. “Sobre esse assunto tenho de falar baixinho: minha mulher não pode nem sonhar com o que vou dizer, mas não faço ideia. Só tenho certeza de que daria para comprar uma picape zero-km”, diz.
Vovô conta, orgulhoso, que costuma ser convidado com frequência para levar o modelo a eventos e encontros.
O jipeiro veterano (ele está com 54 anos e comprou seu primeiro 4×4 quando completou 18) afirma que uma das prioridades na preparação do carro foi deixá-lo “bruto” e ao mesmo tempo o mais confortável possível. “Com ele dá para participar de expedições e passeios na terra ou ir ao supermercado.”

Sampaio, o ‘Vovô’, fala com carinho do painel, que foi criado e modelado por seu filho
Mas há vários outros motivos que fazem desse Willys um carro especial. “O painel foi projetado e modelado pelo meu falecido filho”, diz Vovô. Além de velocímetro e conta-giros, o conjunto inclui voltímetro e marcadores do nível da gasolina, da pressão do óleo e da bomba de combustível. “Tudo da Cronomac”, afirma.
Entre as aventuras a bordo do carro, Vovô destaca uma viagem do Paraná a São Paulo, em meados de 2009. “Fui à Brusque (SC) participar da Festa Nacional do Jeep. Na volta, a carreta que nos levou parou em Curitiba e vim rodando com ele. Essa foi a primeira vez que o jipe andou após ser restaurado.”

Além de feixes de mola vindos da Toyota, há amortecedores especiais. Da Clark, câmbio tem 5 marchas
AdaptaçõesEntre as atualizações, o motor é o 2.0 com injeção eletrônica do Volkswagen Golf. O câmbio é da Clark, de cinco marchas, e o bloqueio de diferencial, da Ensimec. Já a suspensão recebeu feixes de mola da Toyota e amortecedores Rancho.
A carroceria é de fibra de vidro, os pneus têm 35” e os bancos são tipo concha. “Também coloquei guincho elétrico atrás, rádio PX, sirene e bagageiro na tampa traseira.”

Fonte: jornal-do-carro
Disponível em:http://blogs.estadao.com.br/jornal-do-carro/

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