Versão Trekking aposta na combinação de cabine dupla e motor 1.6 para manter a Strada no topo
por Raphael Panaro
Auto Press
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Experiência é o que não falta a Fiat
no segmento de picapes compactas. A marca italiana domina o setor há 14
anos com a Strada. Em 2013, o modelo emplacou mais de 10.200 unidades
mensais e terminou o ano com quase 50% de participação no setor. Muito à
frente de Volkswagen Saveiro e Chevrolet Montana, que venderam em média
6 mil e 3.900 veículos mensais, na ordem. A Ford pulou fora do segmento
no começo do ano passado, quando parou de fazer a Courier, e a Peugeot
mantém a Hoggar na vitrine por pura teimosia – vendeu menos que 750
unidades no ano passado inteiro. No final de 2013, a fabricante italiana
deu uma nova cartada. Além do pequeno face-lift, a grande atração da
nova Strada cabine dupla é a terceira porta reversa para facilitar a
entrada de ocupantes traseiros. Na versão Trekking é a única
configuração disponível.
A versão Trekking é a intermediária na
gama da Strada. Ela custa R$ 49.380 e fica 10% abaixo da “top”
Adventure. Por esse valor, a Strada vem com itens como faróis de
neblina, pneus de uso misto, vidros dianteiros e travas elétricas e
volante com regulagem de altura, além de ar-condicionado, vidros e
travas elétrico e direção hidráulica. Os opcionais são o sistema de
bloqueio do diferencial Locker e perfumarias como chave canivete, capota
marítima, ajuste de altura do banco do motorista, retrovisores externos
elétricos, rodas de liga leve, rádio/CD com Bluetooth e volante
multifuncional em couro, que acrescem o valor em R$ 5 mil. Como
intermediária, a Trekking tem motor 1.6 litro de 115/117 cv, com torque
de 16,2/16,8 kgfm, com gasolina/etanol. A básica Working tem propulsor
1.4 enquanto a Adventure tem 1.8.
O conceito da porta “extra” demandou
um quebra-cabeça dos engenheiros da Fiat em não comprometer a rigidez da
carroceria. Por outro lado, a retirada da coluna permitiu um ganho de
espaço ao banco traseiro. Já o cinto de segurança do carona agora fica
ancorado à terceira porta. A Fiat até convocou um recall para substituir
os parafusos de fixação da haste, que no projeto era de 38 mm, mas
foram montados com outro, de 33 mm. Com o terceiro acesso vieram outras
mudanças. A caçamba cresceu oito centímetros em altura. Em relação ao
modelo anterior houve um incremento de quase 18% no volume de carga. Na
versões de cabine dupla são 100 litros a mais – para um total de 680
litros. A Fiat também aproveitou e mudou sutilmente o visual da Strada.
Destaque para a traseira que ganhou lanternas horizontalizadas, que
invadem a lateral.
Impressões ao dirigir
Porta dos fundos
Definitivamente, o que chama atenção
na nova Strada é a presença da terceira porta. Não é difícil notar dedos
apontados para o carro nas ruas, ainda mais com a propaganda massiva na
televisão. Na prática, a solução é interessante para o uso dos bancos
traseiros. Para abri-la, é obrigatório que a porta do carona também
esteja aberta. Até porque a maçaneta, no perfil da porta, só fica
acessível nesta situação. Com ela totalmente aberta, o ângulo é
satisfatório para a entrada de um ocupante, mas a “transferência” do
cinto de segurança dianteiro para trás atrapalha um pouco. Dentro,
pessoas de até 1,75 metro não passam apertos e desfrutam de certa
comodidade. Já ocupantes mais altos, com pernas longas ou mais
corpulentos, podem se sentir desconfortável. Cinco passageiros ali é
impensável – só há, inclusive, dois cintos de segurança no banco
traseiro.
Em movimento, o motor 1.6 16V não
entrega grande desempenho antes dos 3 mil giros. Um dos motivos é que o
torque máximo de 16,8 kgfm só aparece em 4.500 giros e não há boa dose
de força antes disso. É preciso paciência para atingir giros altos. Ao
menos, quando se chega na faixa mais eficiente do propulsor, a dinâmica é
satisfatória. Tanto é que o zero a 100 km/h é cumprido em menos de 10
segundos. Uma marca quase esportiva. No que é contradito pelos engates
do câmbio manual, pouco precisos, mas com escalonamento correto.
Ficha técnica
Fiat Strada Trekking CD 1.6 16V
Motor: A gasolina e
etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha,
quatro válvulas por cilindro, comando simples de válvulas no cabeçote.
Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência máxima: 115 e 117 cv a 5.500 rpm com gasolina e etanol.
Aceleração de 0 a 100 km/h: 9,7 segundos.
Velocidade máxima: 178 km/h.
Torque máximo: 16,2 e 16,8 kgfm a 4.500 rpm com gasolina e etanol.
Diâmetro e curso: 77,0 mm X 85,8 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.
Suspensão: Dianteira
do tipo McPherson com rodas independentes, com braços oscilantes
inferiores e barra estabilizadora. Traseira com eixo rígido, com molas
helicoidais.
Pneus: 175/70 R14.
Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás. Oferece ABS de série.
Carroceria: Picape em
monobloco com três portas e quatro lugares. Com 4,44 metros de
comprimento, 1,66 m de largura, 1,58 m de altura e 2,71 m de distância
entre-eixos.
Peso: 1.216 kg com 650 kg de capacidade de carga.
Capacidade da caçamba: 680 litros.
Tanque de combustível: 58 litros.
Produção: Betim, Minas Gerais.
Itens de série: Barras
longitudinais no teto, computador de bordo, conta-giros, protetor de
caçamba, freios ABS, airbag duplo, brake-light, direção hidráulica,
faróis de neblina, pneus de uso misto, vidros dianteiros e travas
elétricas e volante com regulagem de altura.
Preço: R$ 49.380.
Opcionais: Sistema
Locker, banco do motorista com regulagem de altura, capota marítima,
chave canivete, volante em couro multifuncional, rodas de liga-leve de
14 polegadas e rádio com CD/MP3/WMA integrado ao painel com RDS,
Bluetooth e entrada USB.
Preço: R$ 54.380.
Participe! Deixe aqui seu comentário. Muito Obrigado! Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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