Chevrolet Spin toma conta do segmento de minivans e supera vendas de Meriva e Zafira
Substituir dois veículos e manter a média de vendas não é uma
tarefa simples. Foi esta a missão que a Chevrolet reservou para a Spin.
Em junho de 2012, a marca norte-americana lançou no modelo no mercado
para aposentar Meriva e a Zafira. A idéia era vender 3 mil unidades
mensais, 20% mais que a soma das antecessoras. Nestes 18 meses, a Spin
reinou no segmento, com 53 mil veículos no período. Em outubro,
registrou sua maior média, com 4.487 unidades. Para manter esse bom
desempenho, a General Motors tratou de incluir na linha 2014 de seu
monovolume o difundido sistema multimídia My Link, de série na “top”
LTZ, de sete lugares.
Já
presente em quase todo line-up da Chevrolet – ficam de fora Agile, Celta
e Classic –, o My Link pôe a Spin na tendência de conectividade,
bastante fortalecida em 2013. O dispositivo tem uma tela LCD de sete
polegadas sensível ao toque capaz de reproduzir fotos, vídeos, músicas,
aplicativos de smartphones, além de fazer ligações pelo celular via
Bluetooth. À parte de todas estas funcionalidades, o sistema executa
funções tradicionais de rádio AM/FM com leitor de áudio para arquivos
MP3/WMA.
A Spin
segue com as duas configurações LT e LTZ, mas os preços iniciais
aumentaram. Agora a Chevrolet cobra R$ 46.190 pela configuração de
entrada – R$ 1.600 a mais – com câmbio manual. Com transmissão
automática de seis relações, piloto automático e rádio AM/FM/CD/MP3,
entrada USB e Bluetooth, a versão LT sobe para R$ 52.890 – contra R$
49.690 do modelo 2013. Já na LTZ, a diferença é mais significativa, por
causa da adição do My Link e sensor de estacionamento. Os preços são de
R$ 55.490 com câmbio manual e R$ 59.190 com automático de seis marchas –
R$ 4.500 a mais.
Outra
diferença marcante entre as versões é a arrumação do espaço interno. A
LT tem mais “cara” de Meriva, com cinco lugares e um bom espaço no
bagageiro. Para a LTZ a Chevrolet reservou a configuração para quem quer
um carro com mais características de Zafira, ou seja, sete lugares. Os
dois assentos extras são obrigatórios e fixados no piso. Eles só podem
ser rebatidos e dobrados com um simples mecanismo de puxar duas
“cordinhas”. Configurada para cinco ocupantes, o carro ganha espaço e o
porta-malas leva bons 550 litros. Para carregar mais gente, a mala é
“sacrificada” já que os bancos “roubam” parte da capacidade, que vai
para 162 litros. A motorização segue intacta. Todas as versões são
empurradas pelo propulsor flex 1.8 litro. Ele rende 108 cv com etanol e
106 cv com gasolina, sempre a 5.400 rpm. O torque máximo de 17,1 kgfm é
atingido a 3.200 rotações.
Impressões ao dirigir
Tamanho família
O
design não é o forte da Spin, mas o conjunto mecânico é bem
interessante. O motor 1.8 e seus 108 cv de potência são mais que
suficientes para tirar a Spin do lugar. A transmissão automática de seis
velocidades até faz trocas suaves e rápidas, mas parece ser moderna
demais para o motor. As primeiras marchas são longas e o conta-giros vai
até as 3 mil rpm para efetuar a mudança. Quando o pedal da direita é
pressionado com decisão, o sistema fica confuso e hesita na hora de
reduzir uma ou duas marchas. Por se tratar de um veículo familiar, o
acerto da suspensão é macio e transmite conforto para quem vai dentro.
Mas pelo fato de ser “altinho”, em curvas mais fechadas, a carroceria
rola um pouco. Em trajetos urbanos ou até em velocidades mais altas, a
estabilidade é boa e a Spin não pede correções na trajetória.
Dentro,
a novidade é o sistema My Link. Ele passa um aspecto moderno ao
habitáculo, que tem um excesso de superfícies plásticas, mas traz
arremates corretos. A dupla tonalidade dos bancos e do painel evita a
monotonia no desenho do interior. A posição de dirigir elevada, mesmo no
ajuste mais baixo, dá um certo domínio sobre o trânsito em torno e a
boa altura do modelo fornece espaço suficiente para cabeça e ombros.
Para chegar nos sete lugares, no entanto, os ocupantes da segunda
fileira foram levemente sacrificados, enquanto os dois assentos da
terceira fileira só admite mesmo crianças.
Ficha técnica
Chevrolet Spin LTZ
Motor: Gasolina e
etanol, dianteiro, transversal, 1.796 cm³, quatro cilindros em linha,
duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Acelerador
eletrônico e injeção multiponto.
Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração.
Potência máxima: 108/106 cv a 5.400 rpm com etanol/gasolina.
Torque máximo: 17,1/16,4 kgfm a 3.200 rpm com etanol/gasolina.
Diâmetro e curso: 80,5 mm X 88,2 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.
Suspensão: Dianteira
independente do tipo McPherson, com barra estabilizadora. Traseira
semi-independente por eixo de torção e barra estabilizadora. Não possui
controle de estabilidade.
Pneus: 195/65 R15.
Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. ABS de série.
Carroceria:
Monovolume em monobloco com quatro portas e sete lugares. Com 4,36
metros de comprimento, 1,73 m de largura, 1,66 m de altura e 2,62 m de
distância entre-eixos. Airbag duplo frontal de série.
Peso: 1.255 kg.
Capacidade do porta-malas: 550 litros ou 162 litros com a terceira fileira de bancos abaixada.
Tanque de combustível: 52 litros.
Produção: São Caetano do Sul, São Paulo.
Lançamento no Brasil: 2012.
Itens de série: Ar-condicionado,
direção hidráulica, ABS, EBD, airbag duplo, vidros e travas elétricas,
ajuste de altura do banco do motorista e rodas de 15 polegadas, sistema
multimídia My Link com rádio/CD/MP3/Bluetooth, computador de bordo,
sensor de estacionamento, rack de teto e terceira fileira de bancos.
Participe! Deixe aqui seu comentário. Obrigado! Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário