Na última terça (10), em assembleia no pátio da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP), Wagner Santana, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, disse que o governo federal irá anunciar na próxima semana uma medida provisória (MP) com novas regras sobre os prazos para a obrigatoriedade do uso de freios ABS e airbags frontais para os automóveis vendidos no país.
Ainda de acordo com Wagner, tais medidas permitirão que a Kombi e Gol G4, por exemplo, continuem sendo produzidos por mais algum tempo.
Porém, está ação irá atingir todas as montadoras, e não apenas a Volkswagen. “O que deve ser proposto é que estas regras sejam realizadas de forma progressiva para que haja, em breve, um índice maior de carros produzidos com Airbags e sistema ABS, ambos estabelecidos pelas normas de segurança nacional”, explicou Wagnão.
A questão levantada pelo sindicato tem como objetivo ganhar tempo. Se a suposta medida provisória for realmente aprovada pelo governo, a categoria ganharia mais dois anos para fazer a transição sem ter que discutir demissões com os trabalhadores excedentes. “Se hoje o mercado oferece Airbags e ABS em 60% dos veículos, em 2014 deverá ser 70% e em 2015 um outro índice ainda maior. A partir de janeiro de 2016, todos os carros deverão conter as condições exigidas por lei”, concluiu.
De fato, é natural a preocupação do sindicato com a questão das demissões, mas por outro lado, as montadoras já se prepararam para esta situação, pois as resoluções 311 e 312 do Contran, que tornam os itens obrigatórios a partir de 2014, foram aprovadas em 2009. Tanto é que a Volkswagen já criou a versão de despedida da Kombi e a Fiat deve anunciar também uma edição derradeira para o Mille, sem deixar de mencionar as demais versões que vem ganhando estes itens nos últimos meses. Fica a impressão de que sindicatos e montadoras não estão muito bem alinhados nesta questão.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
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