Toyota promove retoque no interior do Etios para tentar emplacar no segmento de sedãs compactos
O
Toyota Etios sedã está longe de ser um sucesso de vendas. Mas a
racionalidade intrínseca aos modelos da marca japonesa também tem seus
seguidores. Lançado no fim de 2012 com design conservador e interior
excessivamente despojado, a expectativa da Toyota era alcançar 2 mil
unidades/mês – intimidada pelos lançamentos de concorrentes mais
modernos como o Chevrolet Prisma e o Hyundai HB20S na mesma época.
Para
sair das 800 unidades do início e superar as 2.300 vendas em outubro
passado, a Toyota teve de se mexer. Reduziu preço, investiu em
publicidade e, por fim, promoveu mudanças no interior. Uma pesquisa
apontou que 45% dos potenciais clientes deram o acabamento como motivo
para desistir da compra. As alterações na linha 2014 tiveram como foco
deixar o habitáculo mais palatável.
A mudança mais vistosa foi no console central. Saiu o plástico simples
de cinza para dar lugar a uma cobertura em preto brilhoso, chamada de
“total black”. Novos revestimentos para os bancos também contribuem para
melhorar a impressão sobre o Etios. O conjunto de instrumentos, embora
siga centralizado, ganhou nova iluminação e grafismo, na cor azul. As
modificações na cabine são completadas pelas maçanetas internas das
portas em prata fosco, novos botões do comando do ar-condicionado e
anéis cromados nas saídas do ar-condicionado e na manopla do câmbio. Na
configuração topo XLS, ainda traz volante multifuncional de base reta e
revestido em couro. Não foi desta vez que o sistema de som ganhou
Bluetooth, travamento automático das portas, ajuste de altura dos bancos
ou retrovisores elétricos. Pelas alterações a Toyota agora cobra R$
44.990 na versão topo – um aumento de R$ 1.590.
As
características que defendem o lado racional do modelo permaneceram
intactas. Foram, aliás, até reforçadas pelo último relatório do Cesvi –
Centro de Experimentação e Segurança Viária –, que aponta o modelo
japonês como o sedã compacto com o menor índice de reparabilidade à
venda no mercado brasileiro. Além do custo baixo na hora do conserto em
casos de colisões comuns, o Etios também é o que fica menos tempo dentro
da concessionária para o reparo.
Outro
ponto que segue igual é o propulsor 1.5 litro 16V com comando duplo no
cabeçote, gerenciado por um câmbio de cinco marchas. Ele rende 92/96,5
cv de potência com gasolina/etanol e 13,9 kgfm de torque com qualquer
combustível. No Programa Brasileiro de Etiquetagem do InMetro, o sedã
mostrou todo seu pragmatismo: obteve classificação “A” no segmento e “B”
no geral, com média de 8,4 km/l na cidade e 9,3 km/l na estrada com
etanol e 11,9 km/l na cidade e 14,0 km/l na estrada com gasolina.
Impressões ao dirigir
Paradoxos da razão
O
Toyota Etios sedã é um carro simples e controverso. O design e o
acabamento interno são sem graça. Coisa que não incomoda muito a marca
japonesa. Tanto que, apesar das inúmeras críticas, externamente ela
mudou a o desenho do retrovisor. Pelo menos no interior a Toyota decidiu
dar “um lustre” no visual conservador do Etios. Com um ano de mercado
brasileiro, o interior do sedã – e também do hatch – passou por
transformações. O princiapl foi acabamento em black piano do console
central, que “levantou” no ambiente. Elogiável mesmo no Etios sedã é o
espaço interno. Cinco pessoas viajam sem apertos no modelo com boa área
para acomodar as pernas. O porta-malas também é digno de nota:
exuberantes 562 litros.
Por
outro lado, desde sempre o conjunto mecânico do Etios foi digno de
elogios. No caso do sedã, o propulsor 1.5 litro anima o carro com
bastante desolvoltura – ajudado pelo baixo peso de 945 kg. O
entrosamento com a transmissão manual de cinco marchas de encaixes
precisos, também ajuda no fôlego do compacto da Toyota. O torque de 13,9
kgfm a 3.100 rotações, regime relativamente baixo, resulta em boas
arrancadas e retomadas. Ao encarar os desníveis das ruas brasileiras, a
Toyota acertou na suspensão. Ela filtra bem as imperfeições e protege os
ocupantes. A direção não é muito comunicativa, o que não chega a ser um
problema no trânsito mas deixa o modelo um tanto impreciso em
velocidades altas.
Ficha técnica
Etios sedã XLS
Motor: A gasolina e
etanol, dianteiro, transversal, 1.496 cm³, quatro cilindros em linha,
com quatro válvulas por cilindro e duplo comando no cabeçote. Injeção
multiponto e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 92 cv com gasolina e 96,5 cv com etanol a 5.600 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 11,3 segundos
Torque máximo: 13,9 kgfm com gasolina e etanol a 3.100 rpm.
Diâmetro e curso: 75 mm X 84,7 mm. Taxa de compressão: 12,5:1.
Suspensão: Dianteira
independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores. Traseira com
rodas semi-independentes com eixo de torção e barra estabilizadora. Não
oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 175/65 R15.
Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás com ABS.
Carroceria: Sedã em
monobloco com quatro portas e cinco lugares com 4,26 metros de
comprimento, 1,69 m de largura, 1,51 m de altura e 2,55 m de
entre-eixos. Oferece airbags frontais. Não oferece airbags laterais nem
de cabeça.
Peso: 945 kg.
Capacidade do porta-malas: 562 litros.
Tanque de combustível: 45 litros.
Produção: Sorocaba, Brasil.
Lançamento mundial: 2010
Lançamento no Brasil: 2012.
Itens de série: Airbags
frontais, luz indicadora de portas abertas, freios ABS, direção
elétrica, desembaçador traseiro, ar-condicionado, vidros e travas
elétricas, conta giros, rádio/CD/MP3/USB, rodas de liga leve de 15
polegadas, faróis de neblina, alarme com acionamento à distância.
Preço: R$ 44.990.
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