14 de out. de 2013

Os dez carros que não se encaixam em apenas uma categoria


Alguns modelos parecem surgir diretamente das idéias mais malucas das equipes de design conseguindo passar pela aprovação da montadora para a produção do modelo, muitos carros como estes geralmente não vendem bem ou surgem apenas como reforço à imagem da marca ou até em alguns casos, como alguns dos presentes na lista, fazem tanto sucesso junto ao público que criam novas categorias. Acostumado à categorias bem definidas como as carrocerias sedan, hatch, perua, conversível, esportivo, utilitário esportivo, entre outros, o mercado de automóveis vem sendo bombardeado por modelos que mesclam estas categorias em misturas nunca pensadas. Um modelo que mescla duas categorias é a nacional Strada Cabine Dupla, antes imprensável para um modelo pequeno contar com cabine dupla e ainda mais porta traseira, a Strada 2014 já conta com este item. A picapinha nacional não entrou na lista por ser apenas uma versão e não um modelo a parte.

Chevrolet SSR

Uma picape retrô inspirada nas picapes Chevrolet dos anos 30, até este ponto sem problemas, já que o mercado estava sendo bombardeado com modelos retrô no início dos anos 2000. Mas a SSR tem algo a mais, motores V8 6.0 e 5.3, sendo o primeiro já utilizado no Corvette e Pontiac GTO, honrando assim a sigla SS do seu nome como uma pipace esportiva. Mas a cereja do bolo é o fato de além de ser uma bela picape retrô esportiva a SSR também é um conversível! A exótica mistura vendeu aproximadamente 24 mil unidades nos EUA, algumas unidades foram importadas para o Brasil de maneira independente e hoje são vendida a preços exorbitantes acima de 200 mil reais. 

Citroën C3 Pluriel

O pequenino conversível da Citroën já figurou em uma lista de Os Dez em que o foco era a loucura genial dos franceses. O modelo é derivado da geração anterior do C3 e foi vendido entre 2003 e 2010 e tem como grande destaque a diversidade de carrocerias as quais o Pluriel pode assumir: hatch, hatch com teto panorâmico, conversível ao estilo 500C e DS3 Cabrio (por conta dos arcos), conversível de fato e até mesmo picape conversível como a SSR. Apesar de todas estas transformações o modelo é pouco prático pois para as duas ultimas transformações os arcos devem ficar guardados fora do carro, o que seria um problema em dias de chuva, além disso o preço alto fez as vendas patinarem e com que a Citroën inclusive abandonasse o segmento de conversíveis.

Mercedes-Benz CLS

Hoje em dia sedans de quatro portas são comuns, indo desde modelos da Volkswagen (CC) até ultra luxuosos como Porsche Panamera e Aston Martin Rapid. Sedans e coupés não se misturava, sendo hoje a influência destes modelos tão grande que os sedans, mesmo os mais caretas, estão se entregando a silhueta dos coupés. Mas em 2004 a Mercedes trouxe ao mercado a CLS, que entregava todo o charme de um coupé com espaço (ou quase por conta da altura da cabeça) e a versatilidade de um quatro portas, o sucesso foi tão estrondoso que foi seguido, com uma boa demora, por outras montadoras e até levou o segmento a segmentos inferiores, como a atual CLA e além de lançar uma versão perua que segue o estilo das antigas Shooting Brakes (apesar de atualmente a única verdadeira Shooting Brake ser a Ferrari FF).

Renault Avantime

Mais um modelo vindo direto de outra lista de Os Dez: a Renault Avantime. Minivans, da maneira mais generalizada possível, são conhecidas como modelos criados para famílias que buscam espaço acima de tudo e uma condução pacata para não assustar as crianças, mas a Renault acreditou que havia mais um uso para este tipo de modelo. Motorização V6, apenas duas portas e um desenho para lá de ousado a Avantime quebrou com toda a cartília a qual uma minivan deveria seguir, sendo a única minivan esportiva de duas portas já vendida no mercado. Pena tamanha ousadia não ter feito tanto sucesso, seria problema das controversas linhas da traseira ou realmente esportivos e minivans nunca deveriam ter se cruzado?

Citroën DS5

Desafio você leitor a definir a qual categoria pertence o belíssimo Citroën DS5. Ele não é um hatch pois é grande demais para isso, muito menos uma perua pelo fato de que levar bagagem não é seu foco, muito menos um crossover pois sua altura em relação ao solo não incentiva tocada off-road, um coupé talvez, não ele conta com quatro portas, até mesmo a Citroën tem dificuldades em definir seu modelo. Mas o que importa no caso da linha DS é ter estilo, e isso o DS5 tem de sobra, a frente com desenho agressivo tornam impossível que o modelo não chame atenção, e muita, na rua. A cabine luxuosa envolve o motorista e instiga a pilotagem, ajudado pelo motor 1.6 THP, mesmo com o tamanho todo do modelo dua dinâmica é boa.

BMW X6

Mais uma categoria criada pelos alemães em que coupés são a fonte de inspiração: os utilitários esportivos coupés. Tudo começou com o modelo acima, o BMW X6 e por enquanto permanece como está, sozinha perante a concorrência. Mercedes-Benz recentemente anunciou a criação de um modelo batizado de MLC para bater o X6, enquanto Audi já ensaia versões coupé de Q7 e Q5, a própria BMW também já trabalha para atacar o segmento inferior com o X4 (versão coupé do X3). O modelo até mesmo influenciou o sucesso de vendas Range Rover Evoque o qual possuí uma versão coupé, devidamente com apenas duas portas e influenciada pelo design dos hatchs coupés como Mégane Coupé e Astra GTC. As proporções do X6 são um tanto quanto estranhas, já que a caída suave do teto em direção à traseira em um modelo tão volumoso faz parecer um sedan inchado. 

Suzuki Vitara X-90

Algumas ideias de misturar categorias dão tão certo que geram concorrentes (X6 e CLS), outras são apenas boas e belas ideias mas que o mercado não as aceita muito bem (SSR e Avantime), enquanto outras não deveriam existir, e este é o caso do Suzuki X-90. O pequeno utilitário é figurinha carimbada em listas de modelos mais feios já fabricados por conta de seu design que, baseado em um suv, mistura elementos de sedans e modelos targa. A traseira alta e com volume bem marcado deixa a impressão de que se tratade um legítimo sedan, porém a altura elevada do solo por conta de sua proposta fora de estrada deixa o modelo totalmente desproporcional, manchando o nome Vitara. Por sorte o modelo nunca desembarcou no Brasil.

Nissan Murano CrossCabriolet

Ao que tudo indica se misturar utilitários esportivos com coupés da certo, porque não também com conversíveis? E esta é a resposta da Nissan a esta pergunta. Baseado em um dos mais belos suv's a venda no mercado, o Murano a montadora nipônica decidiu retirar o teto do modelo e assim estragar todo o seu charme além de criar algo bizarro. As linhas do Murano continuam belas, mas o conjunto como um todo é desastroso, ficando semelhante às pomposas carruagens usadas para passeios turísticos. Além disso qual a finalidade de um modelo conversível, com teto de lona que, em tese, deveria andar na lama?

Hyundai Veloster 

Classificado como um coupé compacto pela Hyundai, o Veloster também não consegue se encaixar em uma simples categoria. O coreano conta com visual semelhante aos hatch coupé os quais concorre (Mégane Coupé e Astra GTC, Seat Leon SC, por exemplo) porém sua traseira é mais truncada e reta, o desclassificando como um hatch. Além disso o modelo não é devidamente um coupé pois conta com três portas. Infelizmente por um erro da importadora CAOA hoje o Veloster é um dos modelos que mais sofre bullying no Brasil por conta de seu motor 1.6 de desempenho fraco para a proposta e nome do carro. 

Plymouth Prowler

Normalmente hot roads são modelos antigos transformados com motores potentes e modificações de carroceria que, muitas vezes, descaracterizam o modelo por completo. Mas em 1999 a Plymouth decidiu que havia espaço para um hot road zero quilômetro com motor 3.5 V6 e enormes rodas cromadas. O Prowler (depois da falência da Plymouth ainda foi vendido como Chrysler) vendeu um total de 11702 unidade em 4 anos de produção, pouquíssimo para o movimentado mercado americano. Classifica-lo somente como um esportivo conversível seria pouco perto do charme e do design icônico do modelo, talvez o primeiro e único hot road de produção em massa do século XXI.
E você leitor, conhece outros modelos que dificilmente se encaixam em apenas uma categoria, ou até mesmo em nenhuma existente? Diga quais são e sua opinião nos comentários abaixo. Espero que gostem!

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