Alguns modelos parecem surgir diretamente das idéias mais malucas das equipes de design conseguindo passar pela aprovação da montadora para a produção do modelo, muitos carros como estes geralmente não vendem bem ou surgem apenas como reforço à imagem da marca ou até em alguns casos, como alguns dos presentes na lista, fazem tanto sucesso junto ao público que criam novas categorias. Acostumado à categorias bem definidas como as carrocerias sedan, hatch, perua, conversível, esportivo, utilitário esportivo, entre outros, o mercado de automóveis vem sendo bombardeado por modelos que mesclam estas categorias em misturas nunca pensadas. Um modelo que mescla duas categorias é a nacional Strada Cabine Dupla, antes imprensável para um modelo pequeno contar com cabine dupla e ainda mais porta traseira, a Strada 2014 já conta com este item. A picapinha nacional não entrou na lista por ser apenas uma versão e não um modelo a parte.
Chevrolet SSR
Uma picape retrô inspirada nas picapes Chevrolet dos anos 30, até este
ponto sem problemas, já que o mercado estava sendo bombardeado com
modelos retrô no início dos anos 2000. Mas a SSR tem algo a mais,
motores V8 6.0 e 5.3, sendo o primeiro já utilizado no Corvette e
Pontiac GTO, honrando assim a sigla SS do seu nome como uma pipace
esportiva. Mas a cereja do bolo é o fato de além de ser uma bela picape
retrô esportiva a SSR também é um conversível! A exótica mistura vendeu
aproximadamente 24 mil unidades nos EUA, algumas unidades foram
importadas para o Brasil de maneira independente e hoje são vendida a
preços exorbitantes acima de 200 mil reais.
Citroën C3 Pluriel
O pequenino conversível da Citroën já figurou em uma lista de Os Dez em que o foco era a loucura genial dos franceses.
O modelo é derivado da geração anterior do C3 e foi vendido entre 2003 e
2010 e tem como grande destaque a diversidade de carrocerias as quais o
Pluriel pode assumir: hatch, hatch com teto panorâmico, conversível ao
estilo 500C e DS3 Cabrio (por conta dos arcos), conversível de fato e
até mesmo picape conversível como a SSR. Apesar de todas estas
transformações o modelo é pouco prático pois para as duas ultimas
transformações os arcos devem ficar guardados fora do carro, o que seria
um problema em dias de chuva, além disso o preço alto fez as vendas
patinarem e com que a Citroën inclusive abandonasse o segmento de
conversíveis.
Mercedes-Benz CLS
Hoje em dia sedans de quatro portas são comuns, indo desde modelos da
Volkswagen (CC) até ultra luxuosos como Porsche Panamera e Aston Martin
Rapid. Sedans e coupés não se misturava, sendo hoje a influência destes
modelos tão grande que os sedans, mesmo os mais caretas, estão se
entregando a silhueta dos coupés. Mas em 2004 a Mercedes trouxe ao
mercado a CLS, que entregava todo o charme de um coupé com espaço (ou
quase por conta da altura da cabeça) e a versatilidade de um quatro
portas, o sucesso foi tão estrondoso que foi seguido, com uma boa
demora, por outras montadoras e até levou o segmento a segmentos
inferiores, como a atual CLA e além de lançar uma versão perua que segue
o estilo das antigas Shooting Brakes (apesar de atualmente a única
verdadeira Shooting Brake ser a Ferrari FF).
Renault Avantime
Mais um modelo vindo direto de outra lista de Os Dez: a Renault
Avantime. Minivans, da maneira mais generalizada possível, são
conhecidas como modelos criados para famílias que buscam espaço acima de
tudo e uma condução pacata para não assustar as crianças, mas a Renault
acreditou que havia mais um uso para este tipo de modelo. Motorização
V6, apenas duas portas e um desenho para lá de ousado a Avantime quebrou
com toda a cartília a qual uma minivan deveria seguir, sendo a única
minivan esportiva de duas portas já vendida no mercado. Pena tamanha
ousadia não ter feito tanto sucesso, seria problema das controversas
linhas da traseira ou realmente esportivos e minivans nunca deveriam ter
se cruzado?
Citroën DS5
Desafio você leitor a definir a qual categoria pertence o belíssimo
Citroën DS5. Ele não é um hatch pois é grande demais para isso, muito
menos uma perua pelo fato de que levar bagagem não é seu foco, muito
menos um crossover pois sua altura em relação ao solo não incentiva
tocada off-road, um coupé talvez, não ele conta com quatro portas, até
mesmo a Citroën tem dificuldades em definir seu modelo. Mas o que
importa no caso da linha DS é ter estilo, e isso o DS5 tem de sobra, a
frente com desenho agressivo tornam impossível que o modelo não chame
atenção, e muita, na rua. A cabine luxuosa envolve o motorista e instiga
a pilotagem, ajudado pelo motor 1.6 THP, mesmo com o tamanho todo do
modelo dua dinâmica é boa.
BMW X6
Mais uma categoria criada pelos alemães em que coupés são a fonte de
inspiração: os utilitários esportivos coupés. Tudo começou com o modelo
acima, o BMW X6 e por enquanto permanece como está, sozinha perante a
concorrência. Mercedes-Benz recentemente anunciou a criação de um modelo
batizado de MLC para bater o X6, enquanto Audi já ensaia versões coupé
de Q7 e Q5, a própria BMW também já trabalha para atacar o segmento
inferior com o X4 (versão coupé do X3). O modelo até mesmo influenciou o
sucesso de vendas Range Rover Evoque o qual possuí uma versão coupé,
devidamente com apenas duas portas e influenciada pelo design dos hatchs
coupés como Mégane Coupé e Astra GTC. As proporções do X6 são um tanto
quanto estranhas, já que a caída suave do teto em direção à traseira em
um modelo tão volumoso faz parecer um sedan inchado.
Suzuki Vitara X-90
Nissan Murano CrossCabriolet
Ao que tudo indica se misturar utilitários esportivos com coupés da
certo, porque não também com conversíveis? E esta é a resposta da Nissan
a esta pergunta. Baseado em um dos mais belos suv's a venda no mercado,
o Murano a montadora nipônica decidiu retirar o teto do modelo e assim
estragar todo o seu charme além de criar algo bizarro. As linhas do
Murano continuam belas, mas o conjunto como um todo é desastroso,
ficando semelhante às pomposas carruagens usadas para passeios
turísticos. Além disso qual a finalidade de um modelo conversível, com
teto de lona que, em tese, deveria andar na lama?
Hyundai Veloster
Classificado como um coupé compacto pela Hyundai, o Veloster também não
consegue se encaixar em uma simples categoria. O coreano conta com
visual semelhante aos hatch coupé os quais concorre (Mégane Coupé e
Astra GTC, Seat Leon SC, por exemplo) porém sua traseira é mais truncada
e reta, o desclassificando como um hatch. Além disso o modelo não é
devidamente um coupé pois conta com três portas. Infelizmente por um
erro da importadora CAOA hoje o Veloster é um dos modelos que mais sofre
bullying no Brasil por conta de seu motor 1.6 de desempenho fraco para a
proposta e nome do carro.
Plymouth Prowler
Normalmente hot roads são modelos antigos transformados com motores
potentes e modificações de carroceria que, muitas vezes, descaracterizam
o modelo por completo. Mas em 1999 a Plymouth decidiu que havia espaço
para um hot road zero quilômetro com motor 3.5 V6 e enormes rodas
cromadas. O Prowler (depois da falência da Plymouth ainda foi vendido
como Chrysler) vendeu um total de 11702 unidade em 4 anos de produção,
pouquíssimo para o movimentado mercado americano. Classifica-lo somente
como um esportivo conversível seria pouco perto do charme e do design
icônico do modelo, talvez o primeiro e único hot road de produção em
massa do século XXI.
E você leitor, conhece outros modelos que dificilmente se encaixam em
apenas uma categoria, ou até mesmo em nenhuma existente? Diga quais são e
sua opinião nos comentários abaixo. Espero que gostem!
Participe! Deixe aqui seu comentário. Obrigado! Disponível no(a):http://brigatodesign.blogspot.com.br
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