Alemão chegou em 2º na Índia, devolvendo a Mercedes à vice-liderança nos construtores; veja o que cada piloto afirmou após prova que coroou tetra de Vettel
MERCEDES
Nico Rosberg: 2º
Lewis Hamilton: 6º
Com uma atuação inteligente, Nico Rosberg superou alguns adversários na pista, outros na estratégia e completou o GP da Índia na mesma posição onde havia largado: segundo. O alemão destacou a importância do resultado para as aspirações da Mercedes no campeonato das manufatureiras:
“Foi uma corrida muito importante. Marcamos bons pontos e voltamos à vice-liderança dos construtores. O time fez um trabalho tático fantástico e agradeço aos rapazes por isso. A única coisa que não deu muito certo foi ficar atrás do Felipe [Massa] no começo, pois não estava fácil passá-lo na pista e tivemos de superá-lo nos boxes. Nossa meta era sermos os ‘melhores do resto’ e funcionou perfeitamente”, disse.
Sobrepujado pelo companheiro em todo o fim de semana, Lewis Hamilton se mostrou contente pelo que o bom resultado de Rosberg representou à equipe, mas frustrado com sua própria. “É ótimo termos marcado bons pontos, principalmente com o pódio de Nico, e termos voltado ao segundo lugar [no campeonato]. O carro esteve bom durante o fim de semana, mas a corrida foi um pouco frustrante para mim. Dei duro para passar Felipe, mas infelizmente não deu certo e destruí meus pneus. Terminar em sexto nunca é satisfatório, mas ainda temos três etapas pela frente e vamos com tudo”, ponderou o inglês, que também exaltou o tetra conquistado por Sebastian Vettel em Buddh.
RED BULL
Sebastian Vettel: 1º
Mark Webber: abandonou
Apesar das seis vitórias seguidas, do domínio irretocável desde o retorno das férias de agosto e do título conquistado com três provas de antecedência, Sebastian Vettel destacou que a temporada esteve longe de ser tão fácil quanto as pessoas imaginam. “Para mim, pessoalmente, foi difícil ser vaiado, mesmo não tendo feito nada de errado. Superar isso e dar a resposta certa, na pista, ganhando finalmente a aceitação, me deixa muito orgulhoso”, disse o novo tetracampeão, que levou o público indiano ao delírio quando quebrou o protocolo determinado pela FIA, dando zerinhos na reta principal e escalando o alambrado. Por causa disso, ele tomou uma advertência e sua equipe foi multada em R$ 75 mil.
Em Buddh, somente Mark Webber teria condições de “carimbar a faixa” e tirar a vitória do companheiro, mas uma falha no alternador do motor Renault pôs fim prematuro à sua campanha. Antes disso, o australiano já havia perdido terreno para o colega no jogo estratégico. “Era preciso me proteger contra a [possível entrada do] safety car. Eu tinha que andar algumas voltas com os [pneus] macios e o fiz. Se tivesse colocado os médios de novo [após a primeira parada], ficaria um pouco exposto à entrada do carro de segurança. No fim, ainda estou com um sorriso no rosto. Não dava para ter feito nada além”, resignou-se.
LOTUS
Romain Grosjean: 3º
Kimi Raikkonen: 7º
Em mais uma mostra de que amadureceu na segunda metade de 2013, Romain Grosjean foi aplicado na estratégia e conseguiu reverter o negativo 17º lugar no grid em um pódio. Nem o próprio francês esperava uma recuperação tão eficiente. “Não tinha grandes esperanças. A melhor estratégia dada pelo computador era um quarto lugar. Não apostaria sequer um amendoim na terceira colocação”, exagerou.
Até a chegada de Grosjean, Kimi Raikkonen era o ocupante do terceiro lugar, mesmo com um problema nos freios, acusado logo no primeiro terço das 60 voltas. Depois, seus pneus ficaram totalmente sem aderência e o finlandês caiu bruscamente na tabela. “Fiz as primeiras 20 voltas com dificuldades nos freios. Eles superaqueceram demais e eu os perdia cada vez que ficava perto de alguém. No fim, fiquem sem pneus também. Muito frustrante”, lamentou. Enquanto perdia rendimento, o campeão de 2007 se envolveu numa polêmica disputa por posição com seu companheiro. Ao dificultar a passagem do outro E21, Kimi criou uma situação de animosidade com o diretor Alan Permane. “É normal sair da frente [quando se está mais lento], mas não dá para fazer isso em uma curva de alta”, contestou.
FERRARI
Felipe Massa: 4º
Fernando Alonso: 11º
Além de comparar Vettel a Ayrton Senna e Michael Schumacher, Felipe Massa também demonstrou satisfação com seu desempenho na Índia, já que chegou a liderar algumas voltas e terminou próximo da zona de pódio, em quarto. “Foi uma corrida legal e estou bem contente, porque a estratégia deu certo. Apresentei bom ritmo o tempo todo, mesmo com pneus macios. Daria para lutar pelo pódio, mas, com a evolução da pista, alguns carros, como [Romain] Grosjean, conseguiram fazer só uma parada, algo impossível para nós. Mas tenho que ficar feliz, pois foi um dia em que não cometemos erros”, exaltou.
Único piloto que ainda tinha chances de evitar o tetra de Vettel, Fernando Alonso perdeu qualquer possibilidade de desafiar o alemão na Índia já na largada, quando tocou em Mark Webber e avariou sua asa dianteira. O bicampeão espanhol, que parabenizou o rival pela conquista do quarto campeonato, disse que o incidente arruinou sua campanha em Noida. “Foi um pouco de falta de sorte, pois acho que Mark também tocou em alguém e a terceira parte da equação fui eu. A corrida foi ladeira abaixo a partir desse momento”, avaliou.
McLAREN
Sergio Pérez: 5º
Jenson Button: 14º
Em seu melhor resultado na F1 desde o GP do Bahrein, em abril passado, Sergio Pérez comemorou bastante a quinta colocação em Buddh. O resultado na Índia alçou o mexicano à 12ª colocação no Mundial, a apenas sete pontos de Paul di Resta, pior colocado entre os dez primeiros.
“Tenho muita pressão nos meus ombros, mas é sempre mais tranquilo quando você vai bem nesse tipo de situação. Estou extremamente satisfeito. Nas voltas finais, foi sensacional passar Kimi [Raikkonen] e Lewis [Hamilton] numa única manobra. Freei o máximo que podia na curva 4 para manter Lewis atrás e consegui”, disse o piloto de 23 anos, que ainda não renovou contrato com Woking para o ano que vem.
“Foi uma temporada difícil, mas o resultado de hoje [domingo] é um sinal promissor que realmente nos motiva a fazer nosso melhor nas últimas três corridas, onde daremos nosso melhor para conseguir bons resultados. Finalmente, gostaria de dar parabéns a Sebastian. Ele já mostrou nos anos anteriores que é um verdadeiro grande campeão.”
Já Jenson Button, sem chegar entre os seis primeiros desde a etapa de Spa, em agosto, só fez lamentar a 14ª colocação. O inglês de 33 anos definiu sua participação no GP da Índia como “um daqueles dias”.
“Na primeira volta, fui atingido bem forte numa curva à direita por Fernando [Alonso]. Não sei como ele chegou a isso, porque lhe dei bastante espaço”, disse o britânico. “O contato danificou o carro e o aro da roda, o que me deu um furo no pneu. Foi uma pena porque estava andando com os pneus médios quando sofri o corte na borracha e esse era o que estava durando mais aqui! Então o incidente destruiu minha estratégia pelo resto da tarde.”
O campeão de 2009 também cumprimentou Vettel pelo tetracampeonato. “É bem impressionante, especialmente por terem sido quatro títulos em sequência. O time dele fez um grande trabalho, Adrian Newey mostrou o quanto é bom e Seb encerrou o campeonato muito bem com uma vitória.”
FORCE INDIA
Paul di Resta: 8º
Adrian Sutil: 9º
Após oito etapas, a Force India voltou neste domingo a terminar uma prova com seus dois carros na zona de pontuação. Os pilotos da equipe apostaram em estratégias diferentes bem diferentes que acabaram dando certo. Paul di Resta destacou não só a tática do time como a evolução do carro.
“Adotamos uma estratégia agressiva ao pararmos no final da primeira volta para trocar os pneus macios pelos médios. Depois dividimos a corrida em duas partes e parei de novo para o meu segundo jogo de médios na 30ª volta. Além disso, nós conseguimos melhorar constantemente o carro nas últimoas semanas e estou me sentindo mais confortável, então, acho que podemos ficar otimistas em ter um desempenho parecido em Abu Dhabi, na semana que vem”, declarou o escocês.
Adrian Sutil também ficou satisfeito com o resultado e explicou que resolveu adotar a estratégia de apenas uma parada durante a corrida, quando viu o desempenho de seu primeiro jogo de pneus. “Os pneus médios, com que larguei, estavam andando muito bem e percebi que era possível fazer a corrida com apenas uma parada. Nós pensávamos que os pneus macios só durariam umas cinco voltas, então, eu tentei realmente economizá-los, e no final eu consegui completar 20 voltas”, afirmou.
TORO ROSSO
Daniel Ricciardo: 10º
Jean-Éric Vergne: 13º
Embora tenha alcançado a zona de pontuação pela primeira vez desde o GP da Itália, em setembro passado, Daniel Ricciardo não escondeu a frustração com o décimo lugar em Buddh. O australiano esperava terminar a prova numa posição melhor. “Principalmente pelo ritmo apresentado após o primeiro stint”, disse o piloto de 24 anos. “Acho que seria páreo a [Adrian] Sutil e [Paul] Di Resta, então ficou um pouco de decepção pelo fato de não ter conseguido passá-los, mas no geral, fiquei satisfeito.”
Jean-Éric Vergne, na 13ª posição, também se decepcionou com o ritmo do STR8. “Acho que a estratégia de me livrar logo dos pneus macios foi boa”, avaliou. “Poderia ter valido a pena a ponto de nos colocar nos pontos, mas fomos muito lentos, ainda que tenhamos feito o que podíamos. Não pude fazer melhor hoje [domingo], então é claro que fiquei decepcionado.”
WILLIAMS
Pastor Maldonado: 12º
Valtteri Bottas: 16º
Pastor Maldonado saiu encorajado de Buddh. O venezuelano ficou feliz com o ritmo do FW35, especialmente em comparação à etapa japonesa, há duas semanas, quando terminou somente em 16º. “O ritmo do carro hoje [domingo] estava animador”, disse. “Fiz outra largada forte e consegui um bom número de posições. Lutei duro no fim da prova para nos colocar na zona de pontuação, mas infelizmente hoje não conseguimos isso. Espero que a gente consiga marcar mais pontos nos dois últimos GPs.”
Valtteri Bottas, por sua vez, se queixou da falta de ar limpo na pista e de um problema no rádio no meio do percurso. O finlandês ainda não marcou pontos no campeonato. “A primeira volta foi muito difícil para mim e eu escorreguei muito mais do que outros carros e perdi algumas posições”, declarou. “Meu ritmo melhorou no primeiro stint, mas sofri um problema no rádio e tive que parar mais tarde do que planejava. Nosso ritmo foi mais forte do que nos últimos GPs e acho que estava na estratégia certa, mas a falta de pista livre impediu que eu pudesse capitalizar isso e lutasse por pontos.”
SAUBER
Esteban Gutiérrez: 15º
Nico Hulkenberg: abandonou
Numa etapa que a Sauber provavelmente quer esquecer, Esteban Gutiérrez jogou fora a chance de marcar pontos pela segunda vez na carreira ao queimar a largada e ser punido com uma passagem pelos boxes ainda no primeiro terço do GP da Índia. “Infelizmente, cometi um erro e paguei por ele. O carro estava com equilíbrio e ritmo bons, e eu tive duas brigas legais com Fernando [Alonso] e Romain [Grosjean]. No fim, sofri um pouco com os [compostos] macios, mas acho que, se nos classificarmos melhor e evitarmos os erros, podemos terminar entre os dez primeiros de novo. Não foi um grande fim de semana, mas adquiri experiências valiosas hoje”, comentou.
Após uma sequência de apresentações positivas, Nico Hulkenberg voltou a terminar um evento da F1 zerado, graças a uma falha mecânica ainda desconhecida no C32. “Eu teria chegado em oitavo hoje e ainda não sabemos o que ocorreu. Quando eu freei para a última curva, algo quebrou no carro, fez um barulho e, de repente, os freios foram para o espaço. Bem decepcionante”, resumiu.
MARUSSIA
Max Chilton: 17º
Jules Bianchi: 18º
Max Chilton defendeu sua inocência no incidente que praticamente tirou as duas Caterhams de ação e, além disso, enalteceu a Marussia por ter conseguido reverter um problema em seu MR02, consequência do toque, deixando-o em 17º no resultado final. “Estou tão contente com meu desempenho. Pelo vídeo, as circunstâncias [do incidente] na primeira curva estão bem claras: Van der Garde bateu tanto em mim quanto em Pic. Não foi um fim de semana perfeito, mas tivemos ritmo para fazer um bom trabalho hoje”, elogiou o inglês, que ainda mantém vivo o recorde de ter completado todos os GPs realizados em 2013.
Jules Bianchi não teve assim tantos motivos para sorrir. Graças a um problema em seu primeiro pitstop, o volante da academia de jovens da Ferrari ficou para trás e acabou sendo o último entre aqueles que receberam a quadriculada. “Estou contente por termos chegado ao fim com os dois carros de novo, porém decepcionado com minha colocação, para ser honesto. A estratégia deveria ter dado certo, mas um problema na primeira parada me custou muito tempo. No fim, isso fez grande diferença”, explicou.
CATERHAM
Charles Pic: abandonou
Giedo van der Garde: abandonou
O GP da Índia começou promissor para Charles Pic nos primeiros metros, mas parou por aí. Após largar bem, o francês tomou um toque do companheiro de Caterham e sofreu um rasgo no pneu traseiro direito. Após o pit antecipado ao fim da primeira volta, ele teve de retornar aos boxes no giro 18, com outro composto furado. Para piorar, um vazamento hidráulico provocou panes no câmbio e no sistema de direção assistida, levando-o a recolher. “Foi um fim de semana duro, mas vamos continuar lutando na próxima etapa e até o fim da temporada”, falou.
Mais frustrações do outro lado da garagem verde e dourada, já que Giedo van der Garde quebrou sua asa e suspensão dianteira no toque com Pic e também com Max Chilton, deixando a prova ainda na passagem de abertura. “Estou muito desapontado, porque não me deixaram nenhum espaço [na curva 1] e minha corrida terminou antes de ter começado de fato. É uma pena, porque o carro estava bom, mas poderemos esquecer isso já no próximo fim de semana, em Abu Dhabi, e é exatamente isso que eu vou fazer”, prometeu.
Nico Rosberg: 2º
Lewis Hamilton: 6º
Com uma atuação inteligente, Nico Rosberg superou alguns adversários na pista, outros na estratégia e completou o GP da Índia na mesma posição onde havia largado: segundo. O alemão destacou a importância do resultado para as aspirações da Mercedes no campeonato das manufatureiras:
“Foi uma corrida muito importante. Marcamos bons pontos e voltamos à vice-liderança dos construtores. O time fez um trabalho tático fantástico e agradeço aos rapazes por isso. A única coisa que não deu muito certo foi ficar atrás do Felipe [Massa] no começo, pois não estava fácil passá-lo na pista e tivemos de superá-lo nos boxes. Nossa meta era sermos os ‘melhores do resto’ e funcionou perfeitamente”, disse.
Sobrepujado pelo companheiro em todo o fim de semana, Lewis Hamilton se mostrou contente pelo que o bom resultado de Rosberg representou à equipe, mas frustrado com sua própria. “É ótimo termos marcado bons pontos, principalmente com o pódio de Nico, e termos voltado ao segundo lugar [no campeonato]. O carro esteve bom durante o fim de semana, mas a corrida foi um pouco frustrante para mim. Dei duro para passar Felipe, mas infelizmente não deu certo e destruí meus pneus. Terminar em sexto nunca é satisfatório, mas ainda temos três etapas pela frente e vamos com tudo”, ponderou o inglês, que também exaltou o tetra conquistado por Sebastian Vettel em Buddh.
RED BULL
Sebastian Vettel: 1º
Mark Webber: abandonou
Apesar das seis vitórias seguidas, do domínio irretocável desde o retorno das férias de agosto e do título conquistado com três provas de antecedência, Sebastian Vettel destacou que a temporada esteve longe de ser tão fácil quanto as pessoas imaginam. “Para mim, pessoalmente, foi difícil ser vaiado, mesmo não tendo feito nada de errado. Superar isso e dar a resposta certa, na pista, ganhando finalmente a aceitação, me deixa muito orgulhoso”, disse o novo tetracampeão, que levou o público indiano ao delírio quando quebrou o protocolo determinado pela FIA, dando zerinhos na reta principal e escalando o alambrado. Por causa disso, ele tomou uma advertência e sua equipe foi multada em R$ 75 mil.
Em Buddh, somente Mark Webber teria condições de “carimbar a faixa” e tirar a vitória do companheiro, mas uma falha no alternador do motor Renault pôs fim prematuro à sua campanha. Antes disso, o australiano já havia perdido terreno para o colega no jogo estratégico. “Era preciso me proteger contra a [possível entrada do] safety car. Eu tinha que andar algumas voltas com os [pneus] macios e o fiz. Se tivesse colocado os médios de novo [após a primeira parada], ficaria um pouco exposto à entrada do carro de segurança. No fim, ainda estou com um sorriso no rosto. Não dava para ter feito nada além”, resignou-se.
LOTUS
Romain Grosjean: 3º
Kimi Raikkonen: 7º
Em mais uma mostra de que amadureceu na segunda metade de 2013, Romain Grosjean foi aplicado na estratégia e conseguiu reverter o negativo 17º lugar no grid em um pódio. Nem o próprio francês esperava uma recuperação tão eficiente. “Não tinha grandes esperanças. A melhor estratégia dada pelo computador era um quarto lugar. Não apostaria sequer um amendoim na terceira colocação”, exagerou.
Até a chegada de Grosjean, Kimi Raikkonen era o ocupante do terceiro lugar, mesmo com um problema nos freios, acusado logo no primeiro terço das 60 voltas. Depois, seus pneus ficaram totalmente sem aderência e o finlandês caiu bruscamente na tabela. “Fiz as primeiras 20 voltas com dificuldades nos freios. Eles superaqueceram demais e eu os perdia cada vez que ficava perto de alguém. No fim, fiquem sem pneus também. Muito frustrante”, lamentou. Enquanto perdia rendimento, o campeão de 2007 se envolveu numa polêmica disputa por posição com seu companheiro. Ao dificultar a passagem do outro E21, Kimi criou uma situação de animosidade com o diretor Alan Permane. “É normal sair da frente [quando se está mais lento], mas não dá para fazer isso em uma curva de alta”, contestou.
FERRARI
Felipe Massa: 4º
Fernando Alonso: 11º
Além de comparar Vettel a Ayrton Senna e Michael Schumacher, Felipe Massa também demonstrou satisfação com seu desempenho na Índia, já que chegou a liderar algumas voltas e terminou próximo da zona de pódio, em quarto. “Foi uma corrida legal e estou bem contente, porque a estratégia deu certo. Apresentei bom ritmo o tempo todo, mesmo com pneus macios. Daria para lutar pelo pódio, mas, com a evolução da pista, alguns carros, como [Romain] Grosjean, conseguiram fazer só uma parada, algo impossível para nós. Mas tenho que ficar feliz, pois foi um dia em que não cometemos erros”, exaltou.
Único piloto que ainda tinha chances de evitar o tetra de Vettel, Fernando Alonso perdeu qualquer possibilidade de desafiar o alemão na Índia já na largada, quando tocou em Mark Webber e avariou sua asa dianteira. O bicampeão espanhol, que parabenizou o rival pela conquista do quarto campeonato, disse que o incidente arruinou sua campanha em Noida. “Foi um pouco de falta de sorte, pois acho que Mark também tocou em alguém e a terceira parte da equação fui eu. A corrida foi ladeira abaixo a partir desse momento”, avaliou.
McLAREN
Sergio Pérez: 5º
Jenson Button: 14º
Em seu melhor resultado na F1 desde o GP do Bahrein, em abril passado, Sergio Pérez comemorou bastante a quinta colocação em Buddh. O resultado na Índia alçou o mexicano à 12ª colocação no Mundial, a apenas sete pontos de Paul di Resta, pior colocado entre os dez primeiros.
“Tenho muita pressão nos meus ombros, mas é sempre mais tranquilo quando você vai bem nesse tipo de situação. Estou extremamente satisfeito. Nas voltas finais, foi sensacional passar Kimi [Raikkonen] e Lewis [Hamilton] numa única manobra. Freei o máximo que podia na curva 4 para manter Lewis atrás e consegui”, disse o piloto de 23 anos, que ainda não renovou contrato com Woking para o ano que vem.
“Foi uma temporada difícil, mas o resultado de hoje [domingo] é um sinal promissor que realmente nos motiva a fazer nosso melhor nas últimas três corridas, onde daremos nosso melhor para conseguir bons resultados. Finalmente, gostaria de dar parabéns a Sebastian. Ele já mostrou nos anos anteriores que é um verdadeiro grande campeão.”
Já Jenson Button, sem chegar entre os seis primeiros desde a etapa de Spa, em agosto, só fez lamentar a 14ª colocação. O inglês de 33 anos definiu sua participação no GP da Índia como “um daqueles dias”.
“Na primeira volta, fui atingido bem forte numa curva à direita por Fernando [Alonso]. Não sei como ele chegou a isso, porque lhe dei bastante espaço”, disse o britânico. “O contato danificou o carro e o aro da roda, o que me deu um furo no pneu. Foi uma pena porque estava andando com os pneus médios quando sofri o corte na borracha e esse era o que estava durando mais aqui! Então o incidente destruiu minha estratégia pelo resto da tarde.”
O campeão de 2009 também cumprimentou Vettel pelo tetracampeonato. “É bem impressionante, especialmente por terem sido quatro títulos em sequência. O time dele fez um grande trabalho, Adrian Newey mostrou o quanto é bom e Seb encerrou o campeonato muito bem com uma vitória.”
FORCE INDIA
Paul di Resta: 8º
Adrian Sutil: 9º
Após oito etapas, a Force India voltou neste domingo a terminar uma prova com seus dois carros na zona de pontuação. Os pilotos da equipe apostaram em estratégias diferentes bem diferentes que acabaram dando certo. Paul di Resta destacou não só a tática do time como a evolução do carro.
“Adotamos uma estratégia agressiva ao pararmos no final da primeira volta para trocar os pneus macios pelos médios. Depois dividimos a corrida em duas partes e parei de novo para o meu segundo jogo de médios na 30ª volta. Além disso, nós conseguimos melhorar constantemente o carro nas últimoas semanas e estou me sentindo mais confortável, então, acho que podemos ficar otimistas em ter um desempenho parecido em Abu Dhabi, na semana que vem”, declarou o escocês.
Adrian Sutil também ficou satisfeito com o resultado e explicou que resolveu adotar a estratégia de apenas uma parada durante a corrida, quando viu o desempenho de seu primeiro jogo de pneus. “Os pneus médios, com que larguei, estavam andando muito bem e percebi que era possível fazer a corrida com apenas uma parada. Nós pensávamos que os pneus macios só durariam umas cinco voltas, então, eu tentei realmente economizá-los, e no final eu consegui completar 20 voltas”, afirmou.
TORO ROSSO
Daniel Ricciardo: 10º
Jean-Éric Vergne: 13º
Embora tenha alcançado a zona de pontuação pela primeira vez desde o GP da Itália, em setembro passado, Daniel Ricciardo não escondeu a frustração com o décimo lugar em Buddh. O australiano esperava terminar a prova numa posição melhor. “Principalmente pelo ritmo apresentado após o primeiro stint”, disse o piloto de 24 anos. “Acho que seria páreo a [Adrian] Sutil e [Paul] Di Resta, então ficou um pouco de decepção pelo fato de não ter conseguido passá-los, mas no geral, fiquei satisfeito.”
Jean-Éric Vergne, na 13ª posição, também se decepcionou com o ritmo do STR8. “Acho que a estratégia de me livrar logo dos pneus macios foi boa”, avaliou. “Poderia ter valido a pena a ponto de nos colocar nos pontos, mas fomos muito lentos, ainda que tenhamos feito o que podíamos. Não pude fazer melhor hoje [domingo], então é claro que fiquei decepcionado.”
WILLIAMS
Pastor Maldonado: 12º
Valtteri Bottas: 16º
Pastor Maldonado saiu encorajado de Buddh. O venezuelano ficou feliz com o ritmo do FW35, especialmente em comparação à etapa japonesa, há duas semanas, quando terminou somente em 16º. “O ritmo do carro hoje [domingo] estava animador”, disse. “Fiz outra largada forte e consegui um bom número de posições. Lutei duro no fim da prova para nos colocar na zona de pontuação, mas infelizmente hoje não conseguimos isso. Espero que a gente consiga marcar mais pontos nos dois últimos GPs.”
Valtteri Bottas, por sua vez, se queixou da falta de ar limpo na pista e de um problema no rádio no meio do percurso. O finlandês ainda não marcou pontos no campeonato. “A primeira volta foi muito difícil para mim e eu escorreguei muito mais do que outros carros e perdi algumas posições”, declarou. “Meu ritmo melhorou no primeiro stint, mas sofri um problema no rádio e tive que parar mais tarde do que planejava. Nosso ritmo foi mais forte do que nos últimos GPs e acho que estava na estratégia certa, mas a falta de pista livre impediu que eu pudesse capitalizar isso e lutasse por pontos.”
SAUBER
Esteban Gutiérrez: 15º
Nico Hulkenberg: abandonou
Numa etapa que a Sauber provavelmente quer esquecer, Esteban Gutiérrez jogou fora a chance de marcar pontos pela segunda vez na carreira ao queimar a largada e ser punido com uma passagem pelos boxes ainda no primeiro terço do GP da Índia. “Infelizmente, cometi um erro e paguei por ele. O carro estava com equilíbrio e ritmo bons, e eu tive duas brigas legais com Fernando [Alonso] e Romain [Grosjean]. No fim, sofri um pouco com os [compostos] macios, mas acho que, se nos classificarmos melhor e evitarmos os erros, podemos terminar entre os dez primeiros de novo. Não foi um grande fim de semana, mas adquiri experiências valiosas hoje”, comentou.
Após uma sequência de apresentações positivas, Nico Hulkenberg voltou a terminar um evento da F1 zerado, graças a uma falha mecânica ainda desconhecida no C32. “Eu teria chegado em oitavo hoje e ainda não sabemos o que ocorreu. Quando eu freei para a última curva, algo quebrou no carro, fez um barulho e, de repente, os freios foram para o espaço. Bem decepcionante”, resumiu.
MARUSSIA
Max Chilton: 17º
Jules Bianchi: 18º
Max Chilton defendeu sua inocência no incidente que praticamente tirou as duas Caterhams de ação e, além disso, enalteceu a Marussia por ter conseguido reverter um problema em seu MR02, consequência do toque, deixando-o em 17º no resultado final. “Estou tão contente com meu desempenho. Pelo vídeo, as circunstâncias [do incidente] na primeira curva estão bem claras: Van der Garde bateu tanto em mim quanto em Pic. Não foi um fim de semana perfeito, mas tivemos ritmo para fazer um bom trabalho hoje”, elogiou o inglês, que ainda mantém vivo o recorde de ter completado todos os GPs realizados em 2013.
Jules Bianchi não teve assim tantos motivos para sorrir. Graças a um problema em seu primeiro pitstop, o volante da academia de jovens da Ferrari ficou para trás e acabou sendo o último entre aqueles que receberam a quadriculada. “Estou contente por termos chegado ao fim com os dois carros de novo, porém decepcionado com minha colocação, para ser honesto. A estratégia deveria ter dado certo, mas um problema na primeira parada me custou muito tempo. No fim, isso fez grande diferença”, explicou.
CATERHAM
Charles Pic: abandonou
Giedo van der Garde: abandonou
O GP da Índia começou promissor para Charles Pic nos primeiros metros, mas parou por aí. Após largar bem, o francês tomou um toque do companheiro de Caterham e sofreu um rasgo no pneu traseiro direito. Após o pit antecipado ao fim da primeira volta, ele teve de retornar aos boxes no giro 18, com outro composto furado. Para piorar, um vazamento hidráulico provocou panes no câmbio e no sistema de direção assistida, levando-o a recolher. “Foi um fim de semana duro, mas vamos continuar lutando na próxima etapa e até o fim da temporada”, falou.
Mais frustrações do outro lado da garagem verde e dourada, já que Giedo van der Garde quebrou sua asa e suspensão dianteira no toque com Pic e também com Max Chilton, deixando a prova ainda na passagem de abertura. “Estou muito desapontado, porque não me deixaram nenhum espaço [na curva 1] e minha corrida terminou antes de ter começado de fato. É uma pena, porque o carro estava bom, mas poderemos esquecer isso já no próximo fim de semana, em Abu Dhabi, e é exatamente isso que eu vou fazer”, prometeu.
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