Fernando Alonso e Felipe Massa, durante o GP da Itália de 2013 (AP Photo/Antonio Calanni)
Com a sexta posição alcançada por Fernando Alonso no GP da
Coreia do Sul, aliada ao nono lugar de Felipe Massa, o brasileiro
atingiu mais um recorde negativo em sua carreira, e que ilustra a enorme
disparidade entre os resultados obtidos por ele e pelo seu companheiro
de Ferrari nos últimos quatro anos.
Neste domingo, Massa completou a impressionante marca de 50 GPs sem conseguir terminar à frente do espanhol, uma sequência que vem desde a etapa da China, em 2011, e pode chegar a quase três temporadas completas caso seja mantida até o fim desta campanha.
Aquele domingo em Xangai, aliás, foi talvez o dia em que o vice-campeão de 2008 mais se impôs perante o bicampeão. Embora tenha terminado só um posto à frente (sexto contra sétimo), Felipe andou sensivelmente melhor do que o asturiano ao longo de toda a prova, e recebeu a bandeirada com 15 segundos de vantagem perante seu colega.
Para melhorar, a etapa chinesa era só a terceira da temporada, e na Malásia, uma semana antes, ele também havia sobrepujado o hispânico no resultado final. Com duas de três etapas terminando à frente, Massa deu uma falsa impressão de que já estava totalmente recuperado do “Fernando is faster than you”, e finalmente iria representar a Alonso o desafio que todos esperavam no início de 2010.
O que veio a seguir, entretanto, foi uma surra do ibérico, com a conquista de seis vitórias, duas poles e 30 pódios para o espanhol, contra apenas três presenças do vice-campeão de 2008 na cerimônia de premiação.
Muitos hão de lembrar que, nesse período, Massa teve de se submeter a
diversas ordens de equipe em prol de Alonso. Mas sejamos honestos: de
todas elas (e não foram poucas), talvez somente as do GP da Coreia do
Sul e do Brasil do ano passado – e, forçando um pouco mais, a do GP da
Itália desta temporada -, representaram uma mudança real no cenário. E,
no fim das contas, se um deu passagem ao outro, é porque aceitou abdicar
de um resultado melhor, portanto não há muito o que contestar.
Se levarmos em conta apenas as provas em que os dois receberam a bandeira quadriculada – ou seja, aquelas em que não houve um abandono de nenhuma das partes -, o número cai para 40, ainda assim uma estatística bastante expressiva. É muito mais do que qualquer outro primeiro piloto já realizou em relação a seu escudeiro em toda a história da categoria.
Para entendermos melhor a dimensão desse recorde, listamos aqui outras oito disputas entre duplas que existiram por, no mínimo, três temporadas, e nas quais claramente existia um piloto nº. 1. O mais próximo de fazer o que Alonso fez com Massa foi Michael Schumacher, contra Eddie Irvine, entre 1996 e 98. Confira abaixo as estatísticas:
Fernando Alonso x Felipe Massa (Ferrari – 2010 a 2013)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 50 GPs (China 2011 – Coreia 2013)
Maior sequência, sem contar abandonos: 40 GPs (China 2011 – Coreia 2013)
Sebastian Vettel x Mark Webber (Red Bull – 2009 a 2013)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 15 GPs (Itália 2010 – Alemanha 2011)
Maior sequência, sem contar abandonos: 14 GPs (Itália 2010 – Alemanha 2011)
Michael Schumacher x Rubens Barrichello (Ferrari – 2000 a 2005)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 26 GPs (Europa 2000 – Bélgica 2001)
Maior sequência, sem contar abandonos: 15 GPs (Europa 2000 – Bélgica 2001)
Michael Schumacher x Eddie Irvine (Ferrari – 1996 a 1999)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 37 GPs (Brasil 96 – Espanha 98)
Maior sequência, sem contar abandonos: 13 GPs (Brasil 96 – Espanha 98)
Mika Hakkinen x David Coulthard (McLaren – 1996 a 2001)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 12 GPs (Europa 97 – Alemanha 98)
Maior sequência, sem contar abandonos: 8 GPs (Europa 97 – Alemanha 98)
Ayrton Senna x Gerhard Berger (McLaren – 1990 a 1992)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 24 GPs (França 90 – Espanha 91)
Maior sequência, sem contar abandonos: 11 GPs (França 90 – Espanha 91)
Niki Lauda x Clay Regazzoni (Ferrari – 1974 a 1976)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 9 GPs (Argentina 74 – França 74)
Maior sequência, sem contar abandonos: 5 GPs (Argentina 74 – França 74; Bélgica 75 – Áustria 75)
Jackie Stewart x François Cevért (Tyrrell – 1971 a 1973)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 11 GPs (Argentina 72 – EUA 72)
Maior sequência, sem contar abandonos: 5 GPs (Espanha 71 – Canadá 71; Argentina 72 – EUA 72)
Neste domingo, Massa completou a impressionante marca de 50 GPs sem conseguir terminar à frente do espanhol, uma sequência que vem desde a etapa da China, em 2011, e pode chegar a quase três temporadas completas caso seja mantida até o fim desta campanha.
Aquele domingo em Xangai, aliás, foi talvez o dia em que o vice-campeão de 2008 mais se impôs perante o bicampeão. Embora tenha terminado só um posto à frente (sexto contra sétimo), Felipe andou sensivelmente melhor do que o asturiano ao longo de toda a prova, e recebeu a bandeirada com 15 segundos de vantagem perante seu colega.
Para melhorar, a etapa chinesa era só a terceira da temporada, e na Malásia, uma semana antes, ele também havia sobrepujado o hispânico no resultado final. Com duas de três etapas terminando à frente, Massa deu uma falsa impressão de que já estava totalmente recuperado do “Fernando is faster than you”, e finalmente iria representar a Alonso o desafio que todos esperavam no início de 2010.
O que veio a seguir, entretanto, foi uma surra do ibérico, com a conquista de seis vitórias, duas poles e 30 pódios para o espanhol, contra apenas três presenças do vice-campeão de 2008 na cerimônia de premiação.
O GP da China de 2011 foi a última vez que Massa terminou uma corrida à frente de Alonso (AP Photo/Andy Wong)
Se levarmos em conta apenas as provas em que os dois receberam a bandeira quadriculada – ou seja, aquelas em que não houve um abandono de nenhuma das partes -, o número cai para 40, ainda assim uma estatística bastante expressiva. É muito mais do que qualquer outro primeiro piloto já realizou em relação a seu escudeiro em toda a história da categoria.
Para entendermos melhor a dimensão desse recorde, listamos aqui outras oito disputas entre duplas que existiram por, no mínimo, três temporadas, e nas quais claramente existia um piloto nº. 1. O mais próximo de fazer o que Alonso fez com Massa foi Michael Schumacher, contra Eddie Irvine, entre 1996 e 98. Confira abaixo as estatísticas:
Fernando Alonso x Felipe Massa (Ferrari – 2010 a 2013)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 50 GPs (China 2011 – Coreia 2013)
Maior sequência, sem contar abandonos: 40 GPs (China 2011 – Coreia 2013)
Sebastian Vettel x Mark Webber (Red Bull – 2009 a 2013)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 15 GPs (Itália 2010 – Alemanha 2011)
Maior sequência, sem contar abandonos: 14 GPs (Itália 2010 – Alemanha 2011)
Michael Schumacher x Rubens Barrichello (Ferrari – 2000 a 2005)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 26 GPs (Europa 2000 – Bélgica 2001)
Maior sequência, sem contar abandonos: 15 GPs (Europa 2000 – Bélgica 2001)
Michael Schumacher x Eddie Irvine (Ferrari – 1996 a 1999)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 37 GPs (Brasil 96 – Espanha 98)
Maior sequência, sem contar abandonos: 13 GPs (Brasil 96 – Espanha 98)
Mika Hakkinen x David Coulthard (McLaren – 1996 a 2001)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 12 GPs (Europa 97 – Alemanha 98)
Maior sequência, sem contar abandonos: 8 GPs (Europa 97 – Alemanha 98)
Ayrton Senna x Gerhard Berger (McLaren – 1990 a 1992)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 24 GPs (França 90 – Espanha 91)
Maior sequência, sem contar abandonos: 11 GPs (França 90 – Espanha 91)
Niki Lauda x Clay Regazzoni (Ferrari – 1974 a 1976)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 9 GPs (Argentina 74 – França 74)
Maior sequência, sem contar abandonos: 5 GPs (Argentina 74 – França 74; Bélgica 75 – Áustria 75)
Jackie Stewart x François Cevért (Tyrrell – 1971 a 1973)
Maior sequência em favor do 1º piloto: 11 GPs (Argentina 72 – EUA 72)
Maior sequência, sem contar abandonos: 5 GPs (Espanha 71 – Canadá 71; Argentina 72 – EUA 72)
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