19 de set. de 2013

Teste: Audi R8 V10 Plus - Dieta de fibra

 Fotos: Divulgação
Teste: Audi R8 V10 Plus - Dieta de fibra Audi R8 “emagrece” 58 kg e ganha mais 25 cv na configuração V10 Plus

Quando a Audi resolveu fazer um face-lift no R8 para 2014, preferiu não ficar apenas na reestilização. Além das alterações cosméticas, como os faróis com luzes de led, a fabricante alemã promoveu algumas melhorias mecânicas. Caso da transmissão de dupla embreagem, que substitui a anterior, de embreagem simples. A principal novidade, porém, ficou por conta da nova configuração V10 Plus – que vem para o Brasil no último trimestre deste ano. Disponível apenas para o R8 cupê, a versão deixa o superesportivo ainda mais potente. São 25 cv extras, que elevam a potência máxima para 550 cv, além de uma redução de 58 kg no peso total do carro.

A dieta do R8 V10 Plus foi à base de fibra de carbono. O material foi utilizado em peças como carcaças dos retrovisores, entradas de ar dos para-choques, difusores e em diversos elementos do interior. Outra solução que ajudou a reduzir o peso foi a substituição da regulagem elétrica dos assentos por ajustes manuais, freios de fibra de cerâmica, e o tanque de combustível menor.



O motor do R8 V10 Plus é o mesmo da versão V10 convencional, com origem Lamborghini. O propulsor de 5.2 litros foi recalibrado para gerar a potência extra. O torque, no entanto, é o mesmo, de 55 kgfm. O principal reforço mecânico é a transmissão. A antiga não aguentava o torque do motor e era alvo de reclamações pelo fato de aquecer demasiadamente em situações de tráfego mais pesado. A solução foi substituí-la por uma caixa de dupla embreagem e sete velocidades que, segundo a Audi, melhora ainda o consumo de combustível. O conjunto envia força para as quatro rodas através do sistema Quattro, que distribui a tração de acordo com a necessidade, mas prioriza o eixo traseiro.

No interior, a Audi não economizou na fibra de carbono. Praticamente tudo é revestido com o material, como quase todo o painel, exceto a área superior esquerda, próxima ao para-brisa – solução dos alemães para evitar reflexos nos olhos do motorista. A atmosfera sofisticada é completada pela utilização de couro, presente nos bancos, forros das portas, teto e volante. Há ainda um sistema de entretenimento com tela sensível ao toque com GPS e mídias como CD, USB e Bluetooth. No México, o Audi R8 V10 Plus custa cerca de US$ 210 mil, o equivalente a R$ 470 mil. No mercado brasileiro, o preço deve ficar em torno de R$ 800 mil.



Primeiras impressões

Alemão endiabrado

Cidade do México/México – O R8 sempre foi um esportivo elogiável. Mas, se havia um ponto negativo, era a transmissão. Eficiente para uma condução nas pistas, se tornava um pesadelo quando o carro era levado para a cidade. Esse problema foi definitivamente deixado para trás com o novo câmbio. As trocas de marchas são feitas em poucos milissegundos, algo absolutamente imperceptível.

A direção do R8 V10 Plus é outro ponto que merece destaque. É tão direta que parece telepática. Basta começar a virar o volante e o carro já aponta para a direção desejada. A suspensão também é bastante rígida. O ajuste oferece impressionantes níveis de aderência, mas, por incrível que pareça, não deixa o carro desconfortável. Tudo isso chega ao limite com o modo de condução Sport. A resposta do acelerador fica mais imediata, a relação de troca de marchas é alterada e a direção fica mais rígida, o que aumenta a sensação de estar no comando de um superesportivo – algo ampliado pelo poderoso e viciante ruído do motor.

O R8 foi posto à prova em diversas situações. Estrada, tráfego pesado, chuva, ruas de pavimentação ruim... e nenhuma delas foi problema para o carro. É claro que a suspensão baixa exige mais cuidado quando as condições do solo não são das melhores. Mas pode-se dizer que o R8 V10 Plus, apesar de ser um esportivo, tem a capacidade de ser usado todos os dias – desde que o motorista não se importe em chamar a atenção a todo momento.



Ficha técnica

Audi R8 V10 Plus

Motor:
A gasolina, central traseiro, longitudinal, 5.204 cm³, dez cilindros em V, quatro válvulas por cilindro e sistema de abertura variável de válvulas. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automatizado com sete marchas à frente e uma a ré. Tração integral. Oferece controle de tração.
 550 cv a 8 mil rpm.
APotência máxima: celeração de 0 a 100 km/h: 3,5 segundos.
Velocidade máxima: 317 km/h.
Torque máximo: 55 kgfm a 6.500 rpm.
Diâmetro e curso: 84,5 mm x 92,8 mm. Taxa de compressão: 12,5:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo five-link, com double wishbone e barra estabilizadora. Traseira do tipo independente do tipo double wishbone. Amortecedores reguláveis eletro-magneticamente e controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 235/35 R19 na frente e 295/30 R19 atrás.
Freios:  Discos ventilados nas quatro rodas. ABS, EBD, assistente de frenagem de emergência e controle de frenagem em curvas.
Carroceria: Cupê em monobloco, com duas portas e dois lugares. Com 4,43 metros de comprimento, 1,93 m de largura, 1,25 m de altura e 2,65 m de distância entre-eixos. Airbags frontais, laterais e do tipo cortina.
Peso: 1.567 kg.
Capacidade do porta-malas: 100 litros.
Tanque de combustível: 83 litros.
Produção: Neckarsulm, Alemanha.
Lançamento: 2012.
Lançamento no Brasil: 2013.
Itens de série: Ar-condicionado automático, direção elétrica, trio elétrico, computador de bordo, volante multifuncional, partida por botão, rádio/CD/MP3/USB/iPod/Bluetooth, bancos dianteiros com ajuste de altura, airbags frontais, laterais e de cabeça, controle de estabilidade e de tração, ABS com EBD, assistência de frenagem de emergência e sensor de chuva com acionamento de farol baixo.
Preço nos Estados Unidos: US$ 210 mil, o equivalente a R$ 470 mil.
Preço no Brasil: estimado em R$ 800 mil.




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