7 de ago. de 2013

Teste: Suzuki GSX-R 1300 Hayabusa - O pouso do falcão

Fotos: Divulgação
Teste: Suzuki GSX-R 1300 Hayabusa - O pouso do falcão


Quando a Suzuki lançou a GSX-R 1300 Hayabusa, em 1999, apresentou uma proposta extrema sob todos os pontos de vista. Esteticamente, apostou em um desenho agressivo e robusto. Mas a característica mais marcante não podia ser vista.
Estava nos números do motor, um quatro cilindros de 1.340 cc, capaz de gerar 197 cv de potência. A versão 2013 da moto não muda absolutamente nada nessas prerrogativas. A Hayabusa continua capaz de superar os 300 km/h. Porém, fica mais eficiente na hora de parar. A sport-touring passa a contar com freios ABS, inéditos na linha até então. Recurso, aliás, que já era oferecido pela rival Kawasaki ZZ-R 1400.

O nome da supermoto da Suzuki é inspirado em um falcão peregrino do Japão. O hayabusa está entre as aves mais rápidas e chega aos 300 km/h em voo. A capacidade de ultrapassar essa velocidade deu à Hayabusa o título de moto produzida em série mais rápida do mundo na época. Tudo isso graças à brutalidade dos 197,2 cv de potência, que são entregues às 9.500 rpm e ao torque de 15,8 kgfm, disponível aos 7.500 giros. Por isso a necessidade de encontrar maneiras de “domar” toda a agressividade da sport-touring.



Uma delas é o sistema de mapeamento do motor, que oferece três modos diferentes. Chamados de “A”, “B” e “C”, aplicam-se a variados estilos de pilotagem. O primeiro entrega toda a potência, sem qualquer controle de tração. Indicado, obviamente, a condutores mais experientes. O segundo oferece uma distribuição mais suave da força da moto. E o último, indicado para pistas molhadas, por exemplo, proporciona redução drástica do poder de fogo da Hayabusa.

A outra maneira foi introduzida apenas na versão 2013. O novo sistema de frenagem incorpora ABS de série. O conjunto é reforçado por pinças monobloco Brembo – as mesmas utilizadas na superesportiva GSX-R 1000 – acopladas a um disco de 310 milímetros. A distância entre-eixos de 1,48 metro é outro fator que ajuda a domesticar toda a cavalaria distribuída pelo motor. A ciclística conta com chassi de alumínio e suspensão com garfo invertido na frente e, na traseira, um monoamortecedor com braço oscilante e articulação progressiva, ambos totalmente ajustáveis.



Já o design não apresenta alterações significativas. É basicamente o mesmo desde a apresentação da segunda – e atual – geração, mostrada em 2008. Ostenta robusta carenagem, com formas linhas arredondadas que dão aspecto de fluidez. As cavidades ovais que alojam as luzes indicadoras de direção frontais abrigam também as entradas de ar do motor. Os grafismos, com o nome Hayabusa em ideogramas japoneses, continuam.

Toda a potência da moto condiz também com o o poder aquisitivo necessário para pilotar uma Hayabusa. Na Itália, a moto da Suzuki custa 15.500 euros, o equivalente a R$ 47 mil. No Brasil, ainda não há previsão para a vinda da versão com ABS. Quando chegar, deverá acrescentar cerca de R$ 3 mil aos R$ 56 mil cobrados pelo modelo nas concessionárias da marca.

Primeiras impressões

Poder nas mãos

Roma/Itália – O aspecto agressivo, ampliado muito pela a enorme carenagem, transforma a Hayabusa em algo desafiador. E, de fato, conduzir algo que ultrapassa os 300 km/h sobre duas rodas é um desafio. Porém, ao montar a moto, a posição do guidão e a baixa altura do assento em relação ao solo oferecem uma sensação de controle capaz de atenuar o efeito causado pelo contato visual. Mas é só o conta-giros começar a subir que tudo muda e ela volta a ser aquele animal feroz – e, principalmente, veloz.

As dimensões avantajadas, obviamente, não ajudam a encarar o trânsito. Mas o chassi mais leve e a precisão do guidão ajudam a melhorar nas manobras. Assim como a suspensão, cujo ajuste garante mais firmeza. Porém, ao encontrar buracos, não é raro sentir o curso do amortecedor chegar ao limite.



Percebe-se claramente que a Hayabusa não é uma moto para brincadeiras. Uma simples torcida no acelerador e ela dá um impulso de tirar o fôlego já aos 4 mil rpm, enquanto aos 7 mil giros a moto se move com tamanha violência que faz necessário manter o punho direito bem atento. A contrapartida é que o conjunto de frenagem é extremamente competente. O comportamento do sistema ABS é realmente irrepreensível, mesmo quando se escolhe o modo “A” de gerenciamento do motor. A estabilidade da sport-touring também impressiona.

Esportividade à parte, trata-se também de uma moto confortável, o que favorece o turismo – com ressalva apenas para a posição do guidão, inclinada demais para esse tipo de aplicação. Ao menos a posição do passageiro é agradável, algo que permite, sem problemas, desfrutar a Hayabusa a dois.

Ficha técnica

Suzuki GSX-R 1300 Hayabusa

Motor: A gasolina, quatro tempos, quatro cilindros, quatro válvulas por cilindro, 1.340 cm³, duplo comando no cabeçote e arrefecimento a ar. Injeção eletrônica.
Câmbio: Manual de seis marchas.
Potência máxima: 197 cv a 9.500 rpm.
Torque máximo: 15,8 kgfm a 7.500 rpm
Diâmetro e curso: 79,0 mm x 64,0 mm.
Taxa de compressão: 12,5:1.
Suspensão: Dianteira garfo telescópico invertid0 com 43 mm de curso, com regulagens de compressão, retorno e pré-carga da mola. Traseira com monoamortecedor a gás, braço oscilante e articulação progressiva com regulagem de retorno, compressão e pré-carga da mola.
Pneus: 120/70 R17 na frente e 190/590 R17 atrás.
Freios: Disco duplo de 320 mm na frente e disco de 240 mm atrás. Oferece ABS de série.
Dimensões: 2,19 metros de comprimento total, 0,73 m de largura, 1,16 m de altura, 1,48 m de distância entre-eixos e 0,80 m de altura do assento.
Peso: 220 kg.
Tanque do combustível: 21 litros.
Produção: Toyokawa, Japão
Lançamento: 2013.
Preço na Europa: 15.500 euros, o equivalente a R$ 47 mil.
Preço estimado no Brasil: R$ 59 mil.






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