21 de jun. de 2011

BMW 1 M Coupé: Tamanho não é documento

Modelo é o menor da linha, mas carrega a aura esportiva dos irmãos maiores

Diogo de Oliveira// Fotos: Guilber Hidaka
Guilber Hidaka
Novo Série 1 M Coupé tem motor 3.0 biturbo de 340 cv e custa R$ 268,6 mil
Os carros da BMW que carregam a letra “M” (em suas laterais, no interior e na tampa traseira) costumam impressionar pelo porte e pela brutalidade. O M3 Coupé, por exemplo, carrega um enorme bloco 4.0 V8 de 420 cv sob o largo capô – a região central da peça ainda ostenta uma enorme saliência, sem falar nas nervuras e tomadas e saídas de ar pela carroceria.
Guilber Hidaka
Rodas são de liga-leve 19''
. Com o novo Série 1 M Coupé, a história é um pouquinho diferente. Olhando de fora, o belo cupê de R$ 268,6 mil logo se impõe, sobretudo quando observado de frente, com as agressivas tomadas de ar na base do para-choque. No entanto, o porte menor parece inibir a costumeira agressividade visual. 

Mas só parece! Segundo a própria Motorsport, a divisão apimentada da BMW, o Série 1 M foi criado para divertir acima de tudo. A ideia não é ostentar, mas entregar uma tocada realmente excitante e lúdica.

O interior, por exemplo, não oferece as múltiplas opções de acabamento que um carro da sua categoria possui. Parte das peças é revestida em couro preto camurçado, com costura vermelha aparente – assim como os bancos esportivos, com apoios laterais pronunciados. No topo do console, uma tela de LCD de 8,8 polegadas (em formato widescreen) evidencia a sofisticação. Mas é só. O volante de aro pequeno denuncia a proposta.

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Acabamento mistura couro preto com costura vermelha aparente; tela LCD tem 8,8 polegadas. Foto: Divulgação/BMW

Guilber Hidaka
 
O Série 1 M Coupé, que chega às revendas brasileiras da BMW no finzinho de julho, é um verdadeiro brinquedo de luxo, feito para acelerar nas horas de lazer – e até no dia-a-dia, quando possível em meio ao trânsito caótico das grandes cidades.

Guilber Hidaka
Motor 3.0 biturbo leva cupê a 100 km/h em 4,9 segundos
O motor 3.0 biturbo, de seis cilindros em linha, entrega poderosos 340 cv ao cupê de quase 1,5 tonelada – o número parece elevado, mas a relação peso/potência é de magros 4,4 kg/cv. E o torque despejado sobre as rodas traseiras é simplesmente brutal: são 45,9 kgfm liberados entre 1.500 e 4.500 rpm, força suficiente para levar o menor BMW já preparado pela M a arrancar de 0 a 100 km/h em rápidos 4,9 segundos.

 Primeiras impressões
A BMW do Brasil fez o pré-lançamento do Série 1 M Coupé na última sexta-feira (17), na estreita e sinuosa pista particular da fazenda Capuava, em Indaiatuba (SP).

Série 1 M Coupé deixa a linha M consideravelmente mais acessível: é R$ 100 mil mais barato que o M3 Coupé
A montadora pôs toda a linha de esportivos preparados pela Motorsport à prova, no evento batizado de “M Day” – que celebrou os 33 anos da divisão esportiva. Mas o novo menor cupê M roubou a cena e, claro, nós estávamos atrás dele. Foi o primeiro contato com o Série 1 M no Brasil, um contato infelizmente bem curto (demos apenas três voltas a bordo do modelo). Não vou dizer que foi o suficiente. A vontade era não largar o volante.
Guilber Hidaka
BMW Série 1 Coupé traz recursos de segurança sofisticados, como controles de estabilidade e tração
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Retrovisor tem detalhe vazado; saídas de ar laterais trazem letra M da divisão Motorsport
Um dos aspectos que mais impressionou foi a resposta da direção – extremamente precisa. É necessário fazer alguma bobagem para tirar o Série 1 M da trajetória. Claro, ele conta com recursos eletrônicos de segurança sofisticados, como controles de estabilidade e de tração. Mas o segredo é o ajuste indefectível da suspensão, combinado à conversa afinada do volante com as rodas. Para fazer o cupê “dançar” na pista, só acionando o modo dinâmico MDM (M Dynamic Mode). O programa deixa o controle de estabilidade mais permissivo, entregando mais diversão ao volante e exigindo mais do "piloto". Só que o Série 1 M é arisco, requer habilidade.
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Piloto Ingo Hoffman, à esquerda, fez Série 1 M Coupé "valsar" na pista
Por essa razão, o modo foi acionado apenas pelo veterano piloto Ingo Hoffmann, 12 vezes campeão da Stock Car brasileira. Foram duas voltas ao volante e uma ao lado do automobilista, que fez o Série 1 M literalmente valsar (com autorização da BMW, claro!). A mim, coube acelerar em meio a um comboio – que, por sorte, estava animado. Ali pude experimentar também o câmbio manual de seis marchas, único disponível no modelo. A BMW e a Motorsport queriam resgatar a aura do passado no Série 1 M, que fosse purista e oferecesse a esportividade do M3 de 1988 (presente no evento). Após três voltas, a sensação é de que eles conseguiram.
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BMW M3 de 1988 e o Série 1 M Coupé: Motorsport resgata a esportividade do modelo da década de 80

Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/

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