Conceitos mirabolantes, ideias inovadoras e até modelos que mudaram os hábitos do mercado para sempre são armas para seduzir o consumidor a aderir a esta prática francesa. Ao lado de Renault e Peugeot a maiores representante deste tipo de conceito tipicamente francês é a sua marca irmã Citroën que sempre apresenta modelos com design inovador e futurista, o típico "ame ou deixe-o", apesar de atualmente estar perdendo parte deste charme, deixando restrito a apenas a linha DS. Para iniciar mais um Os Dez temos a maior insanidade francesa sobre rodas, que só não entrou oficialmente na lista pelo fato de ter sido uma ideia de um alemão: Ferdinand Piëch, ex-presidente da Volkswagen. Dez radiadores, 1200cv (nas versões Super Sport e Vitesse em um motor W16 8.0 de 64 válvulas quadriturbo, uma insanidade que somente os franceses conseguem dominar.
Peugeot 401 Eclipse
O primeiro conversível de teto rígido eletricamente rebatível, isso em
1934! Vinte anos antes da Ford apresentar o Skyliner com o mesmo
conceito. O modelo durou até 1938 com apenas 79 unidades vendidas
deixando a herança da versão Eclipse para o 301, 601 e seu sucessor 402.
Uma ideia genial em uma época em que este tipo de recurso nem ao menos
passava na cabeça dos concorrentes. A elegância das linhas do modelo
surpreendem mesmo com a total falta de proporção entre a enorme traseira
e capô em relação ao minúsculo interior.
Citroën Traction Avant
O primeiro modelo de série produzido com tração dianteira foi um
francês! Tamanha a importância do conceito que da o nome ao modelo
(tradução: tração dianteira). O uso da tração na parte dianteira em do
carro em 1934 instantaneamente tornou os concorrentes deste simpático
Citroën obsoletos, já que este tipo de configuração apresentava maior
segurança ao volante e melhor rendimento, além de economizar custos em
relação aos outros modelos. Hoje graças ao Traction Avant e depois ao
MINI Cooper original (por conta do reposicionamento do motor
transversalmente) temoscomo base esta configuração na grande maioria dos
carros vendidos pelo mundo, onde tração traseira fica restrita à
modelos esportivos ou por pura tradição (BMW por exemplo).
Citroën 2CV
Em 1948 a Citroën criou um conceito um tanto quanto estranho: um modelo
com apenas 9cv (apesar do nome 2CV) criado para transportar os francese
de maneira confortável e extremamente barata para substituir os cavalos e
as charretes. Pesando apenas 600kg o Citroën 2CV abriu algumas
concessões para chegar a este peso, como o teto que é apenas uma lona
servindo como um grande teto solar (dai vem o apelido guarda-chuvas
sobre rodas), além de chapas extremamente finas, que tornavam os
acidentes fatais a bordo do 2CV mesmo com velocidade máxima de 64km/h.
Um dos mais icônicos modelos da Citroën até hoje ele é considerado o
Fusca dos franceses e, assim como o pequeno alemão, e o Fusca dos
italianos, o Fiat 500, retornaram existe um rumor grande sobre o retorno
o 2CV espiritualmente como DS2.
Citroën DS
Um genuíno carro futurista ao estilo que só a Citroën consegue fazer e
que de tão importante deu à marca francesa o nome para sua linha
luxuosa. O DS original surgiu em 1955 com seu desenho icônico e
futurista, com parte das rodas traseiras cobertas e pisca no teto.
Suspensão hidropneumática de altura ajustável que foi modernizada nos
sucessores XM, Xantia e está viva até hoje no C5 trouxe uma enorme
inovação para o mercado na época, item hoje presente apenas em modelos
de luxo. Em 1967 em sua reestilização o Citroën DS trouxe faróis
direcionais, que se viram em direção à curva, outro item presente apenas
em modelos de luxo hoje em dia, mas que já fazia parte deste modelo no
milênio passado.
Renault Espace F1
Ok, vans superesportivas não são exclusivas dos franceses, a Ford também
construiu a Transit Supervan, mas a Renault foi além: utilizando a
carroceria de uma minivan (considerada a primeira minivan do mundo junto
da Dodge Caravan) em conjunto a um motor Renault-Williams de 800
cavalos. Sim oitocentos cavalos em um carro que foi criado para levar as
crianças ao shopping! A carroceria foi devidamente alargada, ganhando
novas entradas de ar e um gigantesco aerofólio traseiro para manter esta
demoníaca minivan no chão. Quem mais além dos franceses para fazer
cometer tamanha insanidade de combinar o veículo mais pacato do mundo
com a força e velocidade os insanos carros de Fórmula 1?
Renault Avantime
Se não bastasse a insana combinação de uma minivan com um carro de
Fóruma 1 em 1995 a Renault decidiu por mais uma estranha combinação em
2001: minivan, targa e coupé, eis que surge a única minivan de duas
portas do mundo, a estranhamente belíssima Avantime. Nesta época a
Renault estava investindo em sua estranha traseira de vidro reto e uma
pequena saliência, pode não ter dado certo no Megane hatch, mas se
encaixou perfeitamente com o perfil único da Avantime. A parte minivan
fica por conta do interior luxoso e espaçoso; enquanto a alma targa
aparece na ausência da coluna central e do teto solar gigantesco. Mas o
lado coupé também fala alto na Avantime com seu motor 3.0 V6, pelo fato
de ser um modelo com duas portas gigantescas a Renault bolou uma solução
engenhosa dividindo sua abertura em duas partes.
Renault Clio V6
Um carro pequeno, com boa dinâmica e um motor mais forte já é o
suficiente, certo? Não para a Renault, que resolveu retirar os bancos
traseiros do compacto Clio para colocar um motor 3.0 V6 lá. A tração
traseira garante a diversão no modelo e também caracteriza seu
comportamento extremamente arisco. A influência vem do Renault 5 Turbo
(a esquerda na imagem superior) com sua dinâmica apimentada e
influenciou o conceito Twin'run (ao centro), que torcemos para que seja
produzido, que também conta com um motor V6 só que desta vez 3.5 e em
uma embalagem ainda menor e até influenciou a Volkswagen no conceito
Golf W12, só que, diferente da quase irresponsável Renault, ele nunca
ganhou as ruas.
Citroën C3 Pluriel
Hoje vemos a junção de várias carrocerias de modelos em uma só: como os
coupés de quatro portas, shooting-breake e até mesmo os crossovers. Mas
em 2003 a Citroën achou que poderia fazer melhor e apresentou uma nova
versão do C3: o Pluriel. Segundo a marca o modelo poderia ser
transformado facilmente em hatch, hatch com teto solar, conversível ao
estilo 500C, conversível sem os arcos do teto e picape. A praticidade
para usufruir de todas estas carrocerias não era muito grande, visto que
os arcos do teto, se removidos, não caberiam no carro, e se chovesse
com o carro sem os arcos, o interior ficaria todo molhado já que a
cobertura não funcionaria. O modelo durou até 2010 e não há chances de
um sucessor direto, apenas passando seu posto para o DS3 Cabrio que é
"apenas" um conversível normal.
Peugeot 1007
Minivans combinam com portas traseiras deslizantes enquanto os outros
carros combinam com portas normais, mas a Peugeot achou isso um tanto
quanto sem graça e criou o subcompacto 1007 julgando que esta nova
abordagem das portas seria mais segura para a cidade, estacionamentos e
também mais prática para a entrada e saída do carro. A ideia genial e
extremamente prática apresentada em 2003 bateu de frente com o custo
alto de venda do modelo, o que deixou o 1007 longe de seu público jovem,
que migrou para o irmão maior 206 e posteriormente para o pequeno 107. O
modelo durou até 2009 mas até hoje suas lanternas traseiras sobrevivem,
só que desta vez acompanhadas da picape nacional Hoggar.
Citroën DS5
A frase clichê de filmes de super-heróis se aplica totalmente a este
estonteante carro. É um hatch? É uma perua? É um crossover? É uma
shooting-brake? Não, é o Citroën DS5 e não há como definir com precisão
qual é sua carroceria e conseguir descrever tamanha beleza deste carro.
Por enquanto o representante mais luxuoso da linhagem DS, o DS5 também
se destaca no interior, apresentando posição baixa para dirigir, console
à mão e acabamento exemplar. O cockpit é separado para o motorista por
conta do console central alto, comandos no teto ajudam na sensação de
estar dentro de um avião e os quatro tetos solares separados dão o tom
de ousadia futurista delicioso da Citroën.
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