20 de ago. de 2013

Os dez exemplos da loucura genial dos franceses


A França é conhecida por seus carros de desenho ousado, elegantes, não muito confiáveis no passado (mal que os coreanos já sofreram e hoje é a vez dos chineses) e também por sua tendência à loucura com os automóveis.
Conceitos mirabolantes, ideias inovadoras e até modelos que mudaram os hábitos do mercado para sempre são armas para seduzir o consumidor a aderir a esta prática francesa. Ao lado de Renault e Peugeot a maiores representante deste tipo de conceito tipicamente francês é a sua marca irmã Citroën que sempre apresenta modelos com design inovador e futurista, o típico "ame ou deixe-o", apesar de atualmente estar perdendo parte deste charme, deixando restrito a apenas a linha DS. Para iniciar mais um Os Dez temos a maior insanidade francesa sobre rodas, que só não entrou oficialmente na lista pelo fato de ter sido uma ideia de um alemão: Ferdinand Piëch, ex-presidente da Volkswagen. Dez radiadores, 1200cv (nas versões Super Sport e Vitesse em um motor W16 8.0 de 64 válvulas quadriturbo, uma insanidade que somente os franceses conseguem dominar.

Peugeot 401 Eclipse

O primeiro conversível de teto rígido eletricamente rebatível, isso em 1934! Vinte anos antes da Ford apresentar o Skyliner com o mesmo conceito. O modelo durou até 1938 com apenas 79 unidades vendidas deixando a herança da versão Eclipse para o 301, 601 e seu sucessor 402. Uma ideia genial em uma época em que este tipo de recurso nem ao menos passava na cabeça dos concorrentes. A elegância das linhas do modelo surpreendem mesmo com a total falta de proporção entre a enorme traseira e capô em relação ao minúsculo interior. 

Citroën Traction Avant

O primeiro modelo de série produzido com tração dianteira foi um francês! Tamanha a importância do conceito que da o nome ao modelo (tradução: tração dianteira). O uso da tração na parte dianteira em do carro em 1934 instantaneamente tornou os concorrentes deste simpático Citroën obsoletos, já que este tipo de configuração apresentava maior segurança ao volante e melhor rendimento, além de economizar custos em relação aos outros modelos. Hoje graças ao Traction Avant e depois ao MINI Cooper original (por conta do reposicionamento do motor transversalmente) temoscomo base esta configuração na grande maioria dos carros vendidos pelo mundo, onde tração traseira fica restrita à modelos esportivos ou por pura tradição (BMW por exemplo).

Citroën 2CV

Em 1948 a Citroën criou um conceito um tanto quanto estranho: um modelo com apenas 9cv (apesar do nome 2CV) criado para transportar os francese de maneira confortável e extremamente barata para substituir os cavalos e as charretes. Pesando apenas 600kg o Citroën 2CV abriu algumas concessões para chegar a este peso, como o teto que é apenas uma lona servindo como um grande teto solar (dai vem o apelido guarda-chuvas sobre rodas), além de chapas extremamente finas, que tornavam os acidentes fatais a bordo do 2CV mesmo com velocidade máxima de 64km/h. Um dos mais icônicos modelos da Citroën até hoje ele é considerado o Fusca dos franceses e, assim como o pequeno alemão, e o Fusca dos italianos, o Fiat 500, retornaram existe um rumor grande sobre o retorno o 2CV espiritualmente como DS2.

Citroën DS

Um genuíno carro futurista ao estilo que só a Citroën consegue fazer e que de tão importante deu à marca francesa o nome para sua linha luxuosa. O DS original surgiu em 1955 com seu desenho icônico e futurista, com parte das rodas traseiras cobertas e pisca no teto. Suspensão hidropneumática de altura ajustável que foi modernizada nos sucessores XM, Xantia e está viva até hoje no C5 trouxe uma enorme inovação para o mercado na época, item hoje presente apenas em modelos de luxo. Em 1967 em sua reestilização o Citroën DS trouxe faróis direcionais, que se viram em direção à curva, outro item presente apenas em modelos de luxo hoje em dia, mas que já fazia parte deste modelo no milênio passado. 

Renault Espace F1

Ok, vans superesportivas não são exclusivas dos franceses, a Ford também construiu a Transit Supervan, mas a Renault foi além: utilizando a carroceria de uma minivan (considerada a primeira minivan do mundo junto da Dodge Caravan) em conjunto a um motor Renault-Williams de 800 cavalos. Sim oitocentos cavalos em um carro que foi criado para levar as crianças ao shopping! A carroceria foi devidamente alargada, ganhando novas entradas de ar e um gigantesco aerofólio traseiro para manter esta demoníaca minivan no chão. Quem mais além dos franceses para fazer cometer tamanha insanidade de combinar o veículo mais pacato do mundo com a força e velocidade os insanos carros de Fórmula 1?

Renault Avantime

Se não bastasse a insana combinação de uma minivan com um carro de Fóruma 1 em 1995 a Renault decidiu por mais uma estranha combinação em 2001: minivan, targa e coupé, eis que surge a única minivan de duas portas do mundo, a estranhamente belíssima Avantime. Nesta época a Renault estava investindo em sua estranha traseira de vidro reto e uma pequena saliência, pode não ter dado certo no Megane hatch, mas se encaixou perfeitamente com o perfil único da Avantime. A parte minivan fica por conta do interior luxoso e espaçoso; enquanto a alma targa aparece na ausência da coluna central e do teto solar gigantesco. Mas o lado coupé também fala alto na Avantime com seu motor 3.0 V6, pelo fato de ser um modelo com duas portas gigantescas a Renault bolou uma solução engenhosa dividindo sua abertura em duas partes.

Renault Clio V6

Um carro pequeno, com boa dinâmica e um motor mais forte já é o suficiente, certo? Não para a Renault, que resolveu retirar os bancos traseiros do compacto Clio para colocar um motor 3.0 V6 lá. A tração traseira garante a diversão no modelo e também caracteriza seu comportamento extremamente arisco. A influência vem do Renault 5 Turbo (a esquerda na imagem superior) com sua dinâmica apimentada e influenciou o conceito Twin'run (ao centro), que torcemos para que seja produzido, que também conta com um motor V6 só que desta vez 3.5 e em uma embalagem ainda menor e até influenciou a Volkswagen no conceito Golf W12, só que, diferente da quase irresponsável Renault, ele nunca ganhou as ruas.

Citroën C3 Pluriel

Hoje vemos a junção de várias carrocerias de modelos em uma só: como os coupés de quatro portas, shooting-breake e até mesmo os crossovers. Mas em 2003 a Citroën achou que poderia fazer melhor e apresentou uma nova versão do C3: o Pluriel. Segundo a marca o modelo poderia ser transformado facilmente em hatch, hatch com teto solar, conversível ao estilo 500C, conversível sem os arcos do teto e picape. A praticidade para usufruir de todas estas carrocerias não era muito grande, visto que os arcos do teto, se removidos, não caberiam no carro, e se chovesse com o carro sem os arcos, o interior ficaria todo molhado já que a cobertura não funcionaria. O modelo durou até 2010 e não há chances de um sucessor direto, apenas passando seu posto para o DS3 Cabrio que é "apenas" um conversível normal.

Peugeot 1007

Minivans combinam com portas traseiras deslizantes enquanto os outros carros combinam com portas normais, mas a Peugeot achou isso um tanto quanto sem graça e criou o subcompacto 1007 julgando que esta nova abordagem das portas seria mais segura para a cidade, estacionamentos e também mais prática para a entrada e saída do carro. A ideia genial e extremamente prática apresentada em 2003 bateu de frente com o custo alto de venda do modelo, o que deixou o 1007 longe de seu público jovem, que migrou para o irmão maior 206 e posteriormente para o pequeno 107. O modelo durou até 2009 mas até hoje suas lanternas traseiras sobrevivem, só que desta vez acompanhadas da picape nacional Hoggar. 

Citroën DS5

A frase clichê de filmes de super-heróis se aplica totalmente a este estonteante carro. É um hatch? É uma perua? É um crossover? É uma shooting-brake? Não, é o Citroën DS5 e não há como definir com precisão qual é sua carroceria e conseguir descrever tamanha beleza deste carro. Por enquanto o representante mais luxuoso da linhagem DS, o DS5 também se destaca no interior, apresentando posição baixa para dirigir, console à mão e acabamento exemplar. O cockpit é separado para o motorista por conta do console central alto, comandos no teto ajudam na sensação de estar dentro de um avião e os quatro tetos solares separados dão o tom de ousadia futurista delicioso da Citroën.

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