Aceleramos a versão topo de linha com motor 1.6 turbo de 165 cv, à venda em setembro por R$ 77.990
Segundo o presidente da Citroën brasileira, Francesco Abbruzzesi, o novo sedã se propõe a ser um representante digno da empresa no segmento M1, o dos modelos médios. Isso quase desconsidera o antecessor C4 Pallas como um competidor, mas ele realmente não chamava a atenção e era paquerado por poucos. Disso o C4 Lounge não vai sofrer. Mesmo sendo avesso ao tato em uma série de aspectos.
O estilo do sedã remete ao do XM, do SM e do CX, modelos clássicos da Citroën, com entre-eixos longo, balanços relativamente curtos e uma quebra da linha inferior do vidro em relação à metade da coluna traseira. Parente do C4 L, produzido na China e na Rússia, o Lounge apresenta diferenças. A grade dianteira, por exemplo, é unida aos faróis, como no C3.
Os nichos dos faróis de neblina são maiores. Com isso, os faróis diurnos de leds não ficam só abaixo dos faróis de neblina, mas também atrás deles, formando uma espécie de L deitado. O ângulo de ataque do sedã feito na Argentina foi adaptado para encarar rampas íngremes e lombadas, típicas do nosso país, sem raspar.
Tira sua mão daí!
É na tampa do porta-malas que o sedã dá início a seus “não me toques”. Ela só pode ser aberta por dentro do carro ou por comando na chave. Nem a própria pode tocar ali, já que não há miolo de fechadura, algo que o Honda Civic também se orgulha de ter feito. Proteção à decência do C4 Lounge, que não quer expor seu estepe para qualquer um. Outra característica da tampa é que ela permite uma abertura maior do compartimento por ter a parte superior em forma de semicírculo. Isso torna o vidro traseiro do C4 Lounge côncavo para quem olha de fora. É o contrário de todos os outros carros, cujos vidros são convexos.
Uma tela de 7 polegadas controla o sistema de som e o navegador por GPS. Ele também não quer saber de mão boba: só pode ser acessado por meio de botões pouco abaixo da tela, um tipo de pudor que só o prejudica. A Citroën está ciente disso. Só não adotou um sistema mais moderno, como o presente no Peugeot 208, porque o projeto do C4 Lounge começou três anos atrás. Na época, o sistema touchscreen ainda não havia sido desenvolvido. “Vai ficar para mais adiante”, diz Frederico Frittoli, gerente de projeto do C4 Lounge.
Espaço bem aproveitado
Versões e preços do Citroën C4 Lounge | |
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Origine 2.0i flex Manual - R$ 59.990 Tendance 2.0i flex manual - R$ 62.490 Tendance 2.0i flex automático - R$ 66.990 Exclusive 2.0i flex manual - R$ 72,490 Exclusive 1.6 THP automático - R$ 77.990 |
É fácil se encontrar no C4 Lounge. Há ajuste de altura e distância do banco do motorista e do volante. A Citroën diz que o painel tem oito opções de cores (branca ou em sete tons de azul). Parece o da linha DS. Com câmbio automático de seis marchas, o sedã usa motor 1.6 THP, com turbo e 165 cv – extremamente elástico, econômico e potente. Ajuda o sedã a ganhar velocidade rapidamente, a fazer ultrapassagens com segurança e a não gastar tanto a cada parada no posto. Capaz de usar apenas gasolina, o THP fez 8,9 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada. Para um carro familiar com máxima acima dos 200 km/h, está mais do que bom.
O C4 Lounge até pode manter os mesmos números de venda do Pallas, mas seria uma injustiça. Bonito e bom de papo com o asfalto, ele tem seus “não me toques”, mas isso não vai desestimular nenhum interessado a ir atrás dele.
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