A Audi acredita que a hatch médio A3 pode dar uma nova dinâmica à marca no Brasil. Primeiro pela grande evolução do modelo na terceira geração, que acaba de desembarcar nas concessionárias brasileiras – o novo A3 deu um salto em tecnologia e dirigibilidade.
Para se aproximar do preço inicial dos rivais diretos e “esquentar” o mercado, o hatch ganhou uma versão inicial com o propulsor 1.4 litro de 122 cv – igual ao do A1 – por R$ 94.700. Já versão de topo tem a mesma motorização do A3 Sport, de duas portas, um 1.8 de 180 cv, e recebe a mais apenas o teto solar panorâmico. O preço, no entanto, acompanha a elevação de potência: R$ 124.300. Ambos têm como opcionais somente a pintura metálica, a R$ 1 mil, e o sistema de navegação integrado ao sistema multimídia, a R$ 9.900. A diferença de preço entre as duas versões só se explica mesmo pela função de cada um dentro da linha, O A3 1.4 serve de chamariz, mas o que deve sair com mais frequência das concessionárias é mesmo o 1.8. A estimativa da empresa é que ele representaria 75 das 125 unidades sejam emplacadas a cada mês – o 1.4 responderia por apenas 50 vendas mensais. Não é pouco. As 1.500 unidades planejadas para os próximos 12 meses são mais do que a soma das vendas de 2011 e de 2012.
Essa conta não chega a ser exagerada. Afinal, o novo A3 tem atributos que o tornam bem mais interessante que seu antecessor. A começar pela construção, que não só o deixou 90 kg mais leve que o Sportback de segunda geração como também aumentou a rigidez torcional em 35%. Esses atributos são percebidos na prática por um aumento de estabilidade e no conforto ao rodar. A escolha dos motores tem a ver com a possível produção do A3 no Brasil. São os mesmos que serão aplicados ao novo Golf – que virá importado em um primeiro momento e depois, fabricado. Em relação ao antigo 1.6 de 101 cv, houve um expressivo ganho de potência. O oposto ocorreu em relação ao 2.0 TFSI de 200 cv. Em compensação, o novo A3 adotou um câmbio de dupla embreagem com sete velocidade, no lugar do de seis marchas do antecessor. Com a redução de peso – 21 kg apenas no motor –, o desempenho ficou bem similar e o consumo caiu na ordem de 15%.
Nenhuma das alterações implementadas no novo A3 teve a intenção de promover uma ruptura na trajetória do modelo. A maior revolução nessa geração foi a adoção da inovadora plataforma modular do Grupo Volkswagen. Ela permite, por exemplo, que o A3 Sportback tenha um entre-eixos 3,5 maior que o A3 Sport sem que isso signifique um aumento brutal de custo – como ocorreria com plataformas tradicionais. Já nas demais características do hatch, a ideia foi evoluir sem chocar. O design é um bom exemplo disso. Ela foi totalmente mudada, mas não dá esta impressão. É preciso se ater aos detalhes para localilzar as novidades. Como um chanfrado na grade, vincos mais profundos nas laterais, lanternas horizontalizadas e faróis afilados. No Brasil, novidades cairiam bem, pois a Audi precisa chamar a atenção para seus modelos. Mas como o A3 tem bastante sucesso no mercado europeu, não teria sentido arriscar a sorte.
Primeiras Impressões
Mudanças essenciais
São Paulo/SP – As novas linhas do A3 Sportback deixaram o hatch mais moderno, mas nada têm de supreendente. O modelo da Audi só revela sua nova essência quando é posto em movimento, numa dinâmica que combina solidez e leveza. O maior entre-eixos, em comparação ao modelo Sport, deixa o hatch de quatro portas bem à vontade em curvas longas, como as de estradas. Na versão 1.8, única disponível no lançamento, o motor se mostrou vigoroso sempre que solicitado. O câmbio de sete marchas com dupla embreagem prima pela discrição. Em uma condução mais calma, mal se percebe as trocas. Por outro lado, o start/stop é “exibido” demais e quebra um pouco a rotina de conforto do interior.
O habitáculo segue a lógica do segmento de modelos médios de luxo: é bem acabado, usa materiais de boa qualidade, mas não tem maiores requintes. Os revestimentos, por exemplo, são sempre em tecido. O espaço interno é condizente com a categoria e a ergonomia dos bancos é bastante otimizada pelos vários ajustes elétricos, inclusive lombar. O interior é bem organizado. As teclas do painel ficam concentradas em uma área horizontal logo abaixo dos defletores de ar. Outro núcleo de comando fica no console, logo atrás do câmbio. Ali um grande botão rotativo permite a navegação pelos menus do sistema multimídia e do computador de bordo. No alto do console, um monitor escamoteável de LCD “brota” do tablier quando o motor é acionado.
No A3, o sistema drive select não atua sobre a suspensão, como nos modelos superiores da marcas. De qualquer forma, os três ajustes pré-programados – conforto, esportivo e econômico – conseguem alterar a personalidade do hatch de forma perceptível. O sistema ainda pode ser posto em automático e então ser ajustado no modo individual, que permite conjugar o tipo de comportamento do câmbio, da resposta do motor à aceleração e do grau de assistência na direção. Todas estas configurações são fáceis de serem aplicadas e valorizam bastante o ótimo comportamento do A3.
Ficha técnica
Audi A3 Sportback
Motor 1.4: Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 1.390 cm³, quatro cilindros em linha e quatro
válvulas por cilindro. Com injeção direta de combustível, turbocompressor com intercooler e comando variável de válvulas.
Potência máxima: 122 cv a 5 mil giros rpm.
Torque máximo: 20,4 kgfm entre 1.500 e 4 mil rpm.
Aceleração 0 a 100 km/h: 9,2 segundos.
Velocidade máxima: 203 km/h.
Diâmetro e curso: 76,5 mm X 75,6 mm. Taxa de compressão: 10:1.
Motor 1.8: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.798 cm³, quatro cilindros em linha, com quatro válvulas por cilindro. Com duplo sistema de injeção de combustível – direta e multiponto –, turbocompressor e comando variável de válvulas. Acelerador eletrônico.
Potência máxima: 180 cv com gasolina a 6.200 rpm.
Torque máximo: 25,5 kgfm entre 1.250 e 5 mil rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 7,3 segundos.
Velocidade máxima: 232 km/h.
Diâmetro e curso: 82,5 mm x 84,1 mm. Taxa de compressão: 9,6:1.
Transmissão: Câmbio automatizado de dupla embreagem com sete marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo Multilink, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 205/55 R16 (225/45 R17 no 1.8 turbo).
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás.
Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,31 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,43 m de altura e 2,64 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho.
Peso: 1.300 kg (1.355 kg no 1.8 turbo).
Capacidade do porta-malas: 380 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: Ingolstadt, Alemanha.
Lançamento mundial: 2013.
Itens de série:
Versão 1.4 turbo: Ar-condicionado, alavanca e volante multifuncional com revestimento em couro, bancos em tecido, computador de bordo, rodas de liga leve de 16 polegadas, airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista, direção elétrica, faróis bi-xenônio, controle de estabilidade e tração, start/stop e rádio/CD/MP3/Bluetooth.
Preço: R$ 94.700.
Versão 1.8 turbo: Adiciona ar-condicionado digital dual zone, banco do motorista com ajuste elétrico, sensor de luz e chuva, teto solar e rodas de liga leve de 17 polegadas.
Preço: R$ 124.300.
Opcionais: Pintura metálica (R$ 1 mil) e GPS integrado ao sistema multimídia (R$ 9.900).
Participe! Deixe aqui seu comentário. Obrigado! Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário