A cada ano a expectativa de uma nova temporada é de, no mínimo,
superar a qualidade da anterior. Em 2013 era especial, já que um novo
tipo de carro estaria nas pistas dos Estados Unidos, o Gen6.
Independentemente de quem está se dando bem ou mal, o fã da Nascar não
pode reclamar deste primeiro ano, no quesito emoção. Tivemos bons pegas
até agora, finais surpreendentes e brigas (até literalmente)
acontecendo. Com 18 das 36 etapas já cumpridas, dá para fazer um pequeno
balanço. Vamos lá:
Favorito a ser batido
Você, que acompanhou todas as corridas desta temporada, se lembra de alguma em que o carro de Jimmie Johnson não esteve forte? Na última semana fiz esse exercício de reflexão e não consegui identificar uma prova sequer. Se 2013 não for o ano em que JJ conquiste seu sexto título – e só não acontecerá se algo de muito inusitado ocorrer até novembro – ele não conseguirá nunca.
O #48 está dando um banho na concorrência. Johnson só tem pecado em alguns momentos, como os de relargada na hora H, que o fez perder algumas corridas ganhas. Mas isso aparentemente não parece que possa derrubá-lo. Do jeito que as coisas estão, para perder esse título ele terá que se esforçar muito.
Possível desafiante
Há algumas semanas disse aqui do bem que a mudança de ares fez a Matt Kenseth e Joe Gibbs. Essa onda parece que ainda continua, já que Kenseth é o único piloto a ter quatro vitórias ao lado de Jimmie Johnson e se o Chase começasse hoje, começaria a fase final do campeonato ao lado do pentacampeão.
A fase do piloto é boa, mas o que pode fazê-lo desistir do sonho do bicampeonato é a confiabilidade do seu motor Toyota, que em alguns momentos parece ser mais rápido do que os Chevrolets, mas que abre o bico em momentos cruciais. Se a montadora japonesa conseguir resolver esse problema, poderemos ter um dos finais de campeonato mais emocionantes da história da Nascar.
Ressaca
No início do ano até comentei aqui que parecia que Brad Keselowski poderia repetir o duelo com Jimmie Johnson na busca pelo título da Sprint Cup. Ele era uma exceção dentro do mau início dos Ford com o Gen6. Mas só foi essa constatação aparecer, que o número #2 começou a cair de rendimento. E não é somente com potência de seu carro, mas de vários acidentes que têm feito o tuiteiro mais famoso da Nascar despencar na tábua de classificação.
Hoje ele tem 488 pontos, na 13° colocação e nenhuma vitória. Está apenas 11 pontos atrás de Tony Stewart, que é o 10°, mas está numa posição perigosíssima. Será que aquela ressaca que atingia os vices dos últimos anos caiu sobre o campeão? Ou será que a fama exacerbada que um campeão da Nascar possui o fez mal? Ou ainda pior, será que o que vimos ano passado foi exceção e não a regra de Keselowski?
Quem pode surpreender
Tem experiência, tem um bom motor, um chefe de mecânicos campeão e já mostrou que tem força no momento que importa. Dos nomes que aparecem que provavelmente estarão no Chase, como Kevin Harvick, Kyle Busch, Dale Junior ou Greg Biffle, nenhum deles causa mais impacto do que o “Smoke”. Tudo vai depender do tal segredo que Darian Grubb diz ter descoberto há dois anos.
O sumido
Somente a tabela de classificação me desmente quando digo que Clint Bowyer está passando por 2013 de maneira discreta, com a vice-liderança. Não costuma frequentar a ponta, mas coleciona sete Top 5 e onze Top 10. Uma diferença deste ano com 2012 é que a equipe de Michael Waltrip foi bem melhor do que a de Joe Gibbs, o que não ocorre nesta temporada, graças ao bom conhecimento com esse novo carro e a chegada de Matt Kenseth. Talvez o desempenho do #15 não tenha caído, mas o que houve mesmo é que a ordem foi restabelecida, trazendo a Gibbs como melhor time que utiliza motores Toyota.
Independentemente disso, também não o vejo brigando pelo título. Sua campanha deve ser parecida com a de Greg Biffle ano passado, quando este terminou a primeira fase na liderança e sumiu nos playoffs.
Os brasileiros
Muitos estão se perguntando se a campanha de Nelsinho Piquet está de acordo com o que era esperado no início do ano. Na minha opinião, sim. Estando numa divisão mais competitiva e numa equipe que não tem o costume de andar na frente na Nationwide, é de se esperar a 13° posição do brasileiro. Repito: 2013 é um ano de adaptação e não se pode cobrar grandes resultados.
No ano que vem, a história é diferente, já que poderá ser decisiva para a sua chegada à Cup. Quem poderia estar um pouco melhor seria Miguel Paludo. Não está ruim, mas o gaúcho já poderia ter beliscado uma vitória, para quebrar o gelo, e ganhar mais respeito dos americanos. Capacidade ele já demonstrou ter, basta um pouco mais de sorte e apostar em estratégias mais agressivas em alguns momentos
Nascido em 1980 em São Paulo, ERICK GABRIEL é jornalista e assessor de imprensa da editora Panda Books. Há alguns anos, foi tomado pela paixão pelos carros norte-americanos, aqueles que têm a mania de baterem uns nos outros para vencerem uma corrida. No fim das contas, esta paixão acabou superando uma outra, pelo velho esporte praticado por onze jogadores e uma bola. No Tazio, Erick escreve às terças-feiras sobre as categorias da Nascar. No Twitter, @erickjornalista.
Favorito a ser batido
Você, que acompanhou todas as corridas desta temporada, se lembra de alguma em que o carro de Jimmie Johnson não esteve forte? Na última semana fiz esse exercício de reflexão e não consegui identificar uma prova sequer. Se 2013 não for o ano em que JJ conquiste seu sexto título – e só não acontecerá se algo de muito inusitado ocorrer até novembro – ele não conseguirá nunca.
O #48 está dando um banho na concorrência. Johnson só tem pecado em alguns momentos, como os de relargada na hora H, que o fez perder algumas corridas ganhas. Mas isso aparentemente não parece que possa derrubá-lo. Do jeito que as coisas estão, para perder esse título ele terá que se esforçar muito.
Possível desafiante
Há algumas semanas disse aqui do bem que a mudança de ares fez a Matt Kenseth e Joe Gibbs. Essa onda parece que ainda continua, já que Kenseth é o único piloto a ter quatro vitórias ao lado de Jimmie Johnson e se o Chase começasse hoje, começaria a fase final do campeonato ao lado do pentacampeão.
A fase do piloto é boa, mas o que pode fazê-lo desistir do sonho do bicampeonato é a confiabilidade do seu motor Toyota, que em alguns momentos parece ser mais rápido do que os Chevrolets, mas que abre o bico em momentos cruciais. Se a montadora japonesa conseguir resolver esse problema, poderemos ter um dos finais de campeonato mais emocionantes da história da Nascar.
Ressaca
No início do ano até comentei aqui que parecia que Brad Keselowski poderia repetir o duelo com Jimmie Johnson na busca pelo título da Sprint Cup. Ele era uma exceção dentro do mau início dos Ford com o Gen6. Mas só foi essa constatação aparecer, que o número #2 começou a cair de rendimento. E não é somente com potência de seu carro, mas de vários acidentes que têm feito o tuiteiro mais famoso da Nascar despencar na tábua de classificação.
Hoje ele tem 488 pontos, na 13° colocação e nenhuma vitória. Está apenas 11 pontos atrás de Tony Stewart, que é o 10°, mas está numa posição perigosíssima. Será que aquela ressaca que atingia os vices dos últimos anos caiu sobre o campeão? Ou será que a fama exacerbada que um campeão da Nascar possui o fez mal? Ou ainda pior, será que o que vimos ano passado foi exceção e não a regra de Keselowski?
Quem pode surpreender
Tem experiência, tem um bom motor, um chefe de mecânicos campeão e já mostrou que tem força no momento que importa. Dos nomes que aparecem que provavelmente estarão no Chase, como Kevin Harvick, Kyle Busch, Dale Junior ou Greg Biffle, nenhum deles causa mais impacto do que o “Smoke”. Tudo vai depender do tal segredo que Darian Grubb diz ter descoberto há dois anos.
O sumido
Somente a tabela de classificação me desmente quando digo que Clint Bowyer está passando por 2013 de maneira discreta, com a vice-liderança. Não costuma frequentar a ponta, mas coleciona sete Top 5 e onze Top 10. Uma diferença deste ano com 2012 é que a equipe de Michael Waltrip foi bem melhor do que a de Joe Gibbs, o que não ocorre nesta temporada, graças ao bom conhecimento com esse novo carro e a chegada de Matt Kenseth. Talvez o desempenho do #15 não tenha caído, mas o que houve mesmo é que a ordem foi restabelecida, trazendo a Gibbs como melhor time que utiliza motores Toyota.
Independentemente disso, também não o vejo brigando pelo título. Sua campanha deve ser parecida com a de Greg Biffle ano passado, quando este terminou a primeira fase na liderança e sumiu nos playoffs.
Os brasileiros
Muitos estão se perguntando se a campanha de Nelsinho Piquet está de acordo com o que era esperado no início do ano. Na minha opinião, sim. Estando numa divisão mais competitiva e numa equipe que não tem o costume de andar na frente na Nationwide, é de se esperar a 13° posição do brasileiro. Repito: 2013 é um ano de adaptação e não se pode cobrar grandes resultados.
No ano que vem, a história é diferente, já que poderá ser decisiva para a sua chegada à Cup. Quem poderia estar um pouco melhor seria Miguel Paludo. Não está ruim, mas o gaúcho já poderia ter beliscado uma vitória, para quebrar o gelo, e ganhar mais respeito dos americanos. Capacidade ele já demonstrou ter, basta um pouco mais de sorte e apostar em estratégias mais agressivas em alguns momentos
Nascido em 1980 em São Paulo, ERICK GABRIEL é jornalista e assessor de imprensa da editora Panda Books. Há alguns anos, foi tomado pela paixão pelos carros norte-americanos, aqueles que têm a mania de baterem uns nos outros para vencerem uma corrida. No fim das contas, esta paixão acabou superando uma outra, pelo velho esporte praticado por onze jogadores e uma bola. No Tazio, Erick escreve às terças-feiras sobre as categorias da Nascar. No Twitter, @erickjornalista.
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