7 de jul. de 2013

F-1:Hamilton reclama dos pneus após nova queda de ritmo; veja declarações

Pilotos avaliam resultado do GP da Alemanha, nona etapa da temporada, realizado neste domingo em Nurburgring e vencido por Sebastian Vettel


Lewis Hamilton, da Mercedes, em Nurburgring (AP Photo)Lewis Hamilton, da Mercedes, em Nurburgring (AP Photo)
MERCEDES
Lewis Hamilton:
Nico Rosberg:
Pole position pela terceira vez na temporada em Nurburgring, Lewis Hamilton viu suas chances de enfim conquistar uma vitória para a Mercedes se esvaírem neste domingo, conforme o modelo W04 voltava a apresentar o velho problema de desgaste excessivo de pneus no GP da Alemanha. Após ser superado pelas duas Red Bulls na largada, o campeão de 2008 também perdeu terreno para Lotus e Ferrari ao longo da prova. Na passagem de encerramento, ele ainda teria que vencer um duelo com o antigo companheiro de McLaren, Jenson Button, para completar em quinto.

“O único ponto positivo foi que eu marquei pontos. Eu tive que me manter atrás, porque não há nada de positivo a dizer sobre os pneus. Eu não entendo por que sofremos tanto com eles, mas isso é o automobilismo. É uma pena, porque a equipe está trabalhando tão duro, fazendo um grande trabalho e, claramente, temos um bom carro. Mas, por alguma razão, ele não funciona com os pneus. Na última prova [em Silverstone], tivemos a chance de diminuir a diferença para Sebastian [Vettel no campeonato] e, hoje, tivemos mais uma. Só que eles estavam muito rápidos para mim, então acho eu continuo em quarto ou quinto na tabela e perdi terreno para eles. Só espero que tenhamos uma oportunidade melhor na próxima etapa [GP da Hungria]“, seguiu.
Diferente do que havia feito no domingo passado, Nico Rosberg esteve longe de brigar pelos primeiros lugares em Nurburgring. Assim como seu colega de Mercedes, o alemão acusou a falta de adaptação das “flechas de prata” aos novos pneus com cinta de kevlar. “O carro não estava tão legal de pilotar. Sofremos bastante com os compostos traseiros e, por isso, não conseguimos alcançar o ritmo dos caras na frente. Temos que compreender um pouco mais esses novos compostos, porque a nova construção embaralhou um pouco as coisas, especialmente em condições quentes”, avaliou.
RED BULL
Sebastian Vettel:
Mark Webber:
A partir da entrada do carro de segurança, na volta 24, Sebastian Vettel foi pressionado pelas Lotus praticamente o tempo inteiro, mas segurou o ímpeto dos aurinegros e conseguiu cacifar a primeira vitória correndo em seu país natal. “É incrível. Estou muito, muito contente. Kimi estava pressionando muito, muito forte no final. Eles tentaram fazer algo diferente na estratégia deles. Tive duas voltas em que Grosjean se aproximou bastante também. Perdi o Kers nestas voltas, então, foi um pouco difícil. Mas o Kers voltou, e isso ajudou muito para eu defender a posição. Estou contente que a corrida durou 60 voltas, e não 61 ou 62”, explicou.
Atrapalhado por um erro de pitstop, que provocou a soltura da roda traseira direita e um acidente envolvendo um cinegrafista da FOM, Mark Webber demonstrou preocupação com o profissional acidentado e quer acordar do “pesadelo” vivido neste domingo. “Eu vi que perdemos o pneu, claro, mas não que ele tinha acertado alguém. Isso é ruim e espero que ele esteja bem, que é o mais importante. Hoje foi uma espécie de pesadelo e eu quero acordar disso amanhã. Fizemos uma excelente largada e estávamos em uma ótima posição, mas perdemos tudo isso. Desperdiçamos muitos pontos e a chance de brigar pela vitória, mas não há um botão de ‘rebobinar’ agora”, lamentou. Por conta do lance, a Red Bull tomou uma multa de 30 mil euros (R$ 87 mil).
LOTUS
Kimi Raikkonen:
Romain Grosjean:
A tentativa de fazer um terceiro pitstop e colocar pneus macios deu parcialmente certo para Kimi Raikkonen: ele conseguiu se livrar do companheiro de Lotus, mas não do líder Vettel. Por isso, o finlandês se questionou, após a corrida, se o melhor não seria permanecer na pista até o fim só com duas paradas. “Eu poderia andar uma pouco mais e tínhamos que pensar nisso se quiséssemos ir até o fim, pois ele tinha uma boa vantagem na liderança antes de ir ao boxes pela última vez. Mas eu estava com um grande problema no rádio. Eu conseguia ouvir a equipe, mas eles não me ouviam, exceto em duas curvas. Eu imagino se fôssemos até o final, já que os pneus estavam ok”, levantou.
Já Romain Grosjean celebrou sua segunda aparição na cerimônia de premiação em 2013, e negou qualquer frustração por ter que abrir passagem ao seu colega de time nas voltas finais. “A equipe colocou diferentes ovos na mesma cesta e escolheu diferentes estratégias. Parece que a do Kimi funcionou melhor. Mas é bom estar de volta ao pódio”, resumiu.
Romain Grosjean e Kimi Raikkonen, da Lotus, em Nurburgring (AP Photo)
Romain Grosjean e Kimi Raikkonen, da Lotus, em Nurburgring (AP Photo)
FERRARI
Fernando Alonso:
Felipe Massa: abandonou
Resignado com o quarto lugar, Fernando Alonso acredita que a falta de velocidade nas primeiras 20 voltas custou sua chance de de estar entre os três primeiros. “Foi praticamente o máximo que pudemos fazer. A corrida não foi ruim, o que se reflete no fato de termos cruzado poucos segundos atrás do vencedor. Foram 60 boas voltas, mas não o suficiente para o pódio”, comentou.
Felipe Massa jusitificou sua rodada na quarta passagem como consequência do sistema de câmbio travado na quinta marcha. “Eu freei no [fim da] reta e travei as rodas traseiras. O carro escapou para o lado direito, eu corrigi e aí ele foi com tudo para a esquerda. Eu parei e ele estava travado na quinta marcha”, detalhou.
MCLAREN
Jenson Button:
Sergio Pérez:
A McLaren teve neste final de semana um de seus melhores desempenhos na temporada. O GP da Alemanha deste domingo foi a corrida que a equipe mais somou pontos no ano. Jenson Button acredita que o time mostrou uma boa evolução.
“Temos muitas coisas positivas para tirarmos deste final de semana. Nosso ritmo foi razoavelmente bom. É bom correr com os carros mais próximos do pelotão da frente, como a Mercedes. Nossos tempos de volta em comparação com os quatro carros da frente não eram ruins também. E pontos de hoje eram muito necessários”, declarou o inglês.
Sergio Pérez também elogiou o desempenho da equipe de Woking e disse que o carro mostrou uma boa evolução nas últimas semanas. “Tivemos um ritmo melhor e o desgaste [dos pneus] foi melhor do que esperávamos. Foi um bom passo à frente desde Silverstone e um final de semana promissor. Espero que possamos dar outro passo para a Hungria”, afirmou.
SAUBER
Nico Hulkenberg: 10º
Esteban Gutiérrez: 14º
Após conseguir avançar ao Q3 no sábado, Nico Hulkenberg iniciou e completou o GP da Alemanha na décima posição. O piloto da casa esperava mais de seu C31 na nona etapa da temporada. “Foi uma corrida extremamente difícil. Lutei a cada volta, mas era o máximo que dava. Para ser honesto, esperava ter um ritmo melhor, mas o carro não se comportou da forma que como eu achava. Eu queria ter lutado com as McLarens, mas, infelizmente, eles estavam muito velozes para nós. De qualquer forma, o fim de semana foi melhor do que prevíamos. Não tínhamos uma atualização no carro, apenas experimentamos os acertos e funcionou bem”, relatou.
Esteban Gutiérrez viveu 60 voltas de várias disputas por posição, que, no fim das contas, não culminaram em pontos. “Tive uma corrida dura. Era difícil ultrapassar, porque estávamos perdendo velocidade em reta. Meu ritmo era bem razoável e eu tentei fazer o meu melhor, [mas] a tática não foi a ideal, embora tudo tenha corrido conforme o planejado. Só que acabamos parando logo antes do safety car, o que não deixou as coisas mais fáceis”, analisou.
Roda solta do carro de Mark Webber após pitstop em Nurburgring (AP Photo)
Roda solta do carro de Mark Webber após pitstop em Nurburgring (AP Photo)
FORCE INDIA
Paul di Resta: 11º
Adrian Sutil: 13º
Depois de seis corridas consecutivas nos pontos, a Force India enfrentou um domingo difícil em Nurburgring e ficou fora da zona de pontuação. Paul di Resta foi quem chegou mais próximo, em 11º, mas explicou que o carro não se comportou bem principalmente na primeira parte da prova. “Em alguns momentos, o carro estava bom, mas eu realmente tive dificuldade com o primeiro jogo de pneus médios e não estava contente com o balanço. As coisas melhoraram um pouco no final, mas já estávamos fora de posição. É um pouco frustrante não marcar pontos, então, precisamos destravar nosso potencial e voltar à nossa forma normal na Hungria”, disse o escocês.
Adrian Sutil também lamentou a falta de desempenho do carro da equipe indiana no circuito alemão e afirmou que também teve problemas com os pneus, o que o obrigou a mudar sua estratégia durante a prova. “Foi uma corrida bem decepcionante e por algum motivo não tivemos ritmo neste final de semana. Eu sofri muito com os pneus e tivemos que converter a estratégia de duas paradas para três, o que não era o nosso plano. Eu também perdi algum tempo na última parada e depois os pontos ficaram muito longe.”
TORO ROSSO
Daniel Ricciardo: 12º
Jean-Éric Vergne: abandonou
Depois de obter mais uma posição de destaque no grid de largada, sexto, Daniel Ricciardo viu o modelo STR8 voltar ao nível costumeiro de desempenho neste domingo, perdendo terreno para concorrentes mais fortes ao longo do GP da Alemanha. “Uma corrida frustrante e bastante aborrecida para mim. Depois da largada, pude manter minha posição, mas, assim que mudamos para os pneus médios, comecei a realmente sofrer com o ritmo. Não consegui mais apertar como eu gostaria e, quando tentava, o carro não aceitava e começava a travar [as rodas] nas freadas e escorregar demais. Não dá para explicar o porquê [disso], então temos que analisar os dados e descobrir o motivo”, comentou.
Mais uma vez ofuscado por seu companheiro, Jean-Éric Vergne amargou o segundo abandono seguido em 2013. “Não há muito o que falar sobre hoje, porque, depois de não ter um bom rendimento durante todo o fim de semana, nada mudou na corrida. Na volta 23, a equipe me relatou uma falha hidráulica e me chamou para recolher. É extremamente decepcionante, já que é meu segundo abandono consecutivo. Um fim de semana para se esquecer”, desabafou.
WILLIAMS
Pastor Maldonado: 15º
Valtteri Bottas: 16º
Uma das equipes que apostaram em começar o GP da Alemanha com pneus médios, a Williams até chegou a constar entre os dez primeiros em dado momento da prova, mas acabou ficando para trás, menos pelo fraco desempenho do modelo FW34 e mais por uma sequência de erros nos pitstops. Ainda assim, Pastor Maldonado teve motivos para sair confiante de Nurburgring: “Foi uma boa corrida para nós, já que fizemos tudo certo e estávamos perto de marcar alguns pontos. É frustrante terminar dessa forma, depois de um problema no pitstop, mas temos que olhar para o lado positivo e seguir em frente”, ponderou.
Valtteri Bottas pediu que a equipe analise as sucessivas falhas nas trocas do pneu dianteiro direito. “Não fizemos uma boa largada e também perdemos tempo em ambos os pitstops, portanto precisamos descobrir o que aconteceu. O ritmo de prova estava melhor do que vimos antes, o que significa que poderíamos ter lutado por pontos. Mas, infelizmente, não era para ser”, lastimou.
Carros contornam a curva 1 de Nurburgring, após largada do GP da Alemanha (AP Photo)
Carros contornam a curva 1 de Nurburgring, após largada do GP da Alemanha (AP Photo)
CATERHAM
Charles Pic: 17º
Giedo van der Garde: 18º
Acometido por um furo de pneu na volta 35, Charles Pic foi obrigado de alterar sua estratégia no meio da prova, mas ainda teve tempo de ultrapassar a Marussia de Max Chilton e seu parceiro de Caterham, nas voltas derradeiras, para concluir em 17º. “Obviamente, a parada inesperada arruinou a tática, o que é uma pena, porque estaríamos junto com o pelotão da frente. Por causa disso, eu retornei em último, mas passei Chilton e Giedo e, aí, foi só uma questão de levar o carro para casa”, contou.
Numa corrida marcada por várias reviravoltas, Giedo van der Garde celebrou o fato de ter conseguido administrar bem sua posição até a linha de chegada. “Apesar do resultado final, acho que dei mais um pequeno passo. Meu gerenciamento dos pneus em corrida melhorou um pouco e eu vim trabalhando nisso ao longo de todo o fim de semana”, ressaltou.
MARUSSIA
Max Chilton: 19º
Jules Bianchi: abandonou
A Marussia teve um domingo difícil em Nurburgring. O seu principal piloto, Jules Bianchi, abandonou logo na 22ª colocação com um problema no motor. O francês lamentou a perda da chance de desafiar os carros da Caterham, principal rival do time. “O balanço do carro estava bom e mostramos o ritmo mais positivo na corrida, que é normal. Não foi um final de semana tranquilo, então, talvez não era para ser nossa corrida e apenas podemos levantar nossas cabeças para a próxima na Hungria.”
Max Chilton não teve um bom desempenho e novamente terminou na última posição entre os que receberam a bandeira quadriculada. O inglês reclamou do desgaste dos pneus. “Não foi uma corrida fácil hoje. Nossos dois carros sofreram na largada e nas primeiras voltas. Fizemos as escolhas certas na estratégia, mas sofremos com o desgaste nos pneus traseiros nas últimas dez voltas.”
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