Quando a AMG foi incorporada pela Mercedes-Benz, a Brabus rapidamente ocupou seu lugar como preparadora independente dos carros estrelados. Como a AMG, ela começou timidamente, com acessórios e componentes de alto desempenho, até chegar a modelos completos, desenvolvidos sem absolutamente nenhum limite. Para entender melhor, veja mais sobre perua E65 W210 1998 que encontramos a venda.
Em 1997, quando a AMG colocou as mãos na sétima geração do Mercedes Classe E para construir o E50 AMG, a base da modificação foi o aumento da cilindrada do V8 de 4,2 litros para 5 litros, de forma que ele produzisse 347 cv — uma marca respeitável em uma época na qual o modelo de entrada da Ferrari (F355) tinha 380 cv. Caso você achasse a potência insuficiente para suas viagens, era possível ainda encontrar o modelo E60, que tinha a cilindrada aumentada para seis litros, e a potência chegava aos 381 cv. Ainda havia uma versão limitada de 6,3 litros e 405 cv.
Mas como sempre, a Brabus achou que a potência de supercarro italiano não era suficiente para o modelo médio da Merc e decidiu fazer algo a respeito. O que eles fizeram, camaradas, foi aumentar ainda mais a cilindrada do motor M119 para 6,5 litros, de forma que ele passasse a produzir (está sentado?) 460 cv e 67,3 mkgf de torque. Para se ter uma idéia do que isso significa, considere que a Ferrari 456 M, lançada no ano seguinte, 1998, tinha 448 cv e era menos de 100 kg mais leve — e levava um passageiro a menos.
Só que esses modelos completos de preparadoras como a Brabus são voltados para um público muito específico, e geralmente acabem servindo apenas como vitrine para os componentes de alta performance vendidos nas autorizadas parceiras. Isso os torna extremamente raros. Nos EUA, por exemplo, estima-se que exista apenas um exemplar do Brabus E65, na versão sedã.
A essa altura você já deve ter percebido o nível da raridade desta nossa edição do Achados Meio Perdidos. A Brabus não fala em números de venda ou produção, mas tenha certeza de não existem muitas dessa E65 Touring espalhadas pelo mundo. O vendedor fala em apenas 15 unidades produzidas, um número plausível. É difícil encontrar fotos e especificações do modelo até mesmo em fóruns internacionais dedicados à Mercedes e à Brabus.
Na versão sedã, mais comum que a perua, o E65 é capaz de chegar a 309 km/h – o que lhe garantiu o título de sedã mais rápido do planeta na época, e só foi superado com o lançamento da versão com motor 7.3 V12 de 582 cv, que tem velocidade máxima limitada pelo arrasto aerodinâmico em cerca de 335 km/h. A perua tem cerca de 100 kg a mais que o sedã e normalmente gera mais arrasto aerodinâmico, então espere uma velocidade máxima ligeiramente inferior.
Pela raridade o vendedor pede R$ 165.000. O carro tem 48.000 milhas no hodômetro (77.200 km) e o anunciante conta que tem todos os manuais e certificados de originalidade.
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