O conjunto importado foi a receita para garantir um desempenho mais afiado do que os 109 cv e 17 kgfm de torque do AP 2.0 8V, que continuou a ser oferecido como um GTI mais “barato”. O 2.0 16V gerava 141 cv de potência a 6.250 rotações e 17,8 kgfm a 4.500 giros. Como outros antigos multiválvulas, a curva de torque não curtia retomadas rápidas. Em compensação, os outros números não decepcionavam: a aceleração até os 100 km/h era cumprida em 8,8 segundos e a velocidade máxima chegava aos 206 km/h. Para segurar esse recém-conquistado vigor extra, os freios eram a discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira, com ABS opcional. A suspensão ficou um tiquinho mais dura e passou a contar com barra estabilizadora na traseira. Por fora, o GTI 16V também se afastava do convencional. A começar pelo ressalto oval no capô ao estilo Mitsubishi Eclipse, uma solução para apertar o motor alemão no cofre. Além disso, minissaias laterais, spoiler traseiro e emblemas delatavam a versão. As rodas aro 15 em pneus 195/50 também eram exclusivas. Se por fora ele era até discreto, o revestimento em couro bicolor preto e vermelho opcional era a pedida para aqueles que queriam chamar atenção. Em 1999, a Parati ganharia a mesma versão. Junto com a opção de quatro portas que logo chegariam ao hatch, a Parati GTI 2.0 16V foi a perua compacta mais esportiva que o Brasil já teve. Ambos receberiam ainda a reestilização de 2000, denominada GIII pela VW, mas não duraram muito. Hoje em dia é difícil encontrar um modelo mais antigo por menos de R$ 15 mil. Tarefa que só não é mais dura do que achar um exemplar em bom estado.
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