A Puma tem o nosso respeito. Fez carro dois tempos com tração e motor dianteiros (Puma DKW), fez baratinha com tração e motor traseiro arrefecido a ar (família Puma GT) e, em 1973, chegou ao outro extremo: carroceria pequena, motor grandalhão seis cilindros de Opala – o querido e temido (pelos rivais e por quem já perdeu a sua traseira num acelerão…) Puma GTB. Neste post, vocês verão um dos melhores exemplares da segunda geração (nascida em 1978) dos GTB – o famoso S2.
Este era um dos carros mais caros do país na época. Ele compensava o seu salgado valor de etiqueta com o poderoso seis em linha do Opala, interior todo revestido de couro (todo mesmo – incluindo o painel), vidros elétricos, ar condicionado e a exclusividade de um carro de produção limitada numa época em que a importação de automóveis estava proibida (ao menos oficialmente). Seu entre-eixos de apenas 2,42 m combinado ao torque de 32,5 mkgf a só 2.600 rpm fez muita gente ver o mundo ao contrário, especialmente em dias de chuva. Por outro lado, ele fazia a alegria dos playboys rachadores da década de 1980.
Confesso que não sou muito fã da traseira da geração S2 – prefiro o para-choque bipartido com vigia tipo fastback do S1 (foto abaixo), e especialmente suas lanternas traseiras de Alfa Romeo 2300 de ponta-cabeça. Por outro lado, acho a dianteira do S2 maravilhosa. Esse dilema é mais ou menos como aquele entre a garota linda de rosto, mas cadeiruda – e sua amiga de corpo escultural e rosto de odalisca do Pica-pau.
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