1 de jun. de 2013

F-1:Por falta de testes, Hankook descarta ingresso na F1 em 2014

Engenheiro-chefe da fabricante, todavia, mantém categoria como opção no futuro: “Do ponto de vista da engenharia, seria nosso maior desafio”

Pneu produzido pela Hankook para o DTM (Foto: Hankook/Divulgação)Pneu produzido pela Hankook para o DTM (Foto: Hankook/Divulgação)
A fabricante sul-coreana Hankook descartou a possibilidade de fornecer pneus à F1 em 2014, caso a Pirelli não renove contrato com a FIA (Federação Internacional de Automobilismo).

Na avaliação de Michael Eckert, engenheiro de competições da Hankook para o DTM, é tarde demais para considerar um ingresso na categoria. A falta de testes também dificulta o processo de entrada.
“Para 2014, é completamente impossível, não apenas pela falta de tempo para desenvolver os pneus”, disse o engenheiro, em entrevista à publicação inglesa “Autosport”.

“Mesmo se a Hankook levasse três, quatro ou cinco anos para entrar na F1 como fornecedora, a falta de testes tornaria [seu ingresso] impossível. Por isso, você precisa encontrar um número adequado de veículos e competidores que lhe retornem um feedback de confiança.”
Outro ponto destacado por Eckert foram as dúvidas sobre o regulamento de pneus para o ano que vem. “Mesmo se começássemos este ano com o primeiro teste de pneus, demoraríamos três temporadas até fecharmos um pneu de F1 seguro e rentável”, declarou.
“As regras também estão mudando: motor, chassi, aerodinâmica… Ninguém conhece sequer as dimensões dos pneus para 2014. Não há 100% de certeza que eles continuarão com pneus de 13 polegadas. Pode ser 15 ou até 17. Nos próximos cinco anos, os carros de F1 podem ter pneus de 18 polegadas.”
Hankook fornece pneus ao DTM desde 2011 (Foto: DTM/Divulgação)
Hankook fornece pneus ao DTM desde 2011 (Foto: DTM/Divulgação)
Fundada em 1941, a Hankook pretende manter sua expansão no automobilismo. Nos últimos anos, a fabricante acrescentou DTM e F3 Europeia ao seu portfólio, além de categorias menores como Auto GP e Superstars Series. Segundo Eckert, a F1, a longo prazo, permanece como opção.
“A F1 não precisa ser obrigatoriamente o objetivo final. Do ponto de vista da engenharia, a F1 é o maior desafio, mas pelo financeiro, é um investimento enorme. Você tem que ficar pronto em todos os aspectos na empresa, não apenas em termos de pneus, mas em infraestrutura de logística”, argumentou.
“Atualmente, toda a produção dos pneus fica na Coreia do Sul e ter uma base europeia, como a Pirelli o faz na Turquia, de grande ajuda. Não estamos prontos para entrar na F1 em 2014, não é nossa meta em curto prazo. Mas vamos acompanhar e estamos interessados em novas oportunidades do ponto de vista comercial, e também da imagem da marca, para entrar em novos mercados.”
Participe! Deixe aqui seu comentário. Obrigado!
Disponível no(a):http://tazio.uol.com.br

Nenhum comentário: