Você que é leitor assíduo sabe foi o primeiro a saber que o novo Corolla nacional seguirá o design do europeu. Antes disso, já havíamos adiantado até a data de lançamento no Brasil, que será em março de 2014.
Mas um carro como esse Toyota gera tanta expectativa que resolvemos responder às principais perguntas que temos recebido sobre o modelo desde que a marca apresentou sua nova geração nos EUA e na Europa. A seguir, confira tudo que é possível adiantar sobre o projeto até que possamos dirigi-lo no próximo ano.
Por que teremos a versão europeia?
Na verdade, apenas os EUA é que terão uma versão com design diferente e acabamento mais simples. Os demais mercados serão contemplados com a versão apresentada na Europa. Isso porque nos EUA o Corolla atende a um público mais jovem e atua praticamente no segmento de entrada, enquanto aqui no Brasil (e em outros países) o sedã é visto como um sedã médio mais refinado. É basicamente o que acontece com o Camry, irmão maior do Corolla, que também possui uma versão exclusiva para os norte-americanos. Em termos estéticos, o Corolla europeu tem grade que se integra ao desenho dos faróis e para-choques exclusivos, além de lanternas mais longas e grossas do que as do modelo dos EUA.
Ficou mais espaçoso?
Sim, o Corolla cresceu por fora e, principalmente por dentro. A décima primeira geração está 8 cm mais longa, 1,5 cm mais larga e com significativos 10 cm extras de entre-eixos – num total de 4,62 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,45 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Além da carroceria maior, a Toyota deixou os encostos dos bancos dianteiros mais finos, resolvendo de vez o problema de espaço para as pernas no banco traseiro. Quem já teve acesso carro diz que não se encosta mais os joelhos no banco da frente, mesmo que estes estejam totalmente recuados para trás. O porta-malas, por sua vez, é visualmente maior que o atual (470 litros), mas a marca ainda não divulgou a capacidade do novo compartimento. O que sabemos é que os braços da tampa continuam invadindo o espaço das bagagens.
Terá melhor acabamento?
Para ter uma ideia do que esperar do Corolla em termos de acabamento e materiais, sugiro conhecer o novo Rav4 numa concessionária mais próxima. O SUV antecipa muito do que o sedã vai trazer em termos de desenho do painel (bem horizontal), botões, volante e disposição dos comandos. Não há revestimento emborrachado no painel, mas a maioria das peças apresenta textura agradável ao toque. Os bancos serão de tecido escuro nas versões de entrada e couro nas mais caras.
Quais serão os motores e transmissões?
Segundo uma fonte interna da Toyota, mexer nos motores agora aumentaria muito o custo do projeto. Portanto, o que a Toyota está fazendo é construir uma fábrica em Porto Feliz (SP) para nacionalizar os atuais propulsores flex 1.8 e 2.0 VVTi (e 144 e 153 cv, respectivamente), além dos motores 1.3 e 1.5 do Etios. A nova unidade fica pronta em 2014. Por enquanto, o maior desafio da engenharia brasileira está sendo casar o motor 2.0 bicombustível com a nova transmissão automática CVT de sete marchas no modo manual. É o mesmo conjunto usado pelo Rav4 (embora no SUV o motor seja somente a gasolina), mas, segundo um informante ligado à Toyota, no Corolla o câmbio terá relações diferentes, para melhor desempenho. Já as versões 1.8 terão câmbio manual de seis marchas e devem manter a antiga caixa de quatro marchas no modelo automático. Mas, também de acordo com uma fonte da marca, o Corolla 2.0 deverá responder pela maioria esmagadora das vendas, em especial na versão intermediária XEi.
Será melhor de dirigir?
Se o Corolla 2.0 anda bem com o velho câmbio automático de quatro marchas, a nova geração com o CVT deverá ter ganhos substanciais em desempenho e também no consumo. Fora isso, a direção elétrica foi totalmente reprogramada, visando aumentar o “feeling” do volante e diminuir as vibrações, além de ficar mais direta. Já a carroceria utiliza uma estrutura monobloco mais rígida, com uso de aço de alta resistência em algumas partes e novos pontos de solda no chassi. A suspensão manteve o esquema McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, mas teve alguns componentes redesenhados em relação ao Corolla atual. Por fim, as molas foram calibradas para favorecer o conforto.
Será mais equipado?
A maior novidade em termos tecnológicos apresentada pelo modelo europeu é o assistente de estacionamento, que a nova geração do rival Ford Focus também terá. O sistema da Toyota é capaz de medir o espaço entre dois veículos (por meio de sensores nas laterais dos para-choques) e dizer se o Corolla caberá na vaga. Se couber, o recurso já esterçará o volante e o motorista, também auxiliado pela câmera de ré, terá apenas de controlar os pedais. Outra novidade é o controle de estabilidade com opção de modo esportivo, além do ar-condicionado digital de duas zonas e da partida por botão. O sistema multimídia deverá ser semelhante ao já oferecido hoje, com GPS e tela sensível ao toque. Resta saber como a Toyota brasileira montará as configurações das versões. Esperamos que as algumas das novidades não fiquem reservadas apenas ao modelo Altis top de linha. Estamos no aguardo!
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