Há algum tempo falamos sobre o primeiro Omega fabricado no Brasil: um GLS azul que saiu da linha de produção em 1992, e hoje pertence ao Omega Clube.
Acontece que, naquele mesmo ano, um ícone precisou deixar de ser fabricado para dar lugar ao Omega: o Opala. E este é o último de todos. Diferente do que se poderia pensar, contudo, o último Opala fabricado no Brasil não foi tratado de maneira especial. Veja o que aconteceu com ele em seus 21 anos.
O Opala foi o primeiro carro fabricado pela marca no país, e conquistou pelo menos três gerações diferentes por seu visual, desempenho e, acima de tudo, carisma.
Os últimos 100 Opala vendidos ao público formaram a série “Collector”, e acompanhavam alguns itens especiais (como uma pasta de couro com certificado). A ideia, obviamente, era preservar uma unidade desta série de despedida, mas nem mesmo a Chevrolet esperava que estes carros especiais fossem vendidos tão rápido, e para poder guardar um deles foi necessário fabricar um Diplomata SE “comum”.
Encerradas as comemorações, o carro — que havia recebido a placa especial “CTH-1992″ — foi guardado na oficina da fábrica. E por lá ficou, sem uso e sem cuidados especiais — servindo como doador de peças para quando era os clientes especiais precisavam de atendimento rápido. Resultado: quase todas as peças de acabamento interno foram retiradas, e embora a ideia fosse substituí-las à medida em que as sobressalentes chegassem isso nunca aconteceu. Forrações das portas, do teto e até o banco foram retirados. Ao menos a parte mecânica foi mantida em funcionamento e intocada.
Dez anos depois, a Chevrolet firmou uma parceria com o extinto Museu de Tecnologia da Ulbra, na qual cedeu todo seu acervo — reunido desde 1996 — para exposição. O acordo previa que o Opala fosse restaurado nos padrões originais, porém os persistentes problemas financeiros do museu (que o levaram à falência e fechamento em 2009) impediram a restauração. Desta forma, em 2008 a Chevrolet resolveu tomar de volta os carros e leiloá-los. O Opala foi comprado pelo então vice-presidente da GM, José Pinheiro Neto, que decide restaurá-lo por conta própria.
No vídeo abaixo o ex-vice-presidente e atual consultor da Chevrolet conta alguns detalhes curiosos a respeito do Diplomata, em entrevista cedida ao AutoData. Assistam, pois vale a pena. É ótimo ver este carro em um estado muito melhor do que nas fotos.
Por sorte, no porta-malas do carro estavam vários itens de acabamento que seriam usados na restauração. Os que faltavam foram garimpados e, dois anos depois, o Opala foi entregue ao novo proprietário totalmente restaurado, que sempre que pode leva o carro para um passeio — afinal, carros foram feitos para rodar, ainda mais um carro como este.
Talvez o Opala não seja tão avançado quanto o seu sucessor, o Omega, mas certamente em termos de carisma poucos carros nacionais o superam.
[Fonte: Metropolitano Opala Clube]
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