Reestilização do Grand Cherokee embala a Jeep na briga com rivais mais luxuosos
por Michael Figueredo
Auto Press
Depois de ser comprada pela Fiat, a Chrysler percebeu que precisava deixar os utilitários da Jeep mais adaptados ao jeitão europeu. Ou seja, menos “brutalidade” e mais conforto e sofisticação. A atual geração do Grand Cherokee é um bom exemplo disso. Ela já trazia algunas elementos antes inimagináveis para um SUV norte-americano.
E tal tendência foi
valorizada ainda mais no recente face-lift mostrado no Salão de Detroit,
no início deste ano – ainda indisponível no Brasil. Além de renovar o
visual do utilitário, a renovação ainda aumentou o conteúdo e atualizou a
linha de motores do modelo de maior volume de vendas da marca.por Michael Figueredo
Auto Press
Depois de ser comprada pela Fiat, a Chrysler percebeu que precisava deixar os utilitários da Jeep mais adaptados ao jeitão europeu. Ou seja, menos “brutalidade” e mais conforto e sofisticação. A atual geração do Grand Cherokee é um bom exemplo disso. Ela já trazia algunas elementos antes inimagináveis para um SUV norte-americano.
Na cabine, o aporte de tecnologia foi bem claro. No lugar do painel, a fabricante colocou uma tela LCD de sete polegadas, que emula os mostradores convencionais. Na versão testada, a Overland, a lista de equipamentos de série inclui a central de infoentretenimento UConnect, com conexões USB/Bluetooth/iPod, que conta também com navegador integrado com tráfego atualizado em tempo real e é comandado por uma tela sensível ao toque de 8,4 polegadas. Além disso, traz sistema de som com nove alto-falantes, ar-condicionado digital dual zone, partida sem chave, rodas de liga leve de 20 polegadas, tração 4X4, pneus reforçados com kevlar e suspensão regulável a ar.
A plataforma – legado dos tempos de Daimler-Chrysler e usada em modelos como o Mercedes-Benz ML – permite que o Grand Cherokee explore bastante o espaço interno. E a influência europeia da Fiat também resultou em mais sofisticação no interior do Grand Cherokee. Assentos, volante, e forros das portas e do teto são revestidos em couro e têm frisos em madeira.
Como em qualquer face-lift, as mudanças externas – por mais simples que sejam – são de extrema importância. Ainda mais para um modelo que pretende encarar rivais como BMW X5, Audi Q7 e o Mercedes Classe M. Os leds passaram a ser usados nas luzes diurnas e nas laternas traseiras. O grupo ótico dianteiro, por sinal, é semelhante ao do sedã 300C, da Chrysler. Já o perfil continua o mesmo.
O câmbio do Grand Cherokee também é novo. A Jeep introduziu uma transmissão automática de oito marchas, produzida pela alemã ZF. De acordo com a marca norte-americana, o objetivo do câmbio é reduzir consumo e emissões. Toda a linha de motores que equipa o Grand Cherokee já atende à norma Euro 6. As opções disponíveis incluem um Pentastar V6 3.0 litros diesel de 241 cv e 56,0 kgfm de torque da versão testada e um V6 3.6 litros a gasolina de 290 cv de potência e 35,9 kgfm de torque. Há ainda duas versões especiais. A Summit, equipada com um V8 5.7 litros a gasolina, e a SRT8, com um V8 de 6.4 litros.
Não existe uma previsão oficial da Chrysler para a chegada do novo Grand Cherokee ao Brasil. Aqui, o modelo, ainda sem o face-lift, ganhou recentemente uma opção com motor diesel. Mas a estimativa é de que até 2014 o renovado utilitário esteja em solo nacional. Na Europa, o SUV custa 61.700 euros, o equivalente a R$ 163 mil. O modelo vendido atualmente no Brasil custa R$ 219.900.
Primeiras impressões
Vigoroso requinte
por Carlo Valente
do InfoMotori/Itália
Sicília/Itália – Conviver com o Grand Cherokee durante dois dias na bela região da Sicília foi inspirador. Até porque o local permitia apreciar tanto na estrada quanto fora dela. E a impressão mais marcante deixada pelo novo utilitário foi a de conforto e segurança. Muito graças à transmissão ZF de oito velocidades, que facilita consideravelmente a vida do motorista, além de melhorar as relações de força em baixos giros. As trocas ficaram muito mais rápidas e suaves, enquanto a sensação de robustez na dirigibilidade aumentou.
O Jeep Grand Cherokee continua com o jeito norte-americano de ser, imponente pelo lado de fora. Mas alguns detalhes estéticos o deixam mais elegante, próximo até do estilo europeu. Por dentro, porém, luxo por toda parte. A mistura de couro e madeira cativa à primeira vista. Os equipamentos também são bastante funcionais.
Enquanto na estrada o rodar é o mais suave possível, no “off-road”, em terrenos acidentados e com inclinações consideráveis, o Grand Cherokee revelou sua “alma de guerreiro”. Com a grande ajuda dos dispositivos eletrônicos – e certa dose de cautela –, a vida fora da estrada é bastante simples de enfrentar.
Ficha técnica
Jeep Grand Cherokee 3.0 CRD
Motor: Diesel, dianteiro, longitudinal, 2.987 cm³, seis cilindros em V, quatro válvulas por cilindro e duplo comando de válvulas no cabeçote. Injeção Common Rail e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automático com oito marchas à frente e uma a ré. Tração integral permanente com reduzida por botão. Oferece controle de tração.
Potência máxima: 241 cv a 4 mil rpm.
Torque máximo: 56,0 kgfm entre 1.800 e 2.800 rpm.
Aceleração de zero a 100 km/h: 8,2 segundos.
Velocidade máxima: 202 km/h.
Diâmetro e curso: 83,0 mm X 92,0 mm. Taxa de compressão: 16,5:1. Suspensão: Dianteira independente com braços curtos, molas helicoidais, amortecedores a gás, barra estabilizadora e braços de controle inferior e superior. Traseira independente do tipo Multilink com molas helicoidais, amortecedores a gás, braço de controle inferior e superior. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 265/60 R18.
Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD.
Carroceria: Utilitário esportivo montado em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 4,82 metros de comprimento, 1,94 m de largura, 1,76 m de altura e 2,91 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, de cortina e de joelho para o motorista de série.
Peso: 2.211 kg.
Altura mínima do solo: 21,8 cm.
Ângulo de ataque: 26,3º.
Ângulo de saída: 26,5º.
Capacidade do porta-malas: de 457 a 1.554 litros.
Tanque de combustível: 93,1 litros.
Produção: Detroit, Estados Unidos.
Lançamento: 2013.
Itens de série: Ar-condicionado dual zone, sete airbags, ajuste automático de altura do facho dos faróis, ajustes lombares para os bancos dianteiros, bancos dianteiros com ajustes elétricos e aquecidos, câmara de ré, coluna de direção com ajustes elétricos, controle de tração e estabilidade, controle de velocidade em descidas, faróis bi-xenônio, sensor de luminosidade, acabamento interno em couro, sensor de chuva, monitor de pressão dos pneus, sistema de entretenimento com tela de 8,4 polegadas e HD interno de 30 GB e tela traseira de 10 polegadas, navegador GPS com informações de tráfego, trio elétrico, teto solar elétrico, volante revestido em couro com comandos do áudio, cruise control, rodas de liga leve de 20 polegadas.
Preço: 61.700 euros, equivalente a R$ 163 mil.
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Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br
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