Segundo militares, área contém diversos tipos de artefatos e pode demorar até 18 anos para ser descontaminada; autoridades já cogitam mudança de local
O terreno cedido pelo Ministério da Defesa ao Ministério do
Esporte para a construção do novo autódromo do Rio de Janeiro, na região
de Deodoro, pode não ser mais usado para este fim. O motivo é a suspeita da presença de minas terrestres no local,
já que, durante 60 anos, ele foi usado como centro de instrução
militar.
Em junho de 2011, um membro da Escola de Sargentos de Logística morreu e outras dez pessoas ficaram feridas em uma explosão até hoje não esclarecida em um acampamento na área.
Segundo estimativas da Associação Nacional dos Reservistas, um espaço como aquele pode demorar até 18 anos para ser totalmente descontaminado. O capital Teotônio Toscano defende que nenhuma obra seja executada naquele ponto enquanto isso, dado o risco da ocorrência de novos acidentes. “Ali é uma região muito perigosa. Tudo o que tem ali é classificado como artefato não detonado, então é um local de risco máximo”, declarou, em entrevista à rádio “CBN”.
“É realmente muito perigoso começar uma obra de um autódromo em que você vai entrar com bate-estaca e retroescavadeira, sem que esteja com absoluta certeza de que você está com o campo limpo para poder fazer isso”, insistiu.
O secretário da casa civil do governo estadual do Rio, Regis Fichter, admitiu que as autoridades já estudam a possibilidade de procurar um novo local caso o problema não seja solucionado. “Se a questão não for resolvida, vamos buscar outro terreno. A obra não pode colocar em risco os operários e o público. Vamos exigir um atestado, uma comprovação de que aquela área está totalmente livre de risco para qualquer pessoa, qualquer competidor”, disse ao site “Globoesporte.com”.
A declaração foi dada pouco antes da sessão publica que divulgou notas técnicas a respeito dos consórcios de licitação do Complexo Esportivo de Deodoro, região oeste da capital, para os Jogos Olímpicos de 2016. Com isso, a licitação do circuito, antes prevista para ocorrer em junho, não será realizada até que o Exército dê as garantias necessárias de que o local já foi totalmente descontaminado.
Segundo reportagem da “CBN”, os militares já encontraram diversos artefatos explosivos no terreno. Além das minas, também constavam petardos, detonadores carregados e granadas de estilhaço. Os técnicos alegam que existe a chance de haver outros itens enterrados a mais de 30 centímetros do chão, profundidade máxima de alcance dos detectores utilizados nas buscas.
Ao “Globoesporte.com”, o presidente da CBA, Cleyton Pinteiro, demonstrou esperanças de que a área possa ser entregue para a construção da nova praça conforme o previsto, já que ainda não existe uma alternativa caso o projeto original não saia do papel.
“Eu continuo acreditando na construção do autódromo em Deodoro. O Comando Militar do Leste garantiu que ia descontaminar a área. Se eles assumiram, eu acredito. Até que provem o contrário, a palavra deles é maior do que qualquer outra. O Exército Brasileiro tem capacidade de fazer isso plenamente. Se não tiverem condição de descontaminar a área, será o caos. Vou me reunir com o CML para receber esclarecimentos sobre a situação e definir como proceder. Não temos plano B, não conversamos sobre outros terrenos até o momento”, reconheceu.
A construção da pista em Deodoro foi contrapartida dos governos federal e estadual para a destruição total do Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, tradicional palco de corridas de F1, Indy e MotoGP que foi demolido para dar lugar ao Parque olímpico.
Segundo a CBA, há um documento oficial no qual as autoridades se comprometiam a dar fim definitivo ao circuito original apenas quando o segundo já estvesse pronto. Contudo, a confederação atendeu aos apelos do poder público e permitiu que as obras seguissem adiante, mesmo com o descumprimento dos prazos e adiamento constante da construção do autódromo novo.
Em junho de 2011, um membro da Escola de Sargentos de Logística morreu e outras dez pessoas ficaram feridas em uma explosão até hoje não esclarecida em um acampamento na área.
Segundo estimativas da Associação Nacional dos Reservistas, um espaço como aquele pode demorar até 18 anos para ser totalmente descontaminado. O capital Teotônio Toscano defende que nenhuma obra seja executada naquele ponto enquanto isso, dado o risco da ocorrência de novos acidentes. “Ali é uma região muito perigosa. Tudo o que tem ali é classificado como artefato não detonado, então é um local de risco máximo”, declarou, em entrevista à rádio “CBN”.
“É realmente muito perigoso começar uma obra de um autódromo em que você vai entrar com bate-estaca e retroescavadeira, sem que esteja com absoluta certeza de que você está com o campo limpo para poder fazer isso”, insistiu.
O secretário da casa civil do governo estadual do Rio, Regis Fichter, admitiu que as autoridades já estudam a possibilidade de procurar um novo local caso o problema não seja solucionado. “Se a questão não for resolvida, vamos buscar outro terreno. A obra não pode colocar em risco os operários e o público. Vamos exigir um atestado, uma comprovação de que aquela área está totalmente livre de risco para qualquer pessoa, qualquer competidor”, disse ao site “Globoesporte.com”.
A declaração foi dada pouco antes da sessão publica que divulgou notas técnicas a respeito dos consórcios de licitação do Complexo Esportivo de Deodoro, região oeste da capital, para os Jogos Olímpicos de 2016. Com isso, a licitação do circuito, antes prevista para ocorrer em junho, não será realizada até que o Exército dê as garantias necessárias de que o local já foi totalmente descontaminado.
Segundo reportagem da “CBN”, os militares já encontraram diversos artefatos explosivos no terreno. Além das minas, também constavam petardos, detonadores carregados e granadas de estilhaço. Os técnicos alegam que existe a chance de haver outros itens enterrados a mais de 30 centímetros do chão, profundidade máxima de alcance dos detectores utilizados nas buscas.
Ao “Globoesporte.com”, o presidente da CBA, Cleyton Pinteiro, demonstrou esperanças de que a área possa ser entregue para a construção da nova praça conforme o previsto, já que ainda não existe uma alternativa caso o projeto original não saia do papel.
“Eu continuo acreditando na construção do autódromo em Deodoro. O Comando Militar do Leste garantiu que ia descontaminar a área. Se eles assumiram, eu acredito. Até que provem o contrário, a palavra deles é maior do que qualquer outra. O Exército Brasileiro tem capacidade de fazer isso plenamente. Se não tiverem condição de descontaminar a área, será o caos. Vou me reunir com o CML para receber esclarecimentos sobre a situação e definir como proceder. Não temos plano B, não conversamos sobre outros terrenos até o momento”, reconheceu.
A construção da pista em Deodoro foi contrapartida dos governos federal e estadual para a destruição total do Autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, tradicional palco de corridas de F1, Indy e MotoGP que foi demolido para dar lugar ao Parque olímpico.
Segundo a CBA, há um documento oficial no qual as autoridades se comprometiam a dar fim definitivo ao circuito original apenas quando o segundo já estvesse pronto. Contudo, a confederação atendeu aos apelos do poder público e permitiu que as obras seguissem adiante, mesmo com o descumprimento dos prazos e adiamento constante da construção do autódromo novo.
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