17 de abr. de 2013

Teste: Dodge Charger - Idade da razão

Fotos: Divulgação
Teste: Dodge Charger - Idade da razão
Lendário Dodge Charger se torna um esportivo “maduro”

O Dodge Charger é um clássico. A primeira geração do cupê, lançada em 1966 nos Estados Unidos, foi um dos “muscle cars” mais famosos e icônicos de sua época – com direito até a aparições em séries de TV e nos cinemas.
Mas o tempo passa para todos. “Renascido” em 2006 como um mais sensato sedã, ele ganhou em 2011 uma segunda geração que parece atingir agora o seu momento de maior maturidade. Nos mercados em que é vendido, o modelo passa agora a incorporar uma eficiente dupla que já faz sucesso em outros tantos veículos mais “sociais” do Grupo Chrysler: o motor V6 Pentastar e a transmissão automática de oito velocidades. Consciência ecológica e mercadológica que certamente passaram longe do “ilustre” General Lee, o Charger laranja usado pelos primos Duke na clássica série “Os Gatões”, da década de 1970.

No Brasil, o nome Charger também é famoso. Entretanto, por outras razões. Entre 1971 e 1980, ele foi usado pela Chrysler brasileira para nomear a versão “esportiva” do nacional Dodge Dart. As modificações passavam pela parte estética – como pintura exclusiva com faixas, rodas maiores e teto de vinil de outra cor – e passavam até pela alimentação do motor que rendia 215 cv contra 198 cv do Dart tradicional. Por aqui, o Charger “original” nunca foi vendido oficialmente – apenas por importadoras independentes. Algo que pode mudar nos próximos anos. A Chrysler estuda trazer oficialmente o esportivo, mas apenas em sua variante topo de linha, a SRT8 com um imenso V8 de 476 cv.



A configuração testada é mais modesta esportivamente. Ela traz sob o capô o V6 3.6 Pentastar de 292 cv a 6.350 rpm e torque máximo de 35,6 kgfm a 4.800 rotações. A transmissão é produzida pela alemã ZF e está até em carros da BMW e Jaguar. Com 1.812 kg “nas costas”, o conjunto leva o sedã até 100 km/h na casa dos 6 segundos – não há números oficiais de performance.

Em termos de equipamento, a versão intermediária do Charger, exatamente a equipada com o V6 Pentastar, traz ar-condicionado dual zone, keyless, assentos dianteiros com ajustes elétricos e aquecidos, revestimento em couro, sistema de som com tela sensível ao toque de 8,4 polegadas e alto-falantes Alpine. Na parte de segurança, o veículo traz ABS, controles de estabilidade e tração, monitor de pressão dos pneus e câmara de ré. Nos Estados Unidos, seu principal mercado, o Charger fica em US$ 28.795, ou R$ 57,5 mil.



Primeiras impressões

Essência musculosa


Cidade do México/México – O Charger é um carro divertido de se conduzir logo a partir da primeira pisada no acelerador. O som do motor é alto e entusiasmante. O V6 responde bem e faz um ótimo trabalho para mover os pouco modestos 1.812 kg do sedã. Em nenhum momento há falta de força ou preguiça.

A sensação da direção e da suspensão são muito diretas e transformam o sedã Charger em um esportivo realmente viciante. Ao contornar curvas, a aderência sempre está presente e mesmo com a tração traseira, quase não há sobreesterço.

O trabalho da transmissão é muito suave, com mudanças precisas. O sistema funciona bem em conjunto com o motor e não recorre a grandes “esticadas” para tirar o torque máximo do propulsor. Outro ponto a se destacar é o consumo, superior a 10 km/l de gasolina.



A posição de condução é ajustável e se adapta tanto a quem gosta de ficar próximo ao chão quanto a quem prefere ter uma melhor visibilidade do trânsito à sua frente. Em qualquer um dos casos, o Charger se mostra um carro ergonômico com todos os comandos à mão. Um dos únicos pontos negativos é o freio de estacionamento acionado por pedal – um lugar antigo e pouco intuitivo.

Em suma, apesar de ter ficado mais maduro, o Charger não perdeu a sua essência de carro norte-americano. Se tivesse mais características de modelos europeus talvez perdesse tanto o seu caráter que se tornaria um carro pior.

Ficha técnica

Dodge Charger 3.6 V6 Pentastar

Motor:
A gasolina, dianteiro, longitudinal, 3.604 cm³, seis cilindros em V, quatro válvulas por cilindro, duplo comando e sistema de abertura variável de válvulas. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automático com oito marchas à frente e uma a ré. Tração traseira. Oferece controle de tração.
Potência máxima: 292 cv a 6.350 rpm.
Torque máximo: 35,6 kgfm a 4.800 rpm.
Diâmetro e curso: 36,0 mm X 83,0 mm. Taxa de compressão: 10,2:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo double wishbone. Traseira independente do tipo five links. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série.
Pneus: 215/65 R17.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD.
Carroceria: Sedã em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 5,07 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,49 m de altura e 3,05 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série.
Peso: 1.812 kg.
Capacidade do porta-malas: 467 litros.
Tanque de combustível: 84 litros.
Produção: Brampton, Canadá.
Lançamento mundial: 2011.
Itens de série: Ar-condicionado dual zone, keyless, assentos dianteiros com ajustes elétricos e aquecidos, revestimento em couro, sistema de som com tela sensível ao toque de 8,4 polegadas com seis alto-falantes da Alpine, ABS, controles de estabilidade e tração, monitor de pressão dos pneus, câmara de ré e airbags frontais, laterais e de cortina.
Preço: US$ 28.795, equivalente a R$ 57,5 mil.








Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br

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