Alemã

A escola de design da padronização exagerada. Audi, BMW, Mercede-Benz, Porsche e Volkswagen fazem parte deste clã e fica evidente que todos os seus modelos são esteticamente praticamente idênticos. Um Gol conta com a parte frontal que pode ser facilmente confundida com Fox, Polo europeu, Sharan e até mesmo com o mais caro Passat. Pergunte a alguém não 100% interado no mundo automotivo se consegue identificar qual modelo da Audi ou BMW é sem olhar o nome na traseira, dificilmente conseguirá diferenciar um A6 de um A4 ou ainda mais uma Série 3 e uma Série 5 (principalmente visto de traseira). O design vindo da Alemanha conta com linhas retas e sem exageros, traços limpos, algo feito para permanecer agradável por mais que as tendências mudem e o tempo passe. Um Porsche 911 mantém muitas linhas do primeiro modelo, mas mesmo assim trás modernidade ao desenho. Manter o design irretocável é o prato principal da cozinha alemã.
Francesa

Escargot e foie gras, são belos exemplos da ousadia culinária francesa, na culinária automotiva também temos belos exemplos desta ousadia (principalmente pelas mãos da Citroën). Os franceses apostam em um visual mais futurista e ao mesmo tempo extremamente elegante: Clio IV, DS5 e 3008 são os representantes deste diferencial vindo da terra de Napoleão. Alguém conseguiria explicar o quão esquisitamente maravilhoso é o finado Citroën C6? Ou a que categoria pertence à obra de arte denominada DS5? Ou até o porquê um modelo tão pequeno como o 1007 tem portas corrediças? Ousadia francesa e vontade de inovar esta é a resposta, para desfilar sua beleza e desafiar o lógico, como o mito Bugatti Veyron. O prato principal da França tem um gosto peculiar: mistura elegância com vontade de ousar aliado a linhas futuristas,e este prato é servido com muita vontade.
Italiana

Aquele prato que “enche” os olhos, que te faz delirar só de ver, pois bem, esta é a culinária automotiva vinda da Itália. Alguns nomes já causam arrepios nos petrolheads: Ferrari, Lamborghini, Maserati. Um mito entre os amantes de automóveis diz o mito que é praticamente impossível existir um Alfa Romeo feio (sim, a marca cometeu alguns erros, mas sempre compensava em outros modelos), 4C e 8C Competizione são carros tão belos quanto a mais valiosa obra de arte. Além disso os italianos são especialistas em carros pequenos, como o icônico 500. Com exceção da Lamborghini que abusa das linhas retas e moldadas na navalha – algo que da personalidade própria à marca e também muita beleza – os outros italianos (que pertencem a Fiat) se apoiam nas curvas harmoniosas que fazem os olhos deslizarem. Os italianos ficam com a sobremesa, que é a mais vistosa e deliciosa até de ser vista.
Britânica

A culinária automotiva britânica passou por diversas fazes.
Seu início era dominado por curvas belíssimas e estonteantes – Jaguar E-Type e
o Morris Garage MGA estão ai para provar. Outrora passada por uma fase de
descrição no design, chegando a ser sem graça enquanto eram
comandadas por
grandes empresas internacionais. Hoje em dia temos apenas as cinco
representantes da rainha:
Land Rover com suas linhas quadradas provocantes e belas, graças ao
“efeito
Evoque”; Jaguar que seguiu por uma inédita ousadia com linhas curvas
dignas do antigo E-Type após o surgimento do XF e agora com o belíssimo
F-Type; MG que
em seus carros apresenta um design muito mais ousado e do que antes,hora
acerta (MG Icon e MG5), hora erra feio; e a MINI que repete a mesma
fórmula de
sucesso em todos os seus modelos com um agradável design retro; e por
último a Aston Martin que conta com linhas curvas de deliciar os olhos,
mas que mantém o mesmo padrão de design quase idêntico em todos os
carros, algo como os alemães fazem.
Americana

Aqui
a brutalidade se encontra na motorização e no tamanho: os americanos sempre
foram famosos por seus motores V8 e “carros barca”, hoje em dia esta influência
permanece em seus modelos de maneira diferenciada, seguindo por um estilo
quadrado e retilíneo: Malibu, o antigo Fusion, 300C, Charger são as provas do
estilo favorito do tio Sam. A especialidade da casa e exclusividade, são os
muscle cars: coupés grandes, quadrados, com referências extremamente retrô e com enormes motores V6 e V8
representados pelo eterno trio Camaro, Mustang e Challenger. A culinária aqui é
baseada no Fast-Food, assim como os carros tipicamente americanos: grandes,
pesados, mas visualmente irresistíveis e com um ótimo molho especial vindo dos
motores fortes nos modelos tipicamente americanos.
Japonesa

Os
japoneses são conhecidos pela sua fama de inquebráveis e por seu desenho um
tanto quanto sem sal na maioria dos casos. Hoje em dia algumas montadoras estão se diferenciando e
caminhando por um estilo mais ousado e diferenciado (Honda e Subaru) enquanto
outras estão tentando se diferenciar, mas o estilo não parece aliado com as
tendências atuais (Suzuki e Toyota). Um grande diferencial da casa segue o
estilo pequeno com muito conteúdo vindo do sushi: são os key cars. Estes
simpáticos modelos tem até 3.4m de comprimento e motores com até 64cv (sendo
até 0.66), geralmente são pequenas minivans, microjipes (o agora
brasileiro Jimny é um kei car no Japão) e até alguns mini esportivos como o Daihatsu Copen. O prato japonês é uma enorme mistura
agridoce, misturando pequenos modelos com estonteantes esportivos do calibre de
GT-R e GT86, passando por belos sedans como Avallon e Civic, sedans totalmente
sem graça como o Camry e mitos do rallye e eternos rivais: Impreza WRX STi e
Lancer Evolution.
Indiana

Aqui a receita é baseada no baixo custo. O grande mercado indiano fez com que fossem criadas quatro representantes
da indústria automotiva na Índia:TATA (atual dona de Land Rover e
Jaguar), Mahindra (dona da SsangYong) e Maruti que tem parceria nos modelos
Suzuki. No país é feito o carro mais barato do mundo, o TATA Nano, que não
obteve o sucesso esperado pela montadora justamente por seu baixo custo, porém
outras marcas também seguiram esta receita criando modelos de baixo custo:
Hyundai EON e Maruti Suzuki Alto 800. Outros modelos exóticos também fazem parte
da paisagem indiana, como a minivan Ertiga que conta com desenho
de um Suzuki Swift anabolizado, assim como o conterrâneo Mahindra Quanto que possui rodas
minúsculas para a proposta do carro. Apesar de possuírem modelos um tanto
quanto estranhos a Mahindra também reserva uma surpresa boa: o XUV 500, que
apesar de ser exótico no visual é um modelo que agrada pelas suas linhas,
principalmente quando comparado aos outros irmãos Mahindra.
Brasileira

Coreana

Antigamente
os modelos coreanos possuíam péssimo acabamento, construção pouco refinada e
design sem sal, atualmente a história é bem diferente, em
especial com Kia e Hyundai, hoje são
referência em qualidade, acabamento e design tentador, mas temos também a
conterrânea SsangYong que já está caminhando para chegar a este patamar.
Ousadia é a palavra no design: a Hyundai segue por um estilo cheio de
vincos,
volumes e diferenciais, como o design do Veloster, que apesar de ser o
carro
que mais sofre bullying no Brasil por conta de seu motor, apresenta um
design
belo e completamente ousado; a Kia conta com desenho mais retilíneo e
esportivo, porém sem abrir mão da ousadia que conquista o consumidor no
primeiro
olhar; a SsangYong está renovando sua linguagem de design e já
representa belos
exemplos da culinária coreana. O prato principal por aqui é a ousadia e
esportividade, além da diferenciação perante a concorrência e de
conseguir conquistar o consumidor pelo visual de primeira, um prato
servido
ao som de Gangnam Style.
Chinesa

Por
aqui a grande tendência é a cópia descarada de modelos consagrados no
mercado
internacional (até temos cópias do Palio e Siena por lá), contrastando
ao mesmo tempo com novos modelos com design próprio e até promessas de
novos carros que
podem se tornar referências em design. Aos poucos os chineses podem
chegar ao patamar
das atuais montadoras internacionais com produtos de qualidade e desenho
próprio, processo
também percorrido pelos japoneses e coreanos, mas com isso muitas marcas
serão
sacrificadas e muitos modelos terão que deixar de existir. Na china
encontramos
desde automóveis simpáticos como o Chery QQ, modelos com belo design
próprio como
o JAC S5, até cópias dos sedans de ultra luxo da Rolls-Royce como o
Geely GE, inúmeras cópias
modificadas do Corolla, até cópias da BMW X5 e Toyota RAV4. O prato
chinês vem
com um pouco de cada culinária internacional, misturada e com menos
qualidade,
mas se preparem um dia eles contarão com o mesmo padrão das montadoras
internacionais a exemplo dos coreanos.
Disponível no(a):http://brigatodesign.blogspot.com.br
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