17 de abr. de 2013

Carros para sempre: conheça o legado esportivo do Fiat Uno


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O Uno chegou em 1984 para mudar a história da Fiat no Brasil. O best seller da Fiat que foi o responsável nos anos 90 pela consolidação da marca, deixou um legado de versões esportivas que são lembradas pelos entusiastas até hoje. Logo após o lançamento, chegava a versão SX e algum tempo depois o clássico 1.5R. Na sequencia veio o 1.6R e por último o Uno Turbo, lançado em 1994, que trouxe esportividade de verdade para o segmento.

Lançado mundialmente na famosa base espacial em Cabo Canaveral, Flórida, Estados Unidos em 1983, o Fiat Uno chegaria ao Brasil no fim do ano seguinte.
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Inicialmente, ele chegava nas versões S e CS, e seu destaque era o visual limpo e moderno, além do coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,36 muito bom para a época. E trazia novos conceitos: apenas um limpador de para-brisa, traseira com caída reta e maçanetas embutidas, tudo isso para favorecer a aerodinâmica.
No Fiat Uno brasileiro, a mecânica e o conceito de suspensão era herdada do Fiat 147, um pouco diferente do europeu, que adotava suspensão traseira por eixo de torção. Por esse motivo, o modelo brasileiro teve que alojar o estepe no compartimento do motor.
Os motores eram o 1.048 cm³ (1.050) a gasolina de 52 cv de potência e torque de 7,8 kgfm e o de 1.297 cm³ (1.300)  em duas versões: a gasolina, com 58,2 cv e torque de 10,0 kgfm e a álcool, com 59,7 cv e 10 kgfm.
SX
Em outubro de 1985 chegava a versão SX (Sport Experimental), primeira com apelo mais esportivo. Era identificada pelo para-choque dianteiro com spoiler incorporado e faróis de longo alcance, calotas integrais e molduras em preto fosco nos arcos dos para-lamas.
No interior, painel completo com conta-giros e manômetro de óleo, e volante de quatro raios. O SX tinha o mesmo motor de 1.3 do CS, mas com carburador de corpo duplo que entregava potência de 71,4 cv (na versão a álcool) ou 70 cv (no movido a gasolina) com torque máximo de 10,6 kgfm.
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1.5R
Mas a grande surpresa viria depois: o Uno 1.5R chegava em 1987 e trazia novo padrão de desempenho. O visual incluía tampa traseira em preto fosco, faixa preta lateral, pneus mais largos (5,5″) e calotas diferenciadas que pareciam disco de telefone. No interior visual mais atraente e bom nível de acabamento. Destaque para os cintos de segurança vermelhos e painel de instrumentos bem completo do antecessor SX, que possuía até check control (ainda raro na época).
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O 1.5R utilizava o mesmo motor 1.5 do recém lançado Fiat Premio. Feito na Argentina pela Sevel (associação entre Fiat e Peugeot), esse motor tinha funcionamento suave e subia facilmente de giros. Para o 1.5R ele ganhou nova carburação e comando mais bravo, elevando a potência máxima para 86 cv e torque de 12,9 kgfm (álcool). Essa versão “apimentada” apresentava melhor estabilidade, superou em aceleração o Escort XR3 1.6 e rivalizou bem com os outros concorrentes esportivos da época.
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1.6R
Em 1990, o 1.5R passa a se chamar 1.6R e recebe o motor Sevel 1.6 com potência de 84 cv a gasolina e 88 cv a álcool (ambas com torque máximo de 13,7 kgfm). O visual se mantinha o mesmo desde a última atualização do 1.5R em 1989. Posteriormente, em 1993 ele passava a contar com injeção eletrônica analógica e a potência subia para 92 cv e o torque para 13,0 kgfm, quando então passou a ser chamar Uno 1.6R MPi.
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Turbo i.e
Primeiro carro nacional com turbo de série, ele era equipado com um motor 1.4 (1.372 cm³). Importado da Itália, ele entregava 118 cv de potência e torque máximo de 17,5 kgfm. Com o bom motor aliado ao baixo peso de 975 kg, ele acelerava de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e alcançava velocidade máxima de 195 km/h. Na época, o Uno turbo estava no pódio dos carros nacionais mais rápidos desbancando o Gol GTi, Kadett GSi e Escort 2.0i XR3 tanto em aceleração quanto em velocidade máxima.
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O visual era ligeiramente modificado para o Brasil: para-choques mais elaborados, saia lateral e molduras de para-lamas exclusivos, e rodas de liga-leve aro 14″. Além disso ele contava com os cubos de freio herdados do Tempra, que por sua vez também ganharia versão turbo meses depois.
No interior também havia esportividade: volante de três raios, bancos envolventes e painel completo com velocímetro que marca até 240 km/h, e além disso havia manômetros de óleo e de turbo e termômetro de óleo.
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Carro de imagem da Fiat, era referência e objeto de desejo entre o público jovem. Um fato interessante na época foi a Fiat ter oferecido um curso de pilotagem aos primeiros proprietários do esportivo.
O Uno Turbo ficou no mercado até 1996. Ele deixou sua marca na história automotiva ao inaugurar o turbo de série e ser referência em desempenho à sua época, depois dele o Uno nunca mais teria uma versão esportiva de “verdade”.

Disponível no(a):http://carplace.virgula.uol.com.br/

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