Audi traz para o Brasil o TT RS, versão mais nervosa e potente do cupê
Quando surgiu, em 1998, o Audi TT tinha um apelo muito mais estético do que qualquer outra coisa. Mas, conforme o tempo passou, os rivais de Mercedes e BMW, SLK e Z3, foram se aprimorando na esportividade e a Audi decidiu que o TT também seguiria esta trilha.
Na atual segunda geração,
que chegou ao Brasil em 2007, o modelo já apresentava o câmbio de dupla
embreagem e uma construção mais voltada para a velocidade. Mas a coisa
só ficou séria mesmo em 2009, quando surgiu a versão RS. E é essa
configuração mais “explosiva” do cupê que chega com bastante atraso ao
Brasil, agora nos estertores da atual geração – a terceira é aguardada
para o Salão de Frankfurt, em setembro deste ano. Apesar disso, o preço
do modelo demonstra a vitalidade de um estreante: R$ 399 mil.Quando surgiu, em 1998, o Audi TT tinha um apelo muito mais estético do que qualquer outra coisa. Mas, conforme o tempo passou, os rivais de Mercedes e BMW, SLK e Z3, foram se aprimorando na esportividade e a Audi decidiu que o TT também seguiria esta trilha.
Seja como for, o TT RS é um legítimo integrante da linha mais “pura” da Audi. Ou seja: não economiza na esportividade. Tudo começa no motor, diferentemente de todos os TT atuais. É um 2.5 TFSI, usado por enquanto apenas no RS3 e no próprio TT RS. Com cinco cilindros, turbocompressor e injeção direta de gasolina, ele gera 340 cv entre 5.400 e 6.500 giros e torque máximo de 45,8 kgfm na longa faixa entre 1.600 e 5.300 rpm. A transmissão é mais conhecida. É a automatizada de dupla embreagem e sete marchas S-Tronic, adotada em praticamente toda a linha da Audi e da Volkswagen europeia. Como o carro não pesa nem 1,5 tonelada, a aceleração é impressionante. O zero a 100 km/h é feito em 4,3 segundos, enquanto a velocidade máxima é limitada aos 250 km/h.
Para aguentar tanta força, algumas alterações estruturais foram necessárias. As rodas e pneus são maiores para fornecer mais aderência. A suspensão é rebaixada em 10 mm e também recebe ajuste mais rígido. Os freios são maiores e melhores e o aerofólio passa a ser fixo. Por dentro, o TT RS ganha bancos concha, e alguns adereços estéticos.
Quem vê tanta “fúria” nem imagina como surgiu o TT em 1998. Criado como um “carro design”, o cupê tinha um desenho único para sua época. De fato, trouxe elementos estéticos interessantes e que ditaram tendência. Mas a esportividade passava longe. Quando foi apresentado, ele só tinha o motor 1.8 turbo como disponível com potência que variava entre 150 e 225 cv. A proposta de “desfilar” era tanta que, em velocidades muito altas, o TT perdia estabilidade – problema solucionado mais tarde com a adição de um aerofólio retrátil.
Na troca de geração de 2006, no entanto, a Audi resolveu valorizar o lado esportivo do TT. O modelo ficou mais moderno e passou a receber a tecnologia spaceframe, de moldagem de alumínio, em parte da estrutura. Dessa forma, o cupê ganhou construção coma dianteira em alumínio e bastante aço na traseira, que permitiu uma melhor distribuição de peso. Foi exatamente a partir daí que o TT foi incluído entre os modelos mais “agressivas” da Audi.
Primeiras impressões
Pequeno frasco
São Paulo/SP – A introdução de um trem de força tão competente parece cair como uma luva no TT. O cupê é relativamente pequeno e não fica “fora de sintonia” nas cidades. Algo comum aos grandes e indiscretos superesportivos. E apesar de não compartilhar deste ponto negativo, TT RS se aproxima dos demais esportivos no quesito mais importante: desempenho. O motor 2.5 TFSI é uma pequena obra-prima. A oferta de torque e potência chega a ser assustadora. Em qualquer faixa de giro há força para mover os 1.475 kg. Seja para sair do sinal ou para atingir velocidades impublicáveis, o propulsor parece ter enorme fôlego. Aliado com a excelente transmissão de dupla embreagem S-Tronic, ele se mostra um “bólido” dos mais capazes à venda.
Para acompanhar a capacidade de acelerar, a Audi fez algumas mudanças na maneira como o TT encara curvas. As rodas e pneus maiores são adições importantes que aumentam bastante a aderência. O mesmo acontece com a suspensão, ligeiramente rebaixada e extremamente mais rígida. E não há outra maneira de dizer: o TT RS é muito duro. Dependendo da estrada, dá para sentir a aspereza do asfalto através do volante – e da coluna do motorista. Ao menos, isso se traduz em uma estabilidade acima da média. O TT RS é um daqueles carros que dá para tirar as mãos do volante e acelerar com tudo que a trajetória continua reta. Culpa também da tração integral que divide igualmente a força para todas as rodas.
Em termos visuais, o RS explora bem as linhas harmoniosas do TT. A adição das belas rodas de 19 polegadas e do aeorofólio fixo tiram o cupê do sério. E ajudam a dar um aspecto agressivo ao carro que uma pisada funda no acelerador só ajuda a comprovar.
Ficha técnica
Audi TT RS
Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, 2.480 cm³, cinco cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbocompressor e comando duplo no cabeçote. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automatizado de dupla embreagem com sete velocidades à frente e uma a ré. Tração integral. Controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 340 cv entre 5.400 e 6.500 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 4,3 segundos.
Velocidade máxima: 250 km/h, limitada eletronicamente.
Torque máximo: 45,8 kgfm entre 1.600 e 5.300 rotações.
Diâmetro e curso: 82,5 mm X 92,8 mm. Taxa de compressão: 10,0:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços triangulares inferiores de alumínio, molas helicoidais, amortecedores magnéticos e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo Fourlink, com braços duplos sobrepostos em alumínio, molas helicoidais, amortecedores magnéticos e barra estabilizadora.
Pneus: 255/35 R19.
Freios: Discos ventilados na frente e atrás. ABS, EBD e assistente de frenagem de emergência.
Carroceria: Cupê em monobloco com duas portas e quatro lugares. Com 4,20 metros de comprimento, 1,85 metro de largura, 1,34 metro de altura e 2,47 metros de distância entre-eixos.
Peso: 1.475 kg.
Capacidade do porta-malas: 292 litros.
Tanque de combustível: 60 litros.
Produção: Gyor, Hungria.
Lançamento mundial da versão: 2009.
Lançamento no Brasil: 2013.
Itens de Série: Acabamento interno em alumínio escovado, volante e alavanca de câmbio em couro, bancos revestidos de couro Napa, bancos dianteiros com ajustes elétricos e do tipo concha, computador de bordo, cruise control, trio elétrico, retrovisor interno eletrocrômico, aerofólio traseiro fixo, rodas de liga leve de 19 polegadas, suspensão magnética, controle de tração e estabilidade, faróis bi-xenon, airbags frontais e laterais e rádio/bluetooth/USB com sistema Bose.
Preço: R$ 399 mil.
Disponível no(a):http://motordream.uol.com.br/
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