O Subaru WRX nunca foi muito antenado em estética – ao menos em proporção ao seu desempenho e à sua dinâmica. Sem grilo, porque ele é o tipo de carro que, uma vez que você se senta atrás do volante e começa a dirigir, o visual se torna irrelevante. É bom mesmo, porque o Impreza se tornou meio que um Corolla de tração integral, com entradas de ar no capô e aerofólio gigantesco.
Mas o Subaru WRX Concept veio para mudar o lado feio da história. Pegue o babador e prepare-se para se apaixonar.
Falo com propriedade, porque eu já tive um WRX. O meu era um 2008, um dos mais sem graça, que vieram antes de a Subaru resolver colocar alargadores de para-lamas ridículos que o fazem parecer inchado, e não agressivo.
Sinceramente, este não é nem um problema do WRX. O lance é com a Subaru. Eles fazem carros famosos por sua robustez, versatilidade e diversão ao volante, mas simplesmentes não são atraentes para qualquer um. Talvez o único Scoobie realmente bonito nos últimos anos tenha sido o Legacy de quarta geração. O resto é normal. O BRZ é bonitinho, mas não é o que eu chamaria de extraordinário.
Mas tudo mudou hoje no Salão de Nova York. Se alguma coisa do Subaru WRX Concept for parar na versão de produção, finalmente teremos um WRX que será tão bom de visual quanto (provavelmente) de adrenalina.
Ele é melhor do que o carro atual em muitos sentidos. Primeiro, parece ter sido feito do zero para ser um carro de rali nervoso, e não apenas um Impreza com um body kit (provavelmente porque ele foi – rumores indicam que o próximo WRX será uma espécie separada da linha Impreza). Ele lembra bastante o Advanced Tourer Concept de 2011, principalmente na frente. A linha do teto é bem mais baixa que a do WRX atual, dando a ele uma postura quase de cupê.
Agora, vou fazer uma constatação não muito científica, mas acredito que ele seja pelo menos tão longo quanto o carro atual, talvez um pouco mais longo. E ele também é perceptivelmente mais largo e baixo. As linhas do carro são muito mais fluidas pessoalmente do que nas fotos que vimos no começo da semana.
Os para-lamas são alargados, mas de um jeito mais caprichado e artístico do que em qualquer outro WRX anterior. Os dianteiros não são muito diferentes dos do WRX 2013, e têm os mesmos repetidores dos piscas.
De certa forma ele me lembra o EvoX, especialmente os difusores no para-choque traseiro. Gostamos muito das quatro saídas de escape proeminentes, montadas mais próximas das laterais. A tampa do porta-malas é meio carregada, mas não é feia. Notem a ausência de qualquer tipo de asa, seja uma peça discreta como as do WRX ou algo mais escandaloso como as do STI.
E então chegamos à dianteira. A grade hexagonal remete ao BRZ e outros Subaru modernos. Mas a nossa parte favorita foi a entrada de ar no capô. Ela finalmente parece ter sido feita para estar lá, é bem integrada ao capô e não improvisada. Também gostamos dos degraus na lateral do capô, ao lado do scoop.
Aqueles enormes respiros no para-choque nos trazem à mente o BMW 1M, e isto não é ruim de forma alguma. Outra coisa que gostamos: todos os detalhes em verde neon, até nas pinças dos freios, no emblema WRX e nas saídas do escapamento. É um toque bacana e complementa muito bem o azul da carroceria.
A Subaru acertou neste carro. Eles podiam simplemente meter um respiro no capô e alargar os paralamas de um Impreza atual e ficar de boa, mas em vez disso decidiram nos dar um conceito totalmente novo e empolgante feito do zero, e que dá ao WRX o visual que ele sempre mereceu.
Infelizmente, a Subaru não ofereceu detalhes do próximo WRX, e se limitou a dizer que esta é uma prévia do que “o futuro pode trazer”. Uma espécie de pesquisa de mercado sobre quatro rodas, talvez?
Será que vamos ver um hatch ou um cupê ao estilo do 22B? E o STI? Se esta for a base com a qual eles vão trabalhar, sentimos cheiro de coisa boa no ar.
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