17 de mar. de 2013

F-1:Ferrari volta à ponta dos construtores após 55 etapas


Felipe Massa à frente de Fernando Alonso, em Melbourne (Fonte: AP Photo/John Donegan)Felipe Massa à frente de Fernando Alonso, em Melbourne (Fonte: AP Photo/John Donegan)
 
Sim, sim, é muito cedo para se dizer que rumo o campeonato irá tomar, quem são os favoritos e claro que qualquer liderança neste momento vale alguma coisa para o restante da temporada. Mas o fato de a Ferrari sair de Melbourne na ponta do campeonato de construtores não deixa de ser algo interessante, principalmente se levarmos em conta o tempo que a equipe de Maranello ficou longe dessa posição.

A última vez que o time italiano saiu de uma corrida com a primeira colocação da classificação geral entre as equipes foi no GP da Malásia de 2010, terceira etapa daquele ano. Naquele momento, Felipe Massa era o líder entre os pilotos, com Fernando Alonso, recém-chegado à equipe, em segundo. Tudo perfeito (apesar de que aquele domingo, em específico, não ter sido bom, com o espanhol abandonando e o brasileiro terminando apenas em sétimo).
Desde então, passaram-se 55 corridas. 55 provas sem que a Ferrari assumisse novamente a liderança do campeonato de construtores, que se tornou uma disputa entre Red Bull e McLaren, sempre vencida pelos austríacos fabricantes de energéticos.
É um período muito grande para uma equipe do calibre da Ferrari. E mais estranho ainda se pensarmos que neste período, o time conquistou dois vice-campeonatos de pilotos e oito vitórias. O que pode ter causando então este hiato tão grande?
Uma primeira resposta logo surge à cabeça: os carros da equipe nos últimos anos realmente não foram dos melhores. Apesar de certa constância nos diferentes tipos de condições, faltou velocidade para os modelos fabricados pela equipe. Mas, mesmo assim, Alonso conseguiu triunfos importantes, liderou o campeonato de pilotos em vários momentos, e perdeu o título para Vettel em duas oportunidades apenas na etapa final.
A conclusão então fica mais simples: o fator Massa. Desde que liderou o campeonato por uma mísera corrida em 2010, o brasileiro foi inconstante, especialmente depois do jogo de equipe praticado pela Ferrari no GP da Alemanha daquela temporada, algumas etapas mais tarde.
O ano de 2011 foi ruim para o brasileiro e o início de 2012 ainda pior.  já destacamos  aqui, no final do ano passado, a virada que ele deu a partir de agosto. E se analisarmos bem, isso teve ume efeito direto no desempenho da Ferrari também no campeonato de construtores.
Ao final do GP da Europa da última temporada, corrida anterior ao início da recuperação de Massa, a Ferrari ocupava a quarta posição do campeonato de construtores e o brasileiro tinha feito apenas 9% dos pontos da equipe. 9%! Desde então, Felipe só não marcou pontos em uma prova, na Alemanha.
Ao final da temporada, o time do cavalinho rampante terminou na segunda posição entre as equipes e ele fechou o ano com uma pontuação que representou 30,5% do que a Ferrari marcou em 2012. Ou seja, este é o tamanho da diferença que faz para a equipe ter um segundo piloto competitivo. Diante disso, não dá para culpar os dirigentes se eles realmente pensaram em algum momento em substituir o paulista.
E o desempenho de Massa neste final de semana mostrou que a Ferrari começa a poder a voltar a contar com ele de forma mais regular. Agressivo, ficou à frente de Alonso no grid, andou em segundo na primeira parte da prova, e ficou em quarto, não brigando mais firme por um lugar no pódio mais por um erro de estratégia.
De qualquer forma, junto com o segundo lugar de Alonso, a Ferrari sai de Melbourne com 36 pontos, quatro à frente da Lotus e sete da Red Bull. Como expliquei no começo do texto, sim é muito cedo para qualquer previsão. Mas o mais importante para a equipe neste momento é que ela sabe que volta a ter dois pilotos fortes, algo essencial para se poder pensar em um título de construtores. E essa conquista vale alguns milhõezinhos a mais no orçamento da equipe.

Disponível no(a):tazio.uol.com.br

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