30 de jan. de 2013

Teste: Peugeot 301 - Sedã emergente

 Fotos: Divulgação
Teste: Peugeot 301 - Sedã emergente
Aposta da Peugeot para se firmar entre sedãs compactos, 301 acelera no México
 
por Michael Figueredo
Auto Press
Sempre que um carro é lançado com o objetivo de atender os mercados emergentes, a associação com o Brasil é inevitável. Com o Peugeot 301 não é diferente. Apresentado no último Salão de Paris, é bem provável que o modelo seja comercializado no mercado nacional. O três volumes é a aposta da empresa francesa para reescrever sua história no segmento dos sedãs compactos e apagar a opaca participação do Passion, a versão sedã do 207 brasileiro.
 
Para marcar a retomada, a Peugeot emprestou ao compacto elementos encontrados em seu sedã principal, o 508. Esteticamente, o 301 lembra exatamente uma versão menor do modelo topo da fabricante. As novas linhas, mais atraentes que as do Passion, o deixam em boas condições de enfrentar rivais comercializados no Brasil, como o Fiat Grand Siena, o Chevrolet Cobalt, Fiat Linea e o Nissan Versa, sedãs compactos com entre-eixos grande. No caso do 301, são 2,65 m separando o dianteiro do traseiro. As demais medidas são 4,44 m de comprimento, 1,78 m de largura e 1,46 m de altura, que resultam em um bom espaço interno.


Outro ponto que a Peugeot deu atenção para deixar o sedã compacto mais atraente é a lista de equipamentos e a tecnologia embarcada. No México, onde o novo modelo acaba de ser lançado, o 301 chega nas versões Active e Allure. Ambas são providas de sistema de climatização que inclui ar condicionado e aquecedor, botões para abertura do porta-malas e do tanque de combustível e conjunto de entretenimento com CD, MP3, USB, entrada auxiliar e conexão Bluetooth para celular.
 
O conjunto mecânico não apresenta muita novidade. Sob o capô, encontra-se o conhecido VTi 1.6 litro da PSA, atualizado apenas com um novo sistema variável de abertura de válvulas. Desta forma, o Peugeot 301 vendido no México dispõe de 115 cv a 6.050 rpm e 15,2 kgfm de torque, entregue às 4 mil rotações. Em outros mercados, há ainda outra versão a gasolina – 1.2 VTi, de 72 cv – e um diesel 1.6 HDi, de 92 cv. No Brasil, devem ser utilizados os propulsores 1.5 e 1.6 já adotados pela PSA Peugeot Citroën, com transmissão manual. Posteriormente poderá chegar a oferta de transmissão automática.

 
Primeiras impressões
 
Conforto compacto
 
 
Puerto Vallarta/México – A primeira impressão que se tem ao entrar no 301 é de que, de fato, o sedã é generoso em relação ao espaço interno. O tamanho do habitáculo é uma grata surpresa. Os ocupantes da frente têm espaço de sobra para ombros, joelhos e cabeças, tanto para o motorista quanto para o passageiro. No assento traseiro também não há apertos. Dois adultos se acomodam confortavelmente. Ao dar a partida, a impressão inicial também é boa. A direção elétrica valoriza o conforto do motorista. O 301 está longe de ser um esportivo, mas as respostas são surpreendentemente ágeis e equilibradas.

O contato inicial com o sedã se deu na calorosa cidade de Puerto Vallarta, no estado de Jalisco, e o percurso programado incluía estradas em excelentes condições, mesclada com trechos em péssima conservação e, em alguns momentos, sem asfalto. A boa notícia é que a suspensão, muito bem calibrada, cumpre seu papel com maestria e absorve a maioria das irregularidades da estrada. A sensação deixada foi de uma condução segura e confortável.



O design também merece destaque. As linhas são atraentes e, por dentro, o material escolhido dá a impressão de boa qualidade. Os encaixes são bastante justos e nada treme com o 301 e movimento. O isolamento acústico é eficiente, deixando quase nenhum ruído do motor invadir a cabine. Como trata-se de um carro familiar, um detalhe interessante é a capacidade do porta-malas, que leva 640 litros e, dependendo da configuração dos assentos, pode se expandir para 1.332 litros. Tamanho suficiente também para levar as expectativas da Peugeot de entrar com força no segmento dos sedãs compactos.
 
Ficha Técnica

Peugeot 301 VTi 1.6

Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.587 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas na admissão. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência máxima: 115 cv a 6.050 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 9,4 segundos.
Velocidade máxima: 188 km/h.
Torque máximo: 15,2 kgfm a 4 mil rpm com etanol e gasolina.
Diâmetro e curso: 78,5 x 82 mm. Taxa de compressão: 11,1:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira com barra de torção, molas helicoidais e amortecedores telescópicos hidráulicos. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 185/65 R15.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. 
Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,44 m de comprimento, 1,78 m de largura, 1,46 m de altura e 2,65 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais de série.
Peso: 1090 kg.
Capacidade do porta-malas: 640 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: Vigo, Espanha
Lançamento mundial: 2012.
Itens de série: Ar-condicionado automático, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, direção elétrica, trio elétrico, volante com regulagem de altura e profundidade, ESP, ABS, quatro airbags, EBA, rádio/MP3/USB/Bluetooth, sensores de estacionamento traseiros. 
Preço no México: US$ 16.126, o equivalente a R$ 32.735.


Fonte: Motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br/
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