19 de jan. de 2013

Primeiras impressões: Chevrolet Malibu 2013

2013 Chevrolet Malibu Eco  A General Motors diz que, "se tudo der certo", o novo Malibu chega ao Brasil no segundo semestre deste ano. O carro tem sido visto em testes pelo Brasil e deverá ser um dos três lançamentos que a montadora reserva para 2013 no mercado nacional.
A nova geração do sedã global, lançada no ano passado nos Estados Unidos, um de seus principais mercados, chegou com visual rejuvenescido e mais tecnologia, mas a concorrência também andou (e chegou mais cedo ao Brasil).
Um dos principais rivais, o Ford Fusion, mirou de vez o consumidor mais "antenado" com a tecnologia. É o público "jovem de coração", como diz a Mercedes-Benz, com R$ 100 mil para gastar em um carro, como descreveu a Ford, na época do lançamento do Fusion para o Brasil.
O fato é que, meses depois de lançado nos EUA, a vida do Malibu já não está sendo fácil. Mesmo redesenhado, o sedã mantém o ar conservador e recebe críticas naquele mercado pelo visual insosso e até pelo pouco espaço interno traseiro, dizem as publicações especializadas americanas. Ao "Automotive News", ainda no fim de dezembro, o chefão da GM, Dan Akerson, confirmou que mudanças serão feitas para o fim de 2013. Ele adiantou que haverá alterações na frente, "nada dramático", mas bem antes que as tradicionais reestilizações de meio de vida dos modelos.
concorrentes chevrolet malibu (Foto: Arte G1)
Acontece que as vendas do Malibu não empolgam e a disputa entre os sedãs médios no mercado americano é ferrenha: além de Fusion, Nissan Altima (que chega ao Brasil também neste ano), Volkswagen Jetta e Hyundai Sonata, ele encara o Toyota Camry e o Honda Accord, considerados sedãs grandes no mercado brasileiro.
No Brasil, já há menos concorrência e visual é questão de gosto, claro. Até no portfólio da Chevrolet o caminho está aberto para o Malibu com a aposentadoria do Omega. Mas o sedã  divide com Volkswagen Passat e Hyundai Azera, concorrentes pela faixa de preço, a desvantagem da taxa de 25% de importação, que não recai sobre o Fusion, por exemplo, que vem do México, país isento da taxa devido a acordo comercial.
A GM, que afirma ainda estudar o lançamento do Malibu no Brasil, diz que também não sabe se o trará dos EUA ou da Coreia do Sul. Porém, adianta que o carro viria em uma única versão (nos EUA há 8 configurações) e com única opção de motor.
chevrolet malibu (Foto: Luciana de Oliveira/G1)
Tela colorida de 7 polegadas e sensível ao toque coloca o Malibu na nova era
(Foto: Luciana de Oliveira/G1)
Ao volante
O G1 experimentou o carro na versão intermediária, LT, em um trajeto urbano de cerca de 30 km, dividido entre dois motoristas, entre Detroit e Troy, cidade nos arredores. Foram basicamente retões onde a velocidade máxima não passava de 72 km/h.
À primeira vista, o que chama a atenção é o visual mais rejuvenescido. Sobretudo na traseira, com linhas que a deixaram mais robusta, combinando com o novo desenho das lanternas, que agora têm a mesma largura (na geração anterior, a parte que ficava sobre o porta-malas era mais estreita, dando um ar mais suave ao carro).
Na frente, a grade do radiador continua dividida em duas, como manda a nova identidade da Chevrolet, mas um pouco mais estreita na parte inferior, tornando-se mais harmônica. Os faróis estão mais alongados e o para-choque também foi redesenhado. Porém, no geral, o Malibu ainda se mostra sóbrio, bem diferente de rivais como Azera e Fusion.
Chevrolet Malibu (Foto: Luciana de Oliveira/G1)Volante do Malibu LT possui controles de rádio e troca de marchas (Foto: Luciana de Oliveira/G1)
Por dentro, também há novidades. O conforto, maior atrativo do modelo, continua ali. Na versão LT, intermediária nos EUA, os bancos e o volante são revestidos em couro; este último possui controle do rádio, do computador de bordo, entre outras funções, e permite a troca manual de marchas (mesmo que em posição incômoda).
As portas e o painel têm detalhes imitando madeira, novamente para não fugir ao conservadorismo, mas o que se destaca é a tela colorida de 7 polegadas, sensível ao toque, no painel central. Por ali, o dono do Malibu entra na era da conectividade, com o sistema My Link.
A versão avaliada estava equipada com câmera de ré, opcional nessa configuração nos EUA. O ar-condicionado era dual zone e havia entrada para USB. Também equipavam o sedã o sistema de alerta de colisão (que apita e emite sinal de luz quando o carro da frente diminui muito a velocidade), controle de estabilidade e assistente de frenagem de urgência, que aplica força completa do freio, 10 airbags, entre outros itens.
chevrolet malibu (Foto: Luciana de Oliveira/G1)Motor 2.5 Ecotec de 200 cv empurra bem o sedã de 4,86 m de comprimento por 1,85 m de largura
(Foto: Luciana de Oliveira/G1)
O trajeto pouco exigiu do motor 2.5 naturalmente aspirado (recentemente foi lançada nos EUA uma versão turbo para essa configuração e para a topo de linha LTZ) de 200 cavalos a 6.300 rpm, e torque máximo de 26,4 kgfm a 4.400 rpm.
Ele se mostrou quase silencioso (antes de acelerar, parecia nem estar ligado para quem estava dentro do carro) durante praticamente todo o tempo. E entregou agilidade para o modelo de 4,86 m de comprimento por 1,85 m de largura. A suspensão, firme, não se mostrou desconfortável e as poucas curvas foram feitas com tranquilidade.
chevrolet malibu (Foto: Luciana de Oliveira/G1)
Duas pessoas vão bem no banco de trás; uma terceira já reduz o conforto (Foto: Luciana de Oliveira/G1)
Para quatro pessoas, há espaço o bastante no carro, mas um quinto passageiro torna o  banco de trás menos agradável. Não dá para comparar com o conforto do banco traseiro do Toyota Camry, carro nitidamente voltado para esses passageiros, por exemplo. Mas o porta-malas continua generoso.
Vem ou não vem?
O Malibu foi uma das atrações da Chevrolet no Salão de São Paulo, em outubro passado. Na última quarta-feira (16), dias depois do teste promovido pela GM em Detroit, o internauta Jean Pierre Sene enviou ao VC no AutoEsporte imagens do Malibu na Via Dutra, em mais uma indicação de que a nova geração deve vir mesmo.
Diferente do que acontece no mercado americano, onde o Malibu é carro de alto volume, no Brasil não é para se esperar que seja um campeão de vendas na categoria, pois, devido à importação, provavelmente a montadora continuará com a estratégia da geração anterior: limitar as unidades e fazer vendas apenas sob encomenda.
Novo Malibu já roda em São Paulo (Foto: Jean Pierre Sene / VC no AutoEsporte)Malibu foi visto em pedágio de São Paulo na última quarta, 16 (Foto: Jean Pierre Sene / VC no AutoEsporte)


Fonte: G1
Disponível no(a): http://g1.globo.com/carros/
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