21 de jan. de 2013

Maverick com V10 de Dodge Viper: a saga continua!

maveviper

Em junho de 2011, contei a história de Jason Lewis, um americano que teve a ideia genial de cometer o tipo de heresia que nós adoramos: colocar um V10 de 500 cv de um Viper 2004 num Maverick – com direito ao respectivo câmbio T56, de seis marchas. Recentemente, Lewis nos deu notícias de seu projeto – boas e ruins.


Após quase um ano e meio, seria de se esperar que o carro estivesse quase pronto. Mas como sei bem com o meu projeto Dart Games, as coisas nunca fluem tão bem quanto nós imaginamos em nossos devaneios e planilhas. No vídeo abaixo, não somente vemos que o carro mudou pouco como ele mostra uma enorme cagada que cometeu. Retrabalho é a pior coisa que existe.
Primeiro, vamos às evoluções: Lewis não estava feliz com a forma como as abas laterais do tanque se apoiavam nas longarinas. Nelas, ele fez um suporte em forma de “L” para calçar melhor a peça – e, ao que parece, deu resultado. E agora, hora da tragédia. O carro agora está na JEM F/X Shop, Califórnia (EUA), empresa que projeta e fabrica estruturas tubulares para carros de corrida. Lá, seus funcionários Elia e Omar Torres mostraram que a gaiola que Jason fabricou é simplesmente inútil – talvez até mais que isso, perigosa. O erro mais grave é o que vemos em muitos carros Pro Touring feitos em todo o mundo: a gaiola é cheia de curvas, cheia de tubos dobrados (até mesmo em forma de “S”!). Isso é bonito, mas comprometedor: dobras tiram a resistência da estrutura, criando pontos de tensão – por isso, uma série de cálculos, que consideram a espessura e o comprimento dos trechos, precisa ser feita antes dos tubos serem dobrados. Sempre que possível, as curvas devem ser evitadas. Não bastando isso, sua estrutura tubular praticamente não forma triângulos, que são a essência de qualquer gaiola – pois triangulações distribuem as tensões e reduzem o stress acumulado em pontos específicos. Para finalizar, Jason deixou a gaiola muito distante dos limites do habitáculo, criando folgas perigosas e reduzindo o volume da célula de sobrevivência. Resultado? Cortar tudo e jogar fora – pense num processo doloroso. Dessa pequena tragédia, tiramos uma lição: componentes funcionais jamais podem ser feitos orientados pela estética e sem o auxílio de engenheiros ou de especialistas. No Brasil, vemos muitas gaiolas feitas na base da orelhada. Não seja um destes caras.
Fonte: Jalopnik
Disponível no(a): http://www.jalopnik.com.br
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