Marca norte-americana vai estrear no segmento com novo integrante da família Cargo
O mercado brasileiro de caminhões sofreu uma forte queda no ano passado. Desanimado pela antecipação das compras com entrada das normas do Proconve P7, a retração total do setor foi de mais de 20%. Mas se tem um segmento que não tem do reclamar é o de extra-pesados.
Apesar de ter
perdido 17,5% em vendas em relação a 2011, a participação deste tipo de
caminhão cresceu em 2012 e atingiu 24,6% do total. E a Ford resolveu
abrir os olhos ao ver o potencial do nicho. A fabricante lançou agora um
protótipo do que vai ser o seu futuro representante entre os
extrapesados. O novo integrante da família Cargo, inclusive, teve
desenvolvimento feito em conjunto entre as equipes brasileira e europeia
da marca e faz parte da estratégia global da Ford.O mercado brasileiro de caminhões sofreu uma forte queda no ano passado. Desanimado pela antecipação das compras com entrada das normas do Proconve P7, a retração total do setor foi de mais de 20%. Mas se tem um segmento que não tem do reclamar é o de extra-pesados.
A expectativa da marca no segmento realmente é alta. "O crescimento recente de vendas entre os extra-pesados justifica a entrada da montadora nesse segmento que apresenta mais receita e mais margem e que deve responder por até 30% do setor até o final da década", avalia o diretor de operações da Ford da América do Sul, Oswaldo Jardim. A sinergia entre Brasil e Europa foi tanta que a apresentação mundial do conceito foi feita ao mesmo tempo em São Paulo e na Turquia, onde ele também será produzido – é de lá que sai a Transit vendida aqui, por sinal. A produção nacional começa em outubro na fábrica da empresa em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e vai alimentar também o mercado latino-americano. De acordo com a própria Ford, o desenvolvimento e produção do novo Cargo vai completar a metade dos R$ 670 milhões que a marca pretende investir nos modelos comerciais até 2015.
Por se tratar ainda de um caminhão conceitual, pouco de concreto foi cravado pela Ford. Ela limitou-se a dizer que ele terá capacidade de levar até 56 toneladas – atualmente o maior caminhão feito pela Ford pode carregar 41 toneladas – e que tem a configuração de cavalo-mecânico. O motor também é novo, desenvolvido especialmente para as aplicações de um extrapesado, com alta eficiência operacional. Apesar de não esclarecer qual será a potência final, espera-se algo acima dos 400 cv. O conceito foi desenvolvido em Camaçari, mas foi amplamente testado no campo de provas da Ford em Tatuí, interior de São Paulo – o único da América Latina com pistas e laboratórios especializados também em caminhões.
A parte estética do novo caminhão foi desenvolvida exclusivamente pela equipe brasileira da empresa. Ele mantém a identidade visual da atual família Cargo, introduzida no Brasil em 2011, mas em uma escala maior e com um visual mais robusto na frente. Por dentro, a Ford garante que o conceito tem uma cabine grande, redesenhada para atender às necessidades do segmento. Itens como suspensão do banco e isolamento acústico foram focados para melhorar o conforto interno do motorista.
Fonte: Motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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