14 de dez. de 2012

Teste: Infiniti JX é questão de estilo

Fotos: Divulgação
Teste: Infiniti JX é questão de estilo
Infiniti JX traz conjunto elegante com muito luxo e visual inspirado

A Infiniti precisava de um produto intermediário. Diante da espaçosa lacuna entre o crossover FX e o enorme – e caro – utilitário QX, faltava um SUV de sete lugares com design interessante que ajudasse a elevar as vendas da marca.
De olho no rentável segmento de crossovers grandes de luxo – hoje povoado por carros como o Audi Q7 e o Acura MDX –, a Infiniti usou a plataforma do novo Nissan Pathfinder e criou o JX, com visual mais sofisticado e muito luxo para preencher esse espaço. Ele será um dos três carros que a marca importará para o Brasil a partir de 2013.
No entanto, para empurrar o JX, a Infiniti recorreu ao tradicional motor V6 de 3.5 litros da Nissan. Ele produz 265 cv e 34,2 kgfm de torque e é acoplado a um câmbio CVT continuamente variável – usado pela primeira vez em um Infiniti. O conjunto pode enviar força apenas para as rodas dianteiras ou para as quatro, através de um sistema eletrônico de tração que prioriza as rodas da frente, mas pode acionar as traseiras caso algum deslize seja detectado.
O visual é um dos pontos altos do JX. Em conjunto com os quase 5 metros de comprimento, ele ostenta linhas imponentes e elegantes, com proporções bem definidas. A linha de cintura alta termina numa coluna traseira com um vinco invertido e acabamento cromado, que dá o tom de sofisticação do modelo. A linha do teto tem caimento suave, mas pouco acentuado para liberar espaço para a cabeça dos ocupantes.
Por dentro, todo o luxo e fartura de equipamentos esperada de um jipão da classe do JX. O sistema de som é da Bose e traz as tradicionais conexões USB e Bluetooth, além de rádio por satélite. Para os ocupantes da segunda fileira, duas telas de sete polegadas montadas atrás dos encostos de cabeça dianteiros exibem filmes em DVD ou de mídias digitais. Além delas, o teto solar panorâmico ajuda a iluminar o ambiente.
A Infiniti também lotou o novo crossover de itens de segurança. Além dos habituais freios ABS, o arsenal de airbags e o controle de estabilidade ESP, há monitor de ponto-cego e um sistema que monitora as faixas de rolagem e avisa o motorista sobre mudanças involuntárias. Além disso, o controle de velocidade de cruzeiro adaptativo acelera e freia o carro seguindo o tráfego encontrado. E ainda há outro sistema que previne colisões em baixa velocidade quando o JX circula por vias urbanas. Esse sistema também funciona com a marcha a ré.
Para o Brasil, os preços ainda não foram definidos, mas ele não é um carro barato. Nos Estados Unidos, ele é vendido em versão única, que custa USS 41.150 – cerca de R$ 86 mil – com tração dianteira e US$ 42.550 com tração integral – R$ 88.500. Isso antes da adição de opcionais, que pode elevar o preço do JX para acima dos US$ 50 mil, cerca de R$ 105 mil. 
Primeiras impressões
Iate de luxo
Cidade do México/México – Se tem algo que caracteriza os produtos da Infiniti é o bom comportamento dinâmico. No entanto, o JX vai contra esse preceito e apresenta um conjunto substancialmente mais macio que o menor FX, por exemplo. Ele não chega a ser “bobo” ou instável, mas carece de mais firmeza e de uma direção mais comunicativa. O acerto é totalmente voltado ao conforto e pelo menos absorve muito bem as imperfeições do solo. Mas, em estradas sinuosas, a carroceria se movimenta bastante.
O V6 de 3.5 litros responde bem em alta rotação, mas o câmbio automático CVT dificulta extrair o melhor do propulsor. Ainda assim, ele é quem contribui mais para o consumo bastante razoável de combustível do JX. Na cidade foi possível ver cifras ao redor dos 7 km/l, enquanto na estrada a marca quase atinge os 10 km/l. Para um crossover grande, de sete lugares e mais de 1900 kg, a eficiência é notável.
Ainda é possível configurar o JX35 em quatro modos de condução: Standard, Sport, Snow e Eco. Eles modificam as resposta do acelerador e do câmbio para se adequarem melhor à situação de tráfego. A que mais faz diferença é a Eco, que até enrijece o pedal da direita, para incitar o motorista a conduzir com mais placidez. O JX, que já não é muito arisco, fica ainda mais “manso” nesse modo.
Ficha Técnica
Infiniti JX35
Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 3.498 cm³, seis cilindros em V, quatro válvulas por cilindro. Injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automático do tipo CVT. Tração dianteira ou integral. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 265 cv a 6.400 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 7,9 segundos.
Velocidade máxima: Não divulgado.
Torque máximo: 34,2 kgfm a 4.400 rpm.
Diâmetro e curso: 95,5 mm x 81,4 mm. Taxa de compressão: 10,3:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo double wishbone, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira do tipo multilink, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série.
Pneus: 235/65 R18.
Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD.
Carroceria: Crossover em monobloco, com quatro portas e sete lugares. Com 4,98 metros de comprimento, 1,96 m de largura, 1,72 m de altura e 2,90 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série.
Peso: 1.941 kg.
Capacidade do porta-malas: 447 litros.
Tanque de combustível: 74 litros.
Produção: Smyrna, Estados Unidos.
Lançamento mundial: 2012.
Itens de série: Ar-condicionado automático, vidros e travas elétricas, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth com tela sensível ao toque de 7 polegadas, direção elétrica, freios ABS, controle de estabilidade, airbags frontais, laterais e de cortina, controle de estabilidade ESP, desembaçador traseiro, alarme com comando à distância, bancos em couro com aquecimento, leds de iluminação diurna e nas lanternas traseiras, faróis de xenônio para facho alto e baixo, sensores crepuscular e de chuva, navegador por GPS.
Preço nos Estados Unidos: US$ 41.150, ou cerca de R$ 86 mil.
 



Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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