16 de dez. de 2012

SÃO PAULO GANHA MAIS OITO LEAF TÁXIS DA NISSAN

Cidade conta agora com 10 táxis elétricos e mais cinco pontos para a recarga de bateria

Nissan Leaf Táxi SP (Foto: Tereza Consigio)

Há apenas seis meses rodando em São Paulo, os dois primeiros táxis elétricos da cidade são capazes de parar o trânsito. Aonde quer que passem, olhos curiosos se voltam para eles. Os modelos Leaf da Nissan foram entregues pela montadora à prefeitura de São Paulo em junho de 2012, durante a apresentação do Projeto Piloto de Táxi Elétrico, promovido em conjunto com a AES Eltropaulo e a Associação das Empresas de Táxi de São Paulo (Adetax).
De lá para cá, mais de 2 mil passageiros puderam dar uma voltinha num carro 100% elétrico, que pode ser abastecido direto numa tomada e emite quase 0% de gases poluentes.
Além de sustentável, o primeiro carro elétrico a ser comercializado em larga escala no mundo é supereconômico. O gasto médio para abastecer o carro com eletricidade é de R$ 0,05 por quilômetro rodado. É por esses motivos que o veículo ganhou o coração de Alberto Jesus Ribeiro, taxista há 20 anos e um dos escolhidos para pilotar a novidade pelas ruas da capital. Para “encher o tanque”, ou melhor a bateria, ele gasta R$ 8,59. “O gasto com o carro é realmente baixo, às vezes, chego a gastar R$ 5 ou R$ 6 só para completar a bateria. Além disso, é bastante silencioso e simples de dirigir. No começo, estranhei um pouco a precisão do freio”, conta o taxista.
Nissan Leaf Táxi SP (Foto: Tereza Consigio)
Briga para andar
Além de todos esses predicados, Alberto ainda cita o sucesso que o veículo faz na rua. É tanta procura pelo elétrico que até briga pela corrida ele já presenciou. “Semana passada na Av. Angélica duas mulheres me pararam ao mesmo tempo e começaram a discutir para ver quem pegava o táxi. As duas faziam questão de andar no elétrico, não queriam nenhum outro”, conta o motorista achando graça.
A disputa pelo Leaf táxi tem sido grande principalmente por conta da disponibilidade do carro. Afinal não é nada fácil encontrá-los na rua ou mesmo solicitar uma das duas unidades existentes. Mas esta semana, a Nissan entregou mais oito veículos à prefeitura, que serão distribuídos entre algumas empresas frotistas da capital, dando início à segunda fase do projeto piloto.
A Eletropaulo também inaugura mais cinco pontos de recarga rápida para o abastecimento das baterias, que pode ser feito no máximo em 30 minutos. Até então, havia apenas dois carregadores “caseiros” que demoravam até 8 horas para completar a bateria de íon-lítio de 90 kW, que possui 160 km de autonomia. O abastecimento do carro elétrico é um dos pontos que mais o diferencia dos modelos com motor a combustão. Alberto, por exemplo, teve que se adaptar a uma nova rotina do veículo.
“No início, a bateria durava apenas algumas horas, porque eu pisava muito. Depois percebi que o ideal é rodar com ele entre 70 km/h e 80 km/h. Aprendi que poderia fazer a bateria render se deixasse o carro na banguela sempre que possível”, conta. O Leaf possui sistema de freio regenerativo que realimenta a bateria, sempre que é acionado.
A autonomia da bateria, na opinião do taxista, é a única coisa que poderia ser melhorada. “Eu rodo com ele umas 5, 6 horas por dia. Depois trago o carro para a empresa para recarregar e continuo o meu trabalho com o Fiat Siena convencional”, relata Alberto, que defende o aumento de elétricos nas ruas da capital.
Elétricos X Híbridos
Além dos carros elétricos, São Paulo também ganhou esta semana 20 táxis híbridos. Diferentes dos veículos alimentados 100% com eletricidade, os híbridos são equipados com dois motores: um elétrico quanto e um a gasolina. É o caso do Prius, da Toyota, que já pode ser visto rodando nas ruas da cidade.
Toyota Prius táxi (Foto: Divulgação)
A ação faz parte do Programa de Táxis Híbridos implantado pela prefeitura com base no decreto para a utilização de táxis movidos a fontes limpas de energia. Ao todo, 116 táxis híbridos deverão rodar em São Paulo até maio de 2013. “O projeto piloto dos elétricos e a inclusão de carros híbridos à frota são programas distintos, que tem o objetivo comum de diminuir a emissão de poluentes em São Paulo”, explica Ricardo Auriemma, presidente da Associação das Empresas de Táxi de São Paulo.

Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a): http://revistaautoesporte.globo.com
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