O Renault custa R$ 38.470 e tem pacote fechado de equipamentos, com quase tudo que um compacto de entrada pode oferecer. Há ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, rádio/CD/MP3 com entradas auxiliar e USB, conexão Bluetooth e comandos na coluna de direção, sistema ABS com EBD e airbags frontais. Projeto mais moderno, o March custa R$ 38.690 já equipado com o pacote Premium, que adiciona ABS, airbags e o volante multifunção, com comandos do som e do Bluetooth. Em relação ao rival, o Nissan tem duas vantagens: direção elétrica e ajuste elétrico dos retrovisores laterais.
No quesito estética, não há como negar: a Renault se esforçou bem mais que a japonesa para deixar o Sandero agressivo. Aliás, verdade seja dita, a Nissan quase não mexeu no March. O hatch importado do México ostenta adesivos na base das portas e acima dos para-lamas dianteiros e só. Por dentro, os bancos bicolores (cinza e preto) deixam a cabine mais descolada. Mas o painel é igualzinho ao das demais versões. A única novidade é o volante com comandos. No Sandero GT Line, bancos, volante e a alavanca do câmbio têm costura pespontada vermelha, mesma cor dos cincos de segurança e dos anéis que contornam as saídas de ar e os relógios do velocímetro e do conta-giros.
Por fora, o Renault também se sobressai em relação ao hatch da Nissan, e melhor: é menos espalhafatoso. O time de design da montadora francesa acertou a mão e deixou os para-choques mais imponentes. As seções dos faróis de neblina foram aumentadas, enquanto faróis e lanternas usam máscaras negras, para realçar a tal esportividade. Atrás, um aerofólio preto acetinado dá o toque final, com ponteira cromada e moldura na parte inferior do para-choques. No March, a fábrica japonesa abusou dos adesivos e aplicou saias laterais e spoilers. Ah, as rodas! Tanto March quanto Sandero usam conjuntos de liga leve de 15 polegadas. As do Nissan são cinzas, e as do Renault têm pintura preto fosca.
Evidentemente não para dizer que March e Sandero são esportivos de verdade. Os motores 1.6 flex produzem algum "calor" ao volante, mas são insuficientes para produzir fortes emoções em ambos. Por ter a carroceria mais leve (982 kg), o March se sobressaiu nos números de aceleração e retomada. O mexicano levou 10,1 segundos para arrancar de zero a 100 km/h, bem menos que os 11,8 segundos cravados pelo Sandero GT Line. Na retomada de 60 km/h a 100 km/h em quarta marcha, nova vantagem ao Nissan: 8,8 s contra os 10,2 s anotados pelo Renault. A diferença mecânica foi crucial até no consumo: 9,7 km/l de média no March contra 9,0 km/l no Sandero em percursos mistos (cidade/estrada).
Essa distância razoável nos números pode ser creditada aos motores. O Nissan usa um 1.6 mais moderno, com 16 válvulas e comando duplo no cabeçote. Já o 1.6 do Renault tem oito válvulas e comando simples. O curioso é que nos números de desempenho, a distância entre os propulsores é mínima – com vantagem para Sandero em torque. Enquanto o March dispõe de 111 cv de potência e 15,1 kgfm de torque a 4.000 giros (com ambos os combustíveis), o hatch da Renault oferece 98/106 cv (gasolina/etanol) e 14,5/15,5 kgfm despejados logo aos 2.850 rpm. Ao volante, essa energia de fato aparece primeiro. Só que o propulsor da Nissan desenvolve melhor, especialmente com giros elevados.
Com 1.055 kg, o Sandero também se ressente do maior peso da carroceria – são 73 kg a mais que o rival. Em compensação, o hatch da Renault é mais largo e tem bitolas maiores, o que lhe confere maior estabilidade em retas e curvas. Um dos pontos fortes do Sandero – desde o seu lançamento – é a suspensão acertada, nem muito dura, nem mole demais. A calibração entrega um rodar agradável e seguro ao modelo. No March, a sensação é de que a Nissan não ajustou direito os conjuntos de molas e amortecedores. Basta passar por um asfalto mais castigado e a suspensão começa a reclamar, com aquelas desagradáveis "batidas secas" dos amortecedores. Porém, sobre asfalto de qualidade, o hatch agrada.
March e Sandero têm nas versões SR e GT Line suas veias esportivas. Só que, em ambos, essa esportividade é basicamente estética. Na prática, os dois compactos são espertos, produzem acelerações e retomadas animadoras, mas seus motores 1.6 flex não entregam nem potência, nem torque, nem modernidade suficientes para taxá-los como verdadeiros esportivos. O March leva esse comparativo por ir além da estética, entregando desempenho razoavelmente melhor que o do Sandero. A atualização feita no motor 1.6 8V melhorou o apetite do Renault, mas não o suficiente para bater o rival. A seu favor, o Sandero tem espaço interno maior e visual mais apropriado à proposta.
Nissan March SR 1.6 flex | Renault Sandero GT Line 1.6 flex | |
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Motor | Dianteiro, transversal, quatro cilindros, 16 válvulas, comando duplo, flex | Dianteiro, transversal, quatro cilindros, oito válvulas, comando simples, flex |
Cilindrada | 1.598 cm³ | 1.598 cm³ |
Potência | 111 cv a 5.600 rpm (etanol e gasolina) | 98 cv (G) e 106 cv (A) a 5.250 rpm |
Torque | 15,1 kgfm aos 4.000 rpm (etanol e gasolina) | 14,5 kgfm (G) e 15,5 kgfm (A) aos 2.850 rpm |
Câmbio | Manual de cinco marchas | Manual de cinco marchas |
Dimensões | 3,78 m (comprimento); 1,66 m (largura); 1,53 m (altura); 2,45 m (entre-eixos) | 3,02 m (comprimento); 1,74 m (largura); 1,53 m (altura); 2,59 m (entre-eixos) |
Peso (ordem de marcha) | 982 kg | 1.055 kg |
Freios | Discos ventilados na frente e tambores atrás | Discos sólidos na frente e tambores atrás |
Rodas e pneus | 175/60 R15 | 185/65 R15 |
Suspensão | Na frente, independente McPherson; na traseira, eixo de torção (com ABS e EBD) | Na frente, independente McPherson; na traseira, eixo de torção (com ABS) |
Porta-malas (litros) | 265 l | 318 l |
Tanque de combustível (litros) | 41 l | 50 l |
Itens de série | ar-condicionado, direção elétrica, travas e vidros dianteiros e traseiros elétricos, airbags frontais, ABS com distribuidor eletrônico de frenagem EBD, faróis de neblina, rodas de liga leve aro 15 pintadas em cinza, aerofólio integrado, computador de bordo, ajuste de altura para banco do motorista e volante, assentos com tecido bicolor (preto e cinza), rádio/CD/MP3 com entrada auxiliar. | ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros dianteiros elétricos, airbags frontais, ABS com distribuidor eletrônico de frenagem EBD, faróis de neblina, máscaras negras nos faróis e lanternas, rodas de liga leve aro 15 pintadas em cinza chumbo, aerofólio integrado, computador de bordo, ajuste de altura para o banco do motorista e o volante revestido em couro, assentos com tecido estilizado e inscrição "GT Line", rádio/CD/MP3 com conexão Bluetooth, comando satélite na coluna de direção e entradas auxiliar e USB. |
Opcionais | pacote premium com rádio/CD com conexão Bluetooth e comandos no volante, airbags frontais, freios com ABS e distribuidor eletrônico EBD. (R$ 1.500) | Nenhum |
Preço | R$ 38.690 | R$ 38.470 |
Consumo urbano | 8,4 km/l | 8,3 km/l |
Consumo rodoviário | 11,4 km/l | 10,2 km/l |
Consumo médio | 9,7 km/l | 9,0 km/l |
Aceleração 0-100 km/h | 10,1 s | 11,8 s |
Retomada 60-100 km/h (4ª marcha) | 8,8 s | 10,2 s |
Velocidade máxima | 191 km/h | 179 km/h |
*Números de fábrica |
Fonte: revistaautoesporte
Disponível no(a): http://revistaautoesporte.globo.com
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