Foi uma longa espera. O que a “Equipe Viper” fez?Muita
coisa. Ao invés de apenas anabolizarem o motor e instalarem um sistema
de controle de estabilidade para deixar as autoridades contentes, a
“Equipe Viper” meticulosamente refinou o carro inteiro. Este novo modelo
2013 é uma mistura de dois carros: o SRT, que é a escolha perfeita para
quem gosta de performance, e o GTS, que é para quem quer seu Viper com
uma “mordida” mais suave.
Qual a diferença entre o SRT e o GTS?Sabia
que você perguntaria. Todos os componentes principais – o motor, o
chassi, etc. – são iguaizinhos, mas o SRT tem menos penduricalhos. Tem
um controle de estabilidade com dois estágios (ligado e desligado),
suspensão com um ajuste possível e uma cabine com vinil de ótima
qualidade. O GTS tem muito mais material para isolamento acústico,
controle de estabilidade de quatro estágios – para que você possa
dirigir feito um piloto com mais segurança – e suspensão com dois tipos
de ajustes. Ele também possui uma lista de couros de qualidade
extraordinária para cobrir seu interior. Para quem gosta de pilotar, tem
o Track Package, disponível para os dois modelos, que acrescenta pneus
Pirelli P Zero, rodas e freios mais leves e retira cerca de 22,5 kg do
peso total. E ele já é 63,5 kg mais leve que o carro antigo.
E quanto ao chassi e carroceria? Houve muitas mudanças?Com
certeza. O “space frame” ainda utiliza aço, mas acrescido de magnésio e
alumínio. Cogitaram utilizar fibra de carbono mas com tantos Viper indo
parar em pistas de corrida, alguns também vão parar nas barreiras de
segurança. Então a estrutura de metal, que é mais fácil de ser
consertada e que agora é 50% mais rígida, foi a escolhida. Em contraste,
a maior parte da parte superior da carroceria – o capô, o teto e a
tampa do porta-malas agora são feitos do material negro.
E o motor? Ainda é um V10, certo?Certo.
O mesmo V10 8.4 ainda é a única opção disponível. E está melhor do que
nunca. Sistemas de admissão e escape totalmente novos, mais uma série de
pequenas mudanças no enorme motor, incluindo bielas, pistões, válvulas e
bloco novos, e um volante do motor quase 5 kg mais leve elevaram a
potência para quase 649 cavalos. O torque ainda é o dado mais insano:
uma leve pisada no acelerador faz o Viper produzir mais torque do que um
BMW M3 quando forçado ao limite.
Ele tem mais alguns brinquedinhos?Vários.
Junto com o controle de estabilidade, a “Equipe Viper” também instalou
um sistema ABS de quatro canais totalmente novo, controle de tração e um
controle de largada idioticamente simples. Também tem piloto
automático, mas isso não importa tanto, certo?
O interior ainda parece com o de um carro de aluguel dos anos 1980?Não
mesmo. Esta foi uma das maiores mudanças no Viper. A cabine é
simplesmente excepcional. Os bancos Salbet (usados nas Ferrari) são
muito confortáveis e exalam qualidade. Os mostradores agora numa
vibrante tela TFT com um monte de informações e gráficos em alta
resolução. O painel central tem uma tela touch-screen de 8.4 polegadas
cheia de gráficos em alta resolução. Os botões têm uma pressão mais que
adequada e o volante parece algo que você quer segurar por horas e horas
sem se cansar. Agora ele está junto dos melhores do mundo.
Certo, e como ele é de se dirigir?É
fantástico. Assim que você entra na cabine nova, tudo parece perfeito,
firme e controlado. E continua assim quando está em movimento. A
embreagem é leve, o câmbio é mais preciso e exige mais do pulso do que
do ombro, e a direção hidráulica é incrivelmente direta. Mas não pense
que ele perdeu sua alma psicopata. Quando se pisa forte no acelerador,
ele ainda explode num frenesi de som e movimento que não se acha em
qualquer outro lugar que não seja em uma cabine de Viper. Mas a
dirigibilidade transformou-se totalmente. Em pouco tempo você esquece
que é um carro enorme e passa a pilotá-lo como se fosse uma Lotus Elise
gigante. Ele agora tem aquela extraordinária resposta de todas as rodas
que permitem a você levá-lo até o limite da aderência dos pneus quando
quiser. Legal.
E o controle de estabilidade? Ele não estraga as coisas?Nem
um pouco. Com o controle de estabilidade ligado, você pode pisar fundo
no acelerador bem antes da curva – algo que instantaneamente lhe
renderia um par de cuecas marrom no Viper antigo – e o sistema atua bem
pouco. Então, ao invés de ficar desapontado, como alguns puristas ficam,
você deveria vê-lo como um aviso de que está chegando perto não apenas
do seu limite, mas também do limite das habilidades do carro. Se você
quiser jogá-lo para fora da pista ou da estrada, isso ainda é possível,
mas não será culpa do Viper.
Há alguns problemas?Poucos, mas
provavelmente porque os carros que testamos eram modelos pré-série. O
câmbio começou preciso, mas após alguns incompetentes terem dado algumas
voltas fortes pela pista, ele passou a não gostar muito de mudar da 2º
para a 3º e vice-versa. E os freios, que eram os discos de aço de série,
não pareciam muito firmes no começo. Eles funcionaram bem, só não
tinham a “mordida” inicial que esperávamos. Esses dois problemas devem
ser resolvidos até a produção começar de fato.
Devo comprar um?Se quiser a
barganha do século na categoria dos supercarros, com certeza. O volante
está do lado errado (para os britânicos), ele devora gasolina – o novo
tem um consumo de combustível pior do que o carro antigo – e ele
provavelmente devorará o gato do seu vizinho. Mas você nem prestará
muita atenção nestas coisas, já que estará se divertindo muito.
OS NÚMEROS:8.400 cm³
V10
649 cavalos a 6.200 RPM
83 mkgf a 4.950 RPM
0 a 100 km/h: 3 segundos (estimativa)
Velocidade máxima: 330 km/h
4,96 km/L (regime misto)
1.521 kg
V10
649 cavalos a 6.200 RPM
83 mkgf a 4.950 RPM
0 a 100 km/h: 3 segundos (estimativa)
Velocidade máxima: 330 km/h
4,96 km/L (regime misto)
1.521 kg
O PREÇO:£75 mil (R$244.100 – estimativa)
Texto: Pat DevereuxFonte: topgearbr
Disponível no(a): http://topgearbr.wordpress.com/
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