23 de jul. de 2012

WRC-O final amplificando a crise do WRC?


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A semana que passou foi recheada de rumores que davam conta da possível aposentadoria do virtual decacampeão Sebastien Loeb do Campeonato Mundial de Rali.

O que não é nenhuma novidade, o francês de Haguenau lidera com facilidade o atual campeonato e deve completar a sua dezena de títulos na carreira. Para a próxima temporada, Loeb até tem contrato com a Citroen, mas a opção de cumprimento deste é do piloto.
E ele tem a possibilidade de fechar por cima uma das carreiras mais impressionantes de todos os tempos no mundo do esporte a motor.
Alguns indícios levariam ao final de carreira do sujeito que tomou de assalto o mundo do rali e domina o cenário há dez temporadas. O principal motivo seria pessoal, já que, além do cansaço advindo de muitas temporadas de carreira, a sua família (esposa e uma filha) teria lhe pedido para ficar mais tempo em casa, um pedido que teria balançado o francês. E o segundo, no campo desportivo, poderia ser uma eventual redução dos investimentos do programa da Citroen no Campeonato Mundial, fruto das dificuldades financeiras criadas pela crise econômica que assola a Europa, principal mercado do Grupo PSA e atual foco do WRC, o que poderia dificultar a vida do francês em um ano complicado, que terá a estreia de um concorrente forte, a Volkswagen, que já deu todos os indícios de que entrará com toda a força no campeonato a partir de 2013.
Ainda sobre o segundo motivo, não parece tão claro que uma eventual aposentadoria de Loeb signifique a debandada total da Citroen do campeonato, mas esta é uma possibilidade a ser considerada. A PSA negou de forma oficial que esta possibilidade existe, mas, de toda a forma, a presença de Loeb é tão importante para a equipe a ponto de esta possibilidade poder ser levada a sério.
Para o WRC, seria mais um golpe poderoso na tentativa de recuperação da categoria. A saída de Loeb significaria que a categoria ficaria apenas com um piloto campeão do mundo em atividade -Petter Solberg, campeão já a distantes onze temporadas- um piloto potencialmente campeão -Sebastien Ogier-, alguns que precisam de tempo e condições para se tornarem candidatos ao título -Thierry Neuville, Ott Tanak e, por que não, Evgeny Novikov-, além de alguns pilotos vencedores de ralis, mas não necessariamente potenciais campeões, como Mikko Hirvonen e Jari-Matti Latvala. Colocaria neste patamar, apesar de ainda não ter vencido um rali, Dani Sordo, outro piloto de bom nível, mas que foi incapaz de derrotar Loeb quando dividiu a equipe.
Entre as equipes, ficariam a Citroen em condições duvidosas e duas equipes oficiais em posição complicada -a Mini, que não seria nenhuma surpresa se saísse do campeonato ao final da temporada, e a Ford, cuja operação, por ser praticamente semi-oficial, não dá condições de disputar o título. E, claro, a FIA também precisa definir a situação comercial da categoria, que enfrenta uma crise seríssima, mas que a FIA ainda não teve a capacidade para resolver. Ou seja, colocando tudo isso na balança, ainda existe o risco do que já não está nada bom no WRC ficar ainda pior na próxima temporada.

Fonte: Tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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