4 de jul. de 2012

Teste: Citroën C4 Aircross anda de salto alto

Fotos: Divulgação
Teste: Citroën C4 Aircross anda de salto alto Citroën faz do C4 Aircross utilitário médio de alto padrão mas com motores fracos


A Citroën aproveitou-se mais uma vez da união com a Mitsubishi para criar outro utilitário pequeno. O C4 Aircross utiliza a plataforma e parte do design do ASX para inserir a marca no disputado segmento na Europa – hoje dominado pelo bem-sucedido Nissan Qashqai. A outra marca do Grupo PSA, a Peugeot, também se beneficiou e criou o 4008, sua versão do projeto. Todos possuem características gerais muito semelhantes, mas coube a cada marca dar próprio toque aos seus produtos. 

No entanto, uma das diferenças entre os carros é o motor. A Citroën optou por dois quatro cilindros de 1.6 litro – um a gasolina e outro diesel –, ambos com 115 cv. A diferença está no torque, de 15,6 kgfm no propulsor movido a gasolina e nada menos que 27,4 kgfm no diesel. Além deles há um 1.8 litro diesel com 150 cv. O câmbio é sempre manual, de cinco marchas nos C4 mais simples, com motor a gasolina, e de seis nos motores diesel – que também são os únicos a contar com a opção pela tração integral. 
O visual do C4 Aircross se destaca. A dianteira imponente, com linhas elegantes e faróis em formato de bumerangue – lembram até a primeira geração do Citroën C4 – chamam a atenção pelo resultado feliz. O parentesco com os outros modelos é fácil de ser identificado, mas o trabalho da marca do duplo chevron é notável. As lanternas traseiras ainda são semelhantes às do hatch C3 e formam um conjunto com bastante personalidade. Ainda que seja razoavelmente menor que o controverso C-Crosser – outro fruto da aliança com a Mitsubishi –, a Citroën afirma que o novo carro mantém praticamente o mesmo espaço interno.
O interior é bem resolvido, com mostradores elegantes e materiais de alta qualidade. É visível a preocupação da marca em transmitir uma sensação de luxo e sofisticação mesmo em carros menores ou de nichos específicos como o C4 Aircross. Não é um carro barato, já que os preços na Europa começam em cerca de 23 mil euros – cerca de R$ 60 mil – para a versão mais simples e seguem até os 37 mil euros, ou quase R$ 100 mil, para o Exclusive com tração integral. Por enquanto o modelo não tem previsão de chegar ao Brasil. 
Primeiras impressões
Bela viola
Lyon/França – O conforto a bordo definitivamente é uma das maiores qualidades do C4 Aircross. O interior está recheado de materiais de ótima qualidade e a atmosfera é bastante refinada. A posição de dirigr é das melhores, com diversos ajustes no banco e volante. Todos os comandos são fáceis de usar e têm disposição lógica, que garante acesso rápido às funções. Além de bem pensado, ainda é agradável aos olhos.
O motor a gasolina de 1.6 litro até empurra o Aircross com desembaraço, mas falta alguma energia para torná-lo realmente interessante. O motor deixa algo a desejar e os 115 cv que produz são apenas suficientes. As acelerações e retomadas são medianas e é necessário usar bem o câmbio manual de cinco marchas para extrair o melhor do propulsor. O maior torque das versões com motor diesel devem suprir essa demanda. Ao menos, o consumo é baixo, superando os 20 km/l de média, independente da motorização.
A Citroën conseguiu aprimorar o projeto japonês do modelo e dar um toque europeu ao conjunto. No entanto, algumas características precisaram ser mantidas, como o design que, apesar de bem resolvido, sacrifica a visibilidade lateral. Pelo menos, dianteira e traseira são bem mais bonitos que as do conterrâneo Peugeot 4008 e o original do Japão Mitsubishi ASX. Os leds de iluminação diurna dão um ar agressivo e incorpora o C4 Aircross ao restante da gama francesa.
Ficha Técnica
Citroën C4 Aircross
Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.587 cm³, quatro cilindros em linha, com quatro válvulas por cilindro. Com injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico.Transmissão: Câmbio manual de cinco à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 115 cv com gasolina a 6 mil rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 11,3 segundos.
Velocidade máxima: 182 km/h.
Torque máximo: 15,7 kgfm a 4 mil rpm.
Diâmetro e curso: 78,5 mm x 82,0 mm. Taxa de compressão: 10,8:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira indepentende do tipo Multilink, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 205/55 R16.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás.
Carroceria: Hatch em monobloco com duas portas e cinco lugares. Com 4,34 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,62 m de altura e 2,67 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série.
Peso: 1.410 kg em ordem de marcha.
Capacidade do porta-malas: 442 litros.
Tanque de combustível: 60 litros.
Produção: Vigo, Espanha.
Lançamento mundial: 2012.
Itens de série: Ar-condicionado, vidros e travas elétricas, direção hidráulica, travamento das portas por controle remoto, airbags frontais, laterais e de cortina, freios ABS, sistema de som rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth/Aux.
Preço na Europa: 23 mil euros (cerca de R$ 60 mil).


Fonte: motordream
Disponível no(a): http://motordream.uol.com.br
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