Será a última prova da categoria antes da pausa de um mês para as férias de verão
Vencedor na última prova disputada, na Alemanha, Fernando Alonso entrará no intervalo na liderança do Mundial, já que tem confortáveis 34 pontos de vantagem para o segundo colocado, Mark Webber. Porém, resta saber se o espanhol conseguirá aumentar ainda mais a diferença, principalmente em uma pista na qual a Ferrari não vence desde 2004. Sempre entre a favorita pela vitória, a Red Bull terá um fim de semana de adaptação, já que terá de mudar seu mapeamento de motor após a controvérsia na Alemanha.
Características do circuito
Tirando os circuitos de rua, Hungaroring, de 4,381 km de extensão, é o traçado mais lento do calendário da F1. Para se ter uma ideia, a volta da pole position de 2011, conquistada por Sebastian Vettel, teve 197 km/h de velocidade média, superando apenas as pistas urbanas de Mônaco e Cingapura. Assim, com 14 curvas e apenas uma reta digna de nota, aderência e pressão aerodinâmica são fundamentais para um bom rendimento na Hungria. Para isso, as equipes terão de se atentar às mudanças das condições da pista, já que o asfalto, pouco utilizado ao longo do ano, muda consideravelmente do primeiro treino livre para a prova com o acúmulo de borracha. Não é o circuito mais fácil de se ultrapassar, então uma boa posição no grid é fundamental. O forte calor desta época do ano pode fazer a diferença, já que os pilotos são bastante exigidos no trecho do miolo, que tem várias curvas em sequência.
Pontos críticos
Curva 1: Situada ao fim da maior reta, é o principal ponto de ultrapassagem da pista – principalmente pelo fato de, na corrida, o DRS ser ativado logo na saída da Curva 14, com o ponto de detecção sendo alguns metros antes.Curva 4: É a chamada “curva cega”, na qual os pilotos, ao se aproximarem, não conseguem enxergar o ponto de saída. Assim, é muito frequente ver alguns erros no setor durante o fim de semana.
Pneus
Em um circuito com fortes pontos de freada, curvas lentas e reaceleração, além do provável forte calor na região nesta época do ano, os pneus são muito exigidos no GP da Hungria. Para ter equilíbrio entre aderência e durabilidade, a Pirelli optou por levar os compostos macio e médio, mesma combinação usada na Austrália, China, Bahrein, Valência e Alemanha. Mas, mesmo que as equipes estejam se preparando para uma corrida no seco, a chuva pode voltar a surpreender no domingo.“Mesmo que seja o circuito permanente mais lento do calendário, Hungaroring não é menos exigente com os pneus – o traçado sinuoso e escorregadio coloca mais calor no pneu, já que este ‘se move’ mais. Tendo dito isso, no ano passado, tivemos clima chuvoso, então é importante não fazer suposições. Ainda não temos grande quantidade de dados sobre o rendimento de nossos pneus em corrida na pista da Hungria”, declarou Paul Hembery, diretor esportivo da marca italiana.
Previsão do tempo
Sexta-feira: pancadas de chuva (mín: 20º C; máx: 30º C)Sábado: tempo ensolarado (mín: 18º C; máx: 31º C)
Domingo: pancadas de chuva (mín: 18º C; máx: 30º C)
Fique de olho
Como já foi citado, Alonso tentará acabar com o jejum de vitórias de sete anos da Ferrari em Hungaroring, um circuito no qual o piloto não obteve os maiores sucesso de sua carreira. De boa lembrança fica a sua única vitória no local, em 2003, quando subiu ao topo do pódio pela primeira vez na F1, aos 22 anos. Na ocasião, o espanhol liderou do começo ao fim e recebeu a bandeirada com uma volta de vantagem para Michael Schumacher, da Ferrari, e Jarno Trulli, seu companheiro de equipe na Renault.Já a dupla da McLaren não tem muito do que reclamar de seu retrospecto na Hungria. Lewis Hamilton soma duas vitórias, em 2007 (que o deixou ainda mais forte na disputa pelo título) e em 2009 (sua primeira naquele ano).
Mas, caso de fato chova, o favorito é Jenson Button. O inglês foi o vencedor nas duas únicas oportunidades com água na Hungria: em 2006 (sua primeira vitória na categoria, após largar em 14º) e em 2011, naquele que era seu GP de número 200.
Como acontece em vários circuitos do calendário, o recordista de vitórias é Michael Schumacher: ele venceu em quatro oportunidades (1994, 1998, 2001 e 2004). No entanto, em se tratando de Hungria, não dá para descartar surpresas. Afinal, três dos atuais competidores no grid venceram no local pela primeira vez: Alonso (2003), Button (2006) e Heikki Kovalainen (2008).
Retrospecto brasileiro
Os pilotos brasileiros reinaram absoluto nas primeiras edições do GP da Hungria, a partir de 1986. Na prova de estreia no circuito de Hungaroring (a primeira realizada em um país do leste europeu), Nelson Piquet superou Ayrton Senna com uma ultrapassagem antológica e cruzou a linha de chegada 17s à frente do rival, confirmando a dobradinha do país. No ano seguinte, o piloto repetiu o feito, enquanto Senna levou a melhor na edição de 1988, 1991 e 1992. Ou seja, nos sete primeiros GPs da Hungria, cinco vitórias de pilotos brasileiros.Depois do período de domínio, levou dez anos para o Brasil voltar ao topo do pódio em Hungaroring. Com o título de 2002 já decidido antecipadamente em favor de Michael Schumacher, Rubens Barrichello largou da pole position e venceu na arrancada para o vice-campeonato.
Em compensação, Felipe Massa não teve o que comemorar em suas nove participações no GP da Hungria. A primeira vez na qual terminou na zona de pontos foi em 2006, já na Ferrari, quando foi apenas o sétimo colocado sob chuva após largar em uma promissora segunda colocação. No ano seguinte, foi eliminado logo no Q2 e terminou a prova longe dos pontos, em 13º, naquela em que o próprio piloto classificou, na época, como a pior atuação de sua carreira.
A sorte parecia que iria mudar em 2008, quando disputava o título da temporada. Abrindo a segunda fila no grid, Massa conquistou a liderança no braço, fazendo bela ultrapassagem por fora na dupla da McLaren na Curva 1, poucos metros após a largada. Liderava com autoridade quando, a três voltas do fim, abandonou a prova com seu motor em fumaças.
Em 2009, sua situação foi ainda pior. Massa sequer chegou a largar no domingo, já que, durante o treino classificatório, sofreu um grave acidente que o tirou de combate por toda a segunda metade da temporada.
Para Bruno Senna, o GP da Hungria marcará o fim de sua segunda temporada completa na F1, já que a edição de 2011 foi a última na qual ocupou a posição de piloto reserva na Renault. Além disso, o piloto atuou no primeiro treino livre no ano passado, como preparação para substituir Nick Heidfeld a partir da prova seguinte, na Bélgica. Na única vez em que alinhou no grid de largada, em 2010, pela HRT, terminou em 17º após partir cinco posições atrás. Na GP2, teve, como destaque, os dois terceiros lugares em 2008.
Ficou para a história
Devido ao fato de a pista ser travada e com poucos pontos de ultrapassagem, o GP da Hungria está longe de ser o favorito dos fãs. Apesar das críticas, é inegável que o traçado já serviu de plano de fundo para muitos momentos que marcaram história.O lance mais cinematográfico dos 26 anos da prova foi a já mencionada ultrapassagem de Piquet sobre Senna, na edição inaugural. Três anos depois, Nigel Mansell protagonizou uma bela corrida de recuperação e venceu a corrida depois de largar em 12º – foi na mesma pista em que o bigodudo inglês conquistou o seu tão esperado título mundial, em 1992.
Um ano após o título de Mansell, Damon Hill inaugurou, em Hungaroring, uma estatística histórica para a F1. O inglês da Williams se aproveitou dos problemas de Alain Prost, seu companheiro de equipe, para dominar de ponta a ponta o GP da Hungria, vencendo na categoria pela primeira vez. Damon, filho de Graham Hill (campeão mundial em 1962 e 1968), se transformava no primeiro filho de vencedor a subir no topo do pódio na F1.
Além de Mansell, outro piloto selou o título no circuito da Hungria. Em 2001, Michael Schumacher dominou a prova e, com o segundo lugar de Rubens Barrichello, deu cabo à disputa contra David Coulthard, levantando seu quarto troféu na F1 com quatro provas de antecedência.
Veja as expectativas dos pilotos para o GP da Hungria
Comissário convidado:
Danny Sullivan (EUA)Data de nascimento: 09 de março de 1950 (62 anos)
GPs na F1: 15
Equipes: Tyrrell (1983)
Melhor resultado: 5º (GP de Mônaco-1983)
Pontos marcados: 2
Títulos: 500 Milhas de Indianápolis (1985), Champ Car (1988)
Programação*
Sexta-feira:05h00 – 06h30: Primeiro treino livre (SporTV)
09h00 – 10h30: Segundo treino livre (SporTV)
Sábado:
06h00 – 07h00: Terceiro treino livre (SporTV4)
09h00 – 10h00: Treino classificatório (Rede Globo)
Domingo:
09h00: Corrida – 70 voltas (Rede Globo)
*Horários de Brasília
Fonte: Tazio
Disponível no(a): http://tazio.uol.com.br
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